A imunofluorescência indireta no diagnóstico das doenças autoimunes: uma revisão de escopo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, Ana Gabriela Alves
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/32543
Resumo: O sistema imune é responsável por detectar e responder estímulos potencialmente perigosos, de forma a tentar proteger o hospedeiro contra os efeitos prejudiciais da presença de microrganismos, células malignas e lesões. Ele possui a capacidade de diferenciar aquilo que é próprio, daquilo proveniente de um possível invasor por meio do sistema de autotolerância imunológica. Quando há quebra de um ou mais mecanismos de tolerância, o sistema imune passa a reagir aos antígenos próprios, gerando danos às células e tecidos saudáveis do hospedeiro, fenômeno conhecido como autoimunidade. A autoimunidade pode desencadear doenças autoimunes, enfermidades ainda pouco compreendidas e sem cura, que estão aumentando em prevalência em todo mundo. Para auxiliar no diagnóstico das doenças autoimunes são utilizados imunoensaios, cujo objetivo é identificar nos pacientes marcadores séricos destas doenças, principalmente autoanticorpos. Para a pesquisa destes anticorpos contra antígenos celulares, historicamente utiliza-se a imunofluorescência indireta em células HEp-2, técnica padrão-ouro que permite a visualização dos compartimentos celulares onde os autoanticorpos se ligam e a titulação dos seus níveis. Além deste, há possíveis outros substratos para o desenvolvimento do teste. O objetivo deste trabalho foi descrever e discutir a importância da imunofluorescência indireta para o diagnóstico e triagem de doenças autoimunes. Para isso, foi desenvolvida uma revisão sistematizada de escopo. Foram incluídos 96 artigos, cujos resultados foram organizados em sete tópicos: I) tópico relacionado às atualizações dos consensos (nacional e internacional) no diagnóstico de doenças autoimunes; II) tópico sobre os resultados de FAN e suas contribuições ao diagnóstico; III) abordagem sobre a variabilidade e reprodutibilidade da IFI em células HEp-2 para o diagnóstico de doenças autoimunes; IV) tópico sobre outros substratos não HEp-2; V) tópico sobre estudos de recursos para melhorar o desempenho da IFI; VI) comparação entre IFI com outras técnicas utilizadas para triagem e diagnóstico de doenças autoimunes; VII) abordagem sobre o aumento da prevalência de autoanticorpos nos últimos anos e possíveis influências ambientais. Foi observado que a imunofluorescência indireta ainda é amplamente utilizada e seus resultados fornecem diversas informações sobre doenças autoimunes, doenças não autoimunes e também sobre saúde. Esta técnica vem sendo extremamente estudada para haver adição de recursos para que cada vez mais melhore o seu desempenho no laboratório clínico. Por fim, pode-se concluir que esta metodologia possui vantagens e desvantagens, vem passando por aprimoramento, é utilizada para caracterização de doenças e diagnóstico diferencial, e portanto é de extrema importância, ainda hoje, para a triagem e diagnóstico de doenças autoimunes.
