Aspectos da colonialidade do saber, do poder e do ser: uma análise das performances de Regina Casé em sua trajetória televisiva

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Ohana Boy
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/14977
Resumo: Esta tese tem como objetivo fazer uma análise crítica decolonial sobre a trajetória da artista Regina Casé, atriz e apresentadora de programas televisivos da Rede Globo desde a década de 1990 (Programa Legal, Brasil Legal, Muvuca, Central da Periferia, Esquenta!) e do programa Um pé de quê? no Canal Futura desde os anos 2000. Discutindo as características destas atrações, pensando-as como narrativas audiovisuais, além de considerar alguns aspectos construídos da imagem pública da apresentadora, dividiremos as discussões sobre a colonialidade em três partes: a) colonialidade do saber, b) colonialidade do poder e c) colonialidade do ser. Para tanto, apresentaremos esses elementos através da metáfora da “grade”, pensando a mesma, respectivamente: a) como ferramenta que aprisiona o outro no lugar do exótico; b) como formato que organiza a programação da televisão e faz uma seleção do que deve ser visto; c) como uma teia que possibilita o desenvolvimento de uma personagem que representa uma mulher-máquina da emissora. A divisão da tese segue essa tríplice estrutura, entendendo que todas estão imbricadas, apenas divididas aqui para fins metodológicos em oito capítulos. Na primeira parte, fazemos um apanhado sobre as formas de colonialidade, os perigos da história única e o poder dos olhares colonizadores. Na segunda parte, discutimos as instâncias coloniais de poder a partir da indústria cultural e da programação televisiva brasileiras. Na terceira parte, abordamos a colonialidade do ser aplicada à interseccionalidade como metodologia, considerando gênero, raça e classe como eixos interseccionais. O embasamento teórico se faz com as referências interdisciplinares dos estudos culturais, pós-coloniais e decoloniais, do feminismo chicano e negro, do conceito de interseccionalidade e da teoria crítica da comunicação. Tendo como perspectiva a descolonização do pensamento, buscamos, através dessas autoras e autores, superar a mediação cultural que apaga os conflitos e faz com que as desigualdades pareçam ser apenas diferenças.
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Discutindo as características destas atrações, pensando-as como narrativas audiovisuais, além de considerar alguns aspectos construídos da imagem pública da apresentadora, dividiremos as discussões sobre a colonialidade em três partes: a) colonialidade do saber, b) colonialidade do poder e c) colonialidade do ser. Para tanto, apresentaremos esses elementos através da metáfora da “grade”, pensando a mesma, respectivamente: a) como ferramenta que aprisiona o outro no lugar do exótico; b) como formato que organiza a programação da televisão e faz uma seleção do que deve ser visto; c) como uma teia que possibilita o desenvolvimento de uma personagem que representa uma mulher-máquina da emissora. A divisão da tese segue essa tríplice estrutura, entendendo que todas estão imbricadas, apenas divididas aqui para fins metodológicos em oito capítulos. Na primeira parte, fazemos um apanhado sobre as formas de colonialidade, os perigos da história única e o poder dos olhares colonizadores. Na segunda parte, discutimos as instâncias coloniais de poder a partir da indústria cultural e da programação televisiva brasileiras. Na terceira parte, abordamos a colonialidade do ser aplicada à interseccionalidade como metodologia, considerando gênero, raça e classe como eixos interseccionais. O embasamento teórico se faz com as referências interdisciplinares dos estudos culturais, pós-coloniais e decoloniais, do feminismo chicano e negro, do conceito de interseccionalidade e da teoria crítica da comunicação. Tendo como perspectiva a descolonização do pensamento, buscamos, através dessas autoras e autores, superar a mediação cultural que apaga os conflitos e faz com que as desigualdades pareçam ser apenas diferenças.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorThis thesis aims to make a decolonial critical analysis on the trajectory of the artist Regina Casé, actress and presenter of Rede Globo television programs since the 1990s (Programa Legal, Brasil Legal, Muvuca, Central da Periferia, Esquenta!) and the program Um pé de quê? on Futura Channel since the 2000s. Discussing the characteristics of these attractions, thinking them as audiovisual narratives, besides considering some aspects built on the presenter's public image, we will divide the discussions about coloniality into three parts: a) coloniality of knowledge, b) coloniality of power and c) coloniality of being. For this, we will present these elements through the metaphor of the "grid", thinking the same, respectively: a) as a tool that imprisons the other in the place of the exotic; b) as a format that organizes television programming and makes a selection of what should be seen; c) as a web that allows the development of a character that represents a woman-machine of the broadcaster. The division of the thesis follows this threefold structure, understanding that all are interwoven, only divided here for methodological purposes into eight chapters. In the first part, we take a look at the forms of coloniality, the dangers of unique history and the power of colonizing views. In the second part, we discuss colonial instances of power from the Brazilian cultural industry and television programming. In the third part, we approach the coloniality of being applied to intersectionality as a methodology, considering gender, race and class as intersectional axes. The theoretical basis is made with the interdisciplinary references of cultural, post-colonial and decolonial studies, of Chicano and Black feminism, of the concept of intersectionality and of critical communication theory. With the perspective of decolonizing thought, we seek through these authors and authors to overcome the cultural mediation that erases conflicts and makes inequalities appear to be only differences.306f.Mendonça, KléberEnne, Ana Lucia SilvaCastellano, MaykaBragança, Maurício deFacina, AdrianaSovik, Livhttp://lattes.cnpq.br/5012418977724537Oliveira, Ohana Boy2020-09-24T12:55:56Z2020-09-24T12:55:56Z2020info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfOLIVEIRA, Ohana Boy. Aspectos da colonialidade do saber, do poder e do ser: uma análise das performances de Regina Casé em sua trajetória televisiva. 2020. 306 f. Tese (Doutorado em Comunicação) - Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2020.https://app.uff.br/riuff/handle/1/14977Aluno de Doutoradohttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2021-08-17T18:01:37Zoai:app.uff.br:1/14977Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T10:52:35.948152Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false
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