Feminicídio e violência contra a mulher indígena
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/34664 |
Resumo: | O crime do feminicídio foi incorporado no ordenamento jurídico brasileiro no ano de 2015 enquanto qualificadora penal, sendo classificado como a morte da mulher por sua condição de gênero. A tipificação da conduta, junto com a implementação de normas que buscam promover o combate contra a violência de gênero, como a Lei Maria da Penha, são de imensa importância, contudo, deve-se atentar que as vítimas que esses mecanismos buscam proteger não levam em consideração a realidade de diferentes mulheres. É o caso de mulheres indígenas, as quais possuem aspectos em sua conjuntura inerentes à sua condição: ser mulher e ser indígena. Desse modo, o presente trabalho objetiva estudar como ocorre a violência de gênero e o cometimento do feminicídio em um contexto indigenista, buscando entender, especificamente, se existem políticas estatais capazes de proteger o corpo dessas mulheres nativas, bem como quais são as consequências da omissão do Estado nesse contexto,sendo fato gerador da chamada dupla violência, vivenciada pelo grupo específico apontado. A importância do estudo reside em salientar a hipervulnerabilidade da mulher indígena - que sofre uma dupla opressão, por gênero e etnia - compreendendo o papel da atuação estatal para fins de tutelar o direito à vida do grupo, em meio às diferenças culturais próprias. A metodologia utilizada busca, por intermédio do levantamento bibliográfico da literatura atual que versa sobre a violência sob contexto indígena, bem como análise de documentos públicos e reportagens em domínios online, demonstrar o desacordo entre os dados oficiais e os relatos trazidos, destacando a posição de desamparo que encontra a mulher indígena vítima de violência |
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Feminicídio e violência contra a mulher indígenaFeminicídioViolência de gêneroMulher indígenaDupla violênciaViolência contra a mulherIndígenaFeminicideGender violenceIndigenous womanDouble violenceO crime do feminicídio foi incorporado no ordenamento jurídico brasileiro no ano de 2015 enquanto qualificadora penal, sendo classificado como a morte da mulher por sua condição de gênero. A tipificação da conduta, junto com a implementação de normas que buscam promover o combate contra a violência de gênero, como a Lei Maria da Penha, são de imensa importância, contudo, deve-se atentar que as vítimas que esses mecanismos buscam proteger não levam em consideração a realidade de diferentes mulheres. É o caso de mulheres indígenas, as quais possuem aspectos em sua conjuntura inerentes à sua condição: ser mulher e ser indígena. Desse modo, o presente trabalho objetiva estudar como ocorre a violência de gênero e o cometimento do feminicídio em um contexto indigenista, buscando entender, especificamente, se existem políticas estatais capazes de proteger o corpo dessas mulheres nativas, bem como quais são as consequências da omissão do Estado nesse contexto,sendo fato gerador da chamada dupla violência, vivenciada pelo grupo específico apontado. A importância do estudo reside em salientar a hipervulnerabilidade da mulher indígena - que sofre uma dupla opressão, por gênero e etnia - compreendendo o papel da atuação estatal para fins de tutelar o direito à vida do grupo, em meio às diferenças culturais próprias. A metodologia utilizada busca, por intermédio do levantamento bibliográfico da literatura atual que versa sobre a violência sob contexto indígena, bem como análise de documentos públicos e reportagens em domínios online, demonstrar o desacordo entre os dados oficiais e os relatos trazidos, destacando a posição de desamparo que encontra a mulher indígena vítima de violênciaThe crime of feminicide was incorporated into the Brazilian legal system in 2015 as a criminal qualifier, being classified as the death of a woman due to her gender condition. The typification of conduct, together with the implementation of norms that seek to promote the fight against gender-based violence, such as the Maria da Penha Law, have an immense importance, however, it is relevant to ensure that the victims that these mechanisms seek to protect do not include the reality of different women. This is the case of indigenous women, who have aspects in their situation inherent to their condition: being a woman and being indigenous. Therefore, this work aims to explain how gender violence and cases of feminicide works in an indigenous context, seeking to understand, specifically, whether there are state policies capable of protecting the bodies of these native women, and also what are the consequences of omission of the State in this context, generating the so-called double violence, experienced by this specific group. The importance of the study lies in emphasizing the hypervulnerability of indigenous women - who suffer double oppression, due to gender and ethnicity - understanding the role of state action to protect the group's right to life, amid their own cultural differences. The methodology used seeks, through a bibliographical survey of current literature that deals with violence in the indigenous context, as well as analysis of public documents and reports in online domains, to demonstrate the disagreement between official data and the reports brought, highlighting the helpless position that indigenous women who are victims of violence find themselves55 f.Nascimento, Daniel Arrudahttp://lattes.cnpq.br/0578569833689838Callegari, José Antôniohttp://lattes.cnpq.br/6315272077158811Paladino, Marianahttp://lattes.cnpq.br/8061470523087289Galvão, Maria Luísa de Carvalho2024-09-11T12:54:06Z2024-09-11T12:54:06Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfGALVÃO, Maria Luísa de Carvalho. Feminicídio e violência contra a mulher indígena. 2024. 55 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Direito) - Instituto de Ciências da Sociedade de Macaé, Universidade Federal Fluminense, 2024.https://app.uff.br/riuff/handle/1/34664CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2024-09-11T12:54:12Zoai:app.uff.br:1/34664Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-09-11T12:54:12Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false |
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O crime do feminicídio foi incorporado no ordenamento jurídico brasileiro no ano de 2015 enquanto qualificadora penal, sendo classificado como a morte da mulher por sua condição de gênero. A tipificação da conduta, junto com a implementação de normas que buscam promover o combate contra a violência de gênero, como a Lei Maria da Penha, são de imensa importância, contudo, deve-se atentar que as vítimas que esses mecanismos buscam proteger não levam em consideração a realidade de diferentes mulheres. É o caso de mulheres indígenas, as quais possuem aspectos em sua conjuntura inerentes à sua condição: ser mulher e ser indígena. Desse modo, o presente trabalho objetiva estudar como ocorre a violência de gênero e o cometimento do feminicídio em um contexto indigenista, buscando entender, especificamente, se existem políticas estatais capazes de proteger o corpo dessas mulheres nativas, bem como quais são as consequências da omissão do Estado nesse contexto,sendo fato gerador da chamada dupla violência, vivenciada pelo grupo específico apontado. A importância do estudo reside em salientar a hipervulnerabilidade da mulher indígena - que sofre uma dupla opressão, por gênero e etnia - compreendendo o papel da atuação estatal para fins de tutelar o direito à vida do grupo, em meio às diferenças culturais próprias. A metodologia utilizada busca, por intermédio do levantamento bibliográfico da literatura atual que versa sobre a violência sob contexto indígena, bem como análise de documentos públicos e reportagens em domínios online, demonstrar o desacordo entre os dados oficiais e os relatos trazidos, destacando a posição de desamparo que encontra a mulher indígena vítima de violência |
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