Proposta para padronização de um protocolo para o estudo da lipemia pós-prandial em humanos e risco cardiovascular

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Almeida, Dilliane da Paixão Rodrigues
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/5225
Resumo: O nível pós-prandial de triglicerídeos (TG) reflete com maior eficácia o risco cardiovascular (CV), em especial a aterosclerose, quando comparado ao seu nível em jejum. Portanto, investigar a lipemia pós-prandial é de extrema importância para o entendimento do metabolismo lipídico e doenças associadas. O objetivo do presente estudo foi avaliar a aceitabilidade de uma refeição para o estudo da lipemia pós-prandial e investigar se existe diferença no risco CV comparando-se o TG em jejum e pós-prandial. Todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (CAAE: 49864015.2.0000.5626). Após 8h de jejum, os participantes ingeriram uma refeição teste hiperlipídica contendo 75g de lipídios, 25g de carboidratos e 10g de proteínas e tiveram seus parâmetros antropométricos avaliados. A refeição se assemelhou a um milk-shake de chocolate com textura cremosa e volume de 500 mL. Sangue venoso foi coletado antes e 4h após a ingestão da refeição e o TG sérico foi avaliado nestes dois momentos. A lipemia pós-prandial foi comparada entre participantes sem risco e em risco CV. O risco CV foi classificado de diferentes formas: pelo índice de massa corporal (em risco: IMC>25mg/Kg²); circunferência da cintura (em risco: CC>80cm em mulheres e >94cm em homens) e; hipertensão arterial (em risco: diagnóstico médico de hipertensão arterial [HA]). A amostra consistiu em sete participantes, sendo 28,6% do sexo masculino e 71,4% do sexo feminino. A idade média foi de 38,5±21,9 anos (homens) e 29,8±18,1 anos (mulheres). O tempo médio para a ingestão da refeição foi 5min± 1min e 15seg e nenhum dos participantes deixou de ingerir todo o conteúdo. Todos os participantes relataram ter gostado de sua apresentação, temperatura e textura, afirmando que a ingeririam novamente. Nas mulheres (n=5), o TG sérico em jejum foi 100,7±18,7mg/dL e se elevou para 178,4±46,0mg/dL (p=0,003). Nos homens (n=2), O TG em jejum foi 126,3±59,6mg/dL e o pós-prandial 276,3±227,5mg/dL. A elevação do TG pós-prandial foi significativamente maior em indivíduos em risco CV, independente do parâmetro utilizado para classificá-los em risco (IMC, CC ou HA). Diante dos resultados obtidos, conclui-se que a refeição testada é adequada para o estudo da lipemia pós-prandial, uma vez que apresentou alta aceitabilidade e elevou o TG pós-prandial. Além disso, viu-se que a resposta lipêmica pós-prandial é mais pronunciada em indivíduos em risco CV.
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Após 8h de jejum, os participantes ingeriram uma refeição teste hiperlipídica contendo 75g de lipídios, 25g de carboidratos e 10g de proteínas e tiveram seus parâmetros antropométricos avaliados. A refeição se assemelhou a um milk-shake de chocolate com textura cremosa e volume de 500 mL. Sangue venoso foi coletado antes e 4h após a ingestão da refeição e o TG sérico foi avaliado nestes dois momentos. A lipemia pós-prandial foi comparada entre participantes sem risco e em risco CV. O risco CV foi classificado de diferentes formas: pelo índice de massa corporal (em risco: IMC>25mg/Kg²); circunferência da cintura (em risco: CC>80cm em mulheres e >94cm em homens) e; hipertensão arterial (em risco: diagnóstico médico de hipertensão arterial [HA]). A amostra consistiu em sete participantes, sendo 28,6% do sexo masculino e 71,4% do sexo feminino. A idade média foi de 38,5±21,9 anos (homens) e 29,8±18,1 anos (mulheres). O tempo médio para a ingestão da refeição foi 5min± 1min e 15seg e nenhum dos participantes deixou de ingerir todo o conteúdo. Todos os participantes relataram ter gostado de sua apresentação, temperatura e textura, afirmando que a ingeririam novamente. Nas mulheres (n=5), o TG sérico em jejum foi 100,7±18,7mg/dL e se elevou para 178,4±46,0mg/dL (p=0,003). Nos homens (n=2), O TG em jejum foi 126,3±59,6mg/dL e o pós-prandial 276,3±227,5mg/dL. A elevação do TG pós-prandial foi significativamente maior em indivíduos em risco CV, independente do parâmetro utilizado para classificá-los em risco (IMC, CC ou HA). Diante dos resultados obtidos, conclui-se que a refeição testada é adequada para o estudo da lipemia pós-prandial, uma vez que apresentou alta aceitabilidade e elevou o TG pós-prandial. Além disso, viu-se que a resposta lipêmica pós-prandial é mais pronunciada em indivíduos em risco CV.Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de JaneiroPostprandial triglycerides (TG