Modelo de regressão para dados longitudinais: estudo do perímetro cefálico de crianças expostas e não expostas ao vírus Zika
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | http://app.uff.br/riuff/handle/1/25314 |
Resumo: | A microcefalia é uma malformação congênita caracterizada pelo perímetro cefálico reduzido para a idade ou sexo, acompanhada de alterações no sistema nervoso central. No Brasil, no ano de 2015, foi observado um aumento inesperado no nascimento de crianças com microcefalia, coincidindo a epidemia de infecção pelo vírus Zika. Este fato foi alvo de muitas pesquisas no Brasil e no mundo. Diante disso, este estudo tem como objetivo modelar a evolução do perímetro cefálico de crianças acompanhadas no Hospital Antônio Pedro (UPC/HUAP-UFF) durante seu primeiro ano de vida e identificar quais são os fatores relacionados a essa evolução. O uso de modelos de regressão linear clássicos tem a limitação de que os dados precisam ser independentes, restrição que não permite explorar de forma adequada os dados deste estudo, dispostos de forma longitudinal, isto é, observações feitas em sequência temporal em uma mesma criança. Por isso, neste trabalho foram utilizados modelos de regressão para dados longitudinais sob enfoque Bayesiano. O modelo contou com 62 crianças com pelo menos 5 observações cada, totalizando 310 dados. A variável resposta, perímetro cefálico, foi analisada em função das variáveis explicativas comprimento, idade, peso, sexo e grupo de exposição (expostos ao Zika Vírus, não expostos ao Zika vírus, Zika suspeito e microcefalia sem exantema materno), em que comprimento, peso e idade são as variáveis que variam com o tempo. Após serem avaliadas separadamente, notou-se que as variáveis sexo e o grupo de expostos ao ZIKV não possuíam valor significativo em relação ao perímetro cefálico e, portanto, foram removidas. Já a variável idade, quando aplicada separadamente, mostrou exercer influência sobre o perímetro cefálico, mas quando testada em conjunto com as outras variáveis independentes não foi estatisticamente significativa. De acordo com os métodos de seleção de modelos Critério de Informação de Akaike (AIC) e Critério de Informação Bayesiana (BIC), os resultados obtidos mostraram que o modelo completo apresentou melhor ajuste dos dados. Portanto, as variáveis comprimento, peso, grupo de Zika suspeito e grupo de microcefalia sem exantema materno se apresentaram associadas ao perímetro cefálico das crianças. Dessa forma, vimos que ajustar modelos para dados longitudinais sob enfoque Bayesiano permite analisar problemas altamente complexos, de forma eficiente e de fácil interpretação. |
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A microcefalia é uma malformação congênita caracterizada pelo perímetro cefálico reduzido para a idade ou sexo, acompanhada de alterações no sistema nervoso central. No Brasil, no ano de 2015, foi observado um aumento inesperado no nascimento de crianças com microcefalia, coincidindo a epidemia de infecção pelo vírus Zika. Este fato foi alvo de muitas pesquisas no Brasil e no mundo. Diante disso, este estudo tem como objetivo modelar a evolução do perímetro cefálico de crianças acompanhadas no Hospital Antônio Pedro (UPC/HUAP-UFF) durante seu primeiro ano de vida e identificar quais são os fatores relacionados a essa evolução. O uso de modelos de regressão linear clássicos tem a limitação de que os dados precisam ser independentes, restrição que não permite explorar de forma adequada os dados deste estudo, dispostos de forma longitudinal, isto é, observações feitas em sequência temporal em uma mesma criança. Por isso, neste trabalho foram utilizados modelos de regressão para dados longitudinais sob enfoque Bayesiano. O modelo contou com 62 crianças com pelo menos 5 observações cada, totalizando 310 dados. A variável resposta, perímetro cefálico, foi analisada em função das variáveis explicativas comprimento, idade, peso, sexo e grupo de exposição (expostos ao Zika Vírus, não expostos ao Zika vírus, Zika suspeito e microcefalia sem exantema materno), em que comprimento, peso e idade são as variáveis que variam com o tempo. Após serem avaliadas separadamente, notou-se que as variáveis sexo e o grupo de expostos ao ZIKV não possuíam valor significativo em relação ao perímetro cefálico e, portanto, foram removidas. Já a variável idade, quando aplicada separadamente, mostrou exercer influência sobre o perímetro cefálico, mas quando testada em conjunto com as outras variáveis independentes não foi estatisticamente significativa. De acordo com os métodos de seleção de modelos Critério de Informação de Akaike (AIC) e Critério de Informação Bayesiana (BIC), os resultados obtidos mostraram que o modelo completo apresentou melhor ajuste dos dados. Portanto, as variáveis comprimento, peso, grupo de Zika suspeito e grupo de microcefalia sem exantema materno se apresentaram associadas ao perímetro cefálico das crianças. Dessa forma, vimos que ajustar modelos para dados longitudinais sob enfoque Bayesiano permite analisar problemas altamente complexos, de forma eficiente e de fácil interpretação. |
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