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A autoimunidade pode desencadear doenças autoimunes, enfermidades ainda pouco compreendidas e sem cura, que estão aumentando em prevalência em todo mundo. Para auxiliar no diagnóstico das doenças autoimunes são utilizados imunoensaios, cujo objetivo é identificar nos pacientes marcadores séricos destas doenças, principalmente autoanticorpos. Para a pesquisa destes anticorpos contra antígenos celulares, historicamente utiliza-se a imunofluorescência indireta em células HEp-2, técnica padrão-ouro que permite a visualização dos compartimentos celulares onde os autoanticorpos se ligam e a titulação dos seus níveis. Além deste, há possíveis outros substratos para o desenvolvimento do teste. O objetivo deste trabalho foi descrever e discutir a importância da imunofluorescência indireta para o diagnóstico e triagem de doenças autoimunes. Para isso, foi desenvolvida uma revisão sistematizada de escopo. Foram incluídos 96 artigos, cujos resultados foram organizados em sete tópicos: I) tópico relacionado às atualizações dos consensos (nacional e internacional) no diagnóstico de doenças autoimunes; II) tópico sobre os resultados de FAN e suas contribuições ao diagnóstico; III) abordagem sobre a variabilidade e reprodutibilidade da IFI em células HEp-2 para o diagnóstico de doenças autoimunes; IV) tópico sobre outros substratos não HEp-2; V) tópico sobre estudos de recursos para melhorar o desempenho da IFI; VI) comparação entre IFI com outras técnicas utilizadas para triagem e diagnóstico de doenças autoimunes; VII) abordagem sobre o aumento da prevalência de autoanticorpos nos últimos anos e possíveis influências ambientais. Foi observado que a imunofluorescência indireta ainda é amplamente utilizada e seus resultados fornecem diversas informações sobre doenças autoimunes, doenças não autoimunes e também sobre saúde. Esta técnica vem sendo extremamente estudada para haver adição de recursos para que cada vez mais melhore o seu desempenho no laboratório clínico. Por fim, pode-se concluir que esta metodologia possui vantagens e desvantagens, vem passando por aprimoramento, é utilizada para caracterização de doenças e diagnóstico diferencial, e portanto é de extrema importância, ainda hoje, para a triagem e diagnóstico de doenças autoimunes.The immune system is responsible for detecting and responding to potentially dangerous stimuli to try and protect the host from the harmful effects of the presence of microorganisms, malignant cells, and lesions. It can differentiate between what is its own and what comes from a possible invader using its immunological self-tolerance system. When one or more tolerance mechanisms break down, the immune system starts to react to its antigens, causing damage to the host's healthy cells and tissues, a phenomenon known as autoimmunity. Autoimmunity can trigger autoimmune diseases, illnesses that are still poorly understood and have no cure, which are increasing in prevalence around the world. To help diagnose autoimmune diseases, immunoassays are used to identify serum markers of these diseases in patients, mainly autoantibodies. To test for these antibodies against cellular antigens, indirect immunofluorescence has historically been used on HEp-2 cells, a gold standard technique that allows the cellular compartments where the autoantibodies bind to be visualized and their levels titrated. In addition to this, there are other possible substrates for the development of the test. This study aimed to describe and discuss the importance of indirect immunofluorescence for the diagnosis and screening of autoimmune diseases. To this end, a systematic scoping review was carried out. Ninety-six articles were included, the results of which were organized into seven topics: I) topic related to consensus updates (national and international) in the diagnosis of autoimmune diseases; II) topic on FAN results and their contribution to diagnosis; III) approach to the variability and reproducibility of IFI in HEp-2 cells for the diagnosis of autoimmune diseases; IV) topic on other non-HEp-2 substrates; V) topic on resource studies to improve IFI performance; VI) comparison of IFI with other techniques used for screening and diagnosis of autoimmune diseases; VII) approach to the increase in the prevalence of autoantibodies in recent years and possible environmental influences. It was noted that indirect immunofluorescence is still widely used and its results provide a wealth of information on autoimmune diseases, non-autoimmune diseases, and health. This technique has been studied extensively to add resources to improve its performance in the clinical laboratory. Finally, it can be concluded that this methodology has advantages and disadvantages, has been improving, is used for disease characterization and differential diagnosis, and is therefore still extremely important today for the screening and diagnosis of autoimmune diseases.71 f.Chagas, Thiago Pavoni Gomeshttp://lattes.cnpq.br/6666508861219415Cucinelli, Andrezza do Espirito Santohttp://lattes.cnpq.br/6918848605710038Mendonça, Cláudia Rezende Vieira deSiqueira, Camila Silva dehttp://lattes.cnpq.br/9217638777673168Costa, Ana Gabriela Alves2024-03-01T21:24:30Z2024-03-01T21:24:30Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfCOSTA, Ana Gabriela Alves. A imunofluorescência indireta no diagnóstico das doenças autoimunes: uma revisão de escopo. 2023. 71 f. 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