O colorido do mundo: contribuições para um ensino de física inclusivo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ramalho, Pedro Gouvêa de Carvalho
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/12784
Resumo: O número crescente de alunos com necessidades educacionais especiais (NEE) presentes nas escolas regulares do Brasil, em decorrência de garantias legais, tem trazido desafios para a prática docente, já que a inclusão demanda mudanças nas práticas educativas. Portanto, há necessidade da promoção de uma formação inicial ou continuada condizente com os pressupostos de uma educação que forneça ao professor subsídios para se tornar um agente da inclusão no âmbito escolar. Nesta monografia é abordado o tema de inclusão de alunos com NEE em aulas de Física do Ensino Médio, mais especificamente, a inclusão de alunos cegos ou com baixa visão. Inicialmente é apresentada uma retrospectiva sobre as questões históricas relativas à educação desses educandos. Partindo da questão balizadora do estudo – Como atender às especificidades dos deficientes visuais nos processos de ensino e de aprendizagem dos conhecimentos científicos relativos aos fenômenos luminosos? – buscamos, na literatura pertinente, os saberes docentes necessários para ser um professor inclusivo, sendo seguido das recomendações de como deve ser a atuação do professor na perspectiva da inclusão. A apreensão desse aporte teórico nos permitiu alcançar o objetivo geral desta monografia, ou seja, aprimorar nossa prática docente, por meio da identificação dos pressupostos teóricos e das recomendações que colaborem para um ensino de Física inclusivo e, sendo assim, que atendam às individualidades dos deficientes visuais no processo de aprendizagem. Específicos: planejar e produzir recursos didáticos acessíveis aos deficientes visuais, tanto no que se refere à percepção do fenômeno físico quanto à sua manipulação, relativos aos processos de ensino e de aprendizagem de fenômenos luminosos e divulgá-los em diferentes ambientes como forma de oportunizar o acesso a outros professores e licenciandos em Física. Em termos de recursos didáticos, o resultado alcançado se traduz na produção de um vídeo sobre a luz, para a qual foi adotado como roteiro o texto “Quem pinta o mundo?” (FIGUEIREDO NETO; PIETROCOLA, 2000), complementado com a apresentação de materiais didáticos selecionados ou criados acessíveis aos alunos cegos ou com baixa visão. Em termos da avaliação do material didático, os resultados são parciais, já que as informações coletadas se referem ao olhar de professores em formação inicial ou continuada/ permanente. Como continuidade deste estudo, entendemos que há necessidade de avaliação do material didático pelos deficientes visuais. Todavia, entendemos que conseguimos demonstrar a viabilidade de um ensino de Física inclusivista, cuja intencionalidade foi a de respeitar e valorizar as diferenças individuais daqueles estudantes que, privados de “ver com os olhos”, têm direito à participação nas atividades em sala de aula e, consequentemente, à aprendizagem dos fenômenos luminosos, a partir da exploração de outros sentidos
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Inicialmente é apresentada uma retrospectiva sobre as questões históricas relativas à educação desses educandos. Partindo da questão balizadora do estudo – Como atender às especificidades dos deficientes visuais nos processos de ensino e de aprendizagem dos conhecimentos científicos relativos aos fenômenos luminosos? – buscamos, na literatura pertinente, os saberes docentes necessários para ser um professor inclusivo, sendo seguido das recomendações de como deve ser a atuação do professor na perspectiva da inclusão. A apreensão desse aporte teórico nos permitiu alcançar o objetivo geral desta monografia, ou seja, aprimorar nossa prática docente, por meio da identificação dos pressupostos teóricos e das recomendações que colaborem para um ensino de Física inclusivo e, sendo assim, que atendam às individualidades dos deficientes visuais no processo de aprendizagem. Específicos: planejar e produzir recursos didáticos acessíveis aos deficientes visuais, tanto no que se refere à percepção do fenômeno físico quanto à sua manipulação, relativos aos processos de ensino e de aprendizagem de fenômenos luminosos e divulgá-los em diferentes ambientes como forma de oportunizar o acesso a outros professores e licenciandos em Física. Em termos de recursos didáticos, o resultado alcançado se traduz na produção de um vídeo sobre a luz, para a qual foi adotado como roteiro o texto “Quem pinta o mundo?” (FIGUEIREDO NETO; PIETROCOLA, 2000), complementado com a apresentação de materiais didáticos selecionados ou criados acessíveis aos alunos cegos ou com baixa visão. Em termos da avaliação do material didático, os resultados são parciais, já que as informações coletadas se referem ao olhar de professores em formação inicial ou continuada/ permanente. Como continuidade deste estudo, entendemos que há necessidade de avaliação do material didático pelos deficientes visuais. Todavia, entendemos que conseguimos demonstrar a viabilidade de um ensino de Física inclusivista, cuja intencionalidade foi a de respeitar e valorizar as diferenças individuais daqueles estudantes que, privados de “ver com os olhos”, têm direito à participação nas atividades em sala de aula e, consequentemente, à aprendizagem dos fenômenos luminosos, a partir da exploração de outros sentidosThe growing number of students with special educational necessities (SEN) present in regular schools in Brazil, due to legal guarantees, has brought challenges to teaching practice, as inclusion demands changes in educational practices. Therefore, there is a need of promoting an initial or continuing education consistent with the assumptions of an education that provides the teacher with subsidies to become an agent of inclusion in the school environment. The theme covered in this monography is the inclusion of students with SEM in high school physics classes, more specifically, blind or low vision students. Initially, a retrospective is presented on the historical issues related to the education of these students. Starting from the main study question - How to achieve the specificities of the visually impaired in the teaching and learning processes of scientific knowledge related to light phenomena? - We searched, in the relevant literature, the teaching knowledge needed to be an inclusive teacher, being followed by the recommendations of how the teacher should act in the perspective of inclusion. The apprehension of this theoretical contribution allowed us to reach the general objective of this monography, which is to improve our teaching practice through the identification of the theoretical assumptions and the recommendations that contribute to an inclusive physics teaching and, thus, meet the individualities of the visual disabled visuals in the learning process. Specific: plan and produce didactic resources accessible to the visually impaired, both regarding the perception of the physical phenomenon and its manipulation, related to the teaching and learning processes of light phenomena and to disseminate them in different environments as a way to provide access to other teachers and under graduates in physics teaching. In terms of didactic resources, the achieved result is the production of a video about light, for which the text “Quem pinta o mundo?” was adopted as a script (FIGUEIREDO NETO; PIETROCOLA, 2000), complemented by the presentation of selected or created teaching materials accessible to blind or low vision students. In terms of evaluation of the didactic material, the results are partial, since the information collected refers to the look of teachers in initial or continuous / permanent formation. As a continuation of this study, we understand that there is a need for the assessment of didactic material by the visually impaired. However, we understand that we have been able to demonstrate the viability of an inclusive physics teaching, which was intended to respect and value the individual differences of those students who, deprived of “seeing with their eyes”, are entitled to participate in classroom activities and, consequently, the learning of the luminous phenomena, from the exploration of other sensesAlmeida, Lúcia da Cruz deCosta, IsaBarrelo Junior, NelsonRamalho, Pedro Gouvêa de Carvalho2020-02-05T21:27:27Z2020-02-05T21:27:27Z2019info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfRAMALHO, Pedro Gouvêa de Carvalho. O colorido do mundo: contribuições para um ensino de física inclusivo. 2019. 69f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Física) - Instituto de Física, Universidade Federal Fluminense, 2019.https://app.uff.br/riuff/handle/1/12784http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2021-10-18T18:44:27Zoai:app.uff.br:1/12784Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T11:05:14.133987Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false
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