Trabalho colaborativo entre o AEE e escola comum: caminho possível para o processo de inclusão do estudante autista
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | http://app.uff.br/riuff/handle/1/32920 |
Resumo: | A pesquisa desenvolvida nasce da experiência como pedagoga, da realização de Rodas de Conversa para articulação entre os professores, pedagogo (ou diretor) da escola comum e os professores do AEE que atuam na instituição pública, Unidade de Trabalho Diferenciado – Transtorno do Espectro Autista, localizada no município de Angra dos Reis. O estudo foi baseado na metodologia pesquisa qualitativa (Bogdan e Biklen, 1994), pesquisa-intervenção (Moreira, 2008) e análise de conteúdo (Bardin, 2016). Toda construção teve como objetivo geral compreender qual é a influência do trabalho colaborativo entre o pedagogo (ou diretor), professores da escola comum e professores do AEE no processo de inclusão dos estudantes autistas nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, e os específicos foram: analisar a pertinência do trabalho colaborativo, através de rodas de conversa entre o AEE e a escola comum no processo inclusivo do estudante autista; conceituar o que é o autismo, a partir das principais correntes científicas (visão sintomatológica, neurodiversidade e psicanálise); realizar Rodas de Conversa entre o pedagogo (ou diretor), professores do AEE e a escola comum para o estabelecimento do trabalho colaborativo; e identificar as implicações do trabalho colaborativo no processo de inclusão do estudante autista, a partir da organização e análise dos dados referentes as Rodas de Conversa sobre a prática pedagógica. Nos resultados encontrados referentes as influências do trabalho colaborativo no processo inclusivo do estudante autista, destacaram-se, positivamente, a disponibilidade e interesse dos professores e demais sujeitos, para o diálogo e trocas de experiências; a exposição dos desafios enfrentados, inclusive o próprio sentimento em relação à inclusão; o anseio por mais encontros para a realização do trabalho colaborativo; a socialização e entrega de materiais pedagógicos produzidos pelos professores do AEE; a socialização de conhecimentos sobre recursos de tecnologia assistiva; a percepção de que a discussão nas Rodas de Conversa provocou um olhar mais focado para o estudante e, consequentemente, investimento no seu processo de aprendizagem; o envolvimento de todos responsáveis pelo trabalho pedagógico; a percepção de que a família deve ser incluída no processo; e o reconhecimento da importância da participação de outras áreas na discussão. Outros aspectos revelados no desdobramento do trabalho colaborativo, influenciaram no processo de inclusão do estudante, como, por exemplo, a falta da garantia pelo sistema educacional da participação direta de outras áreas especializadas no processo colaborativo; o enquadramento do estudante autista dentro da padronização da escola comum, desconsiderando sua singularidade; a falta da garantia do espaço tempo para articulação mais periódica entre os professores da escola comum e AEE; e o discurso centrado na medicalização e comportamento, interpretado como inadequado e que invade o sujeito autista. A pesquisa, diante dos seus efeitos, identificou a importância da colaboração ntre a escola comum e AEE, a qual deve basear-se na concretização da cultura colaborativa, no reconhecimento do trabalho em conjunto, da diversidade, das potencialidades e singularidade do estudante autista, como condutores do processo inclusivo. |
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Trabalho colaborativo entre o AEE e escola comum: caminho possível para o processo de inclusão do estudante autistaTrabalho ColaborativoConsultoria ColaborativaInclusãoEstudante AutistaAutismoInclusão escolarCollaborative workCollaborative ConsultancyInclusionAutistic StudentA pesquisa desenvolvida nasce da experiência como pedagoga, da realização de Rodas de Conversa para articulação entre os professores, pedagogo (ou diretor) da escola comum e os professores do AEE que atuam na instituição pública, Unidade de Trabalho Diferenciado – Transtorno do Espectro Autista, localizada no município de Angra dos Reis. O estudo foi baseado na metodologia pesquisa qualitativa (Bogdan e Biklen, 1994), pesquisa-intervenção (Moreira, 2008) e análise de conteúdo (Bardin, 2016). Toda construção teve como objetivo geral compreender qual é a influência do trabalho colaborativo entre o pedagogo (ou diretor), professores da escola comum e professores do AEE no processo de inclusão dos estudantes autistas nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, e os específicos foram: analisar a pertinência do trabalho colaborativo, através de rodas de conversa entre o AEE e a escola comum no processo inclusivo do estudante autista; conceituar o que é o autismo, a partir das principais correntes científicas (visão sintomatológica, neurodiversidade e psicanálise); realizar Rodas de Conversa entre o pedagogo (ou diretor), professores do AEE e a escola comum para o estabelecimento do trabalho colaborativo; e identificar as implicações do trabalho colaborativo no processo de inclusão do estudante autista, a partir da organização e análise dos dados referentes as Rodas de Conversa sobre a prática pedagógica. Nos resultados encontrados referentes as influências do trabalho colaborativo no processo inclusivo do estudante autista, destacaram-se, positivamente, a disponibilidade e interesse dos professores e demais sujeitos, para o diálogo e trocas de experiências; a exposição dos desafios enfrentados, inclusive o próprio sentimento em relação à inclusão; o anseio por mais encontros para a realização do trabalho colaborativo; a socialização e entrega de materiais pedagógicos produzidos pelos professores do AEE; a socialização de conhecimentos sobre recursos de tecnologia assistiva; a percepção de que a discussão nas Rodas de Conversa provocou um olhar mais focado para o estudante e, consequentemente, investimento no seu processo de aprendizagem; o envolvimento de todos responsáveis pelo trabalho pedagógico; a percepção de que a família deve ser incluída no processo; e o reconhecimento da importância da participação de outras áreas na discussão. Outros aspectos revelados no desdobramento do trabalho colaborativo, influenciaram no processo de inclusão do estudante, como, por exemplo, a falta da garantia pelo sistema educacional da participação direta de outras áreas especializadas no processo colaborativo; o enquadramento do estudante autista dentro da padronização da escola comum, desconsiderando sua singularidade; a falta da garantia do espaço tempo para articulação mais periódica entre os professores da escola comum e AEE; e o discurso centrado na medicalização e comportamento, interpretado como inadequado e que invade o sujeito autista. A pesquisa, diante dos seus efeitos, identificou a importância da colaboração ntre a escola comum e AEE, a qual deve basear-se na concretização da cultura colaborativa, no reconhecimento do trabalho em conjunto, da diversidade, das potencialidades e singularidade do estudante autista, como condutores do processo inclusivo.The developed research was born from the experience as a pedagogist, from performing Talking Circles for the articulation between teachers, the pedagogist (or principal) from the ordinary school, and the AEE teachers that act in the public institution, Differentiated Work Unit - Autistic Spectrum Disorder, placed in the city of Angra dos Reis. The study was based on the qualitative research methodology (Borgan and Biklen, 1994), intervention research (Moreira, 2008) and content analysis (Bardin, 2016). The whole construction had the general objective of understanding what is the influence of the collaborative work between the pedagogist (or principal), ordinary school teachers, and AEE teachers in the inclusion process of autistic students in the Initial Grades of Elementary School, and the specific ones were: to analyze the importance of the collaborative work, through talking circles between AEE and the ordinary school in the inclusion process of the autistic student; to conceptualize what autism is based on the main scientific trends (symptomatologic view, neurodiversity, and psychoanalysis); to perform Talking Circles between the pedagogist (or principal), AEE teachers and the ordinary school for the establishment of collaborative work; and to identify the results of collaborative work in the inclusion process of the autistic student, from the organization and analysis of data from the Talking Circle about pedagogic practice. On the results found referring to the influences of collaborative work in the inclusion process of the autistic student, there were positive highlights such as the availability and interest of teachers and other subjects for the dialogue and experience exchange; the exposition of challenges faced, including their own feelings about the inclusion; the wish for more meetings for the performance of collaborative work; the socialization and delivery of pedagogic materials produced by AEE teachers; the knowledge socialization about assistive technology resources; the perception that the discussion in the Talking Circles provoked a more focused view on the student and, consequently, investment in their learning process; the involvement of all those responsibles for the pedagogic work; the perception that the family must be included in the process; and the acknowledgment of the importance of the participation of other areas in the discussion. Other aspects revealed in the development of the collaborative work influenced the inclusion process of the student, for example, the lack of guarantee by the educational system of direct participation of other areas specialized in the collaborative process; the framework of the autistic student in the standardization of the ordinary school, disregarding their singularity; the lack of guarantee of space and time for more frequent articulations between ordinary school teachers and AEE; and the speech centered on the medicalization and behavior interpreted as inappropriate, and that invades the autistic subject. The research, against its effects, identified the importance of the collaboration between the ordinary school and the AEE, which should be based on the concretization of the collaborative culture, on the acknowledgment of the joint work, on the diversity, on the potentialities and singularity of the autistic student, as conductors of the inclusion process.136 p.Pisetta, Maria Angélica A. M.Pletsch, Márcia DeniseVasconcellos, MônicaCardoso, Carla Carvalho2024-06-14T16:15:40Z2024-06-14T16:15:40Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfCARDOSO, Carla Carvalho. Trabalho colaborativo entre o AEE e escola comum: Caminho possível para o processo de inclusão do estudante autista. 2023. 136f. 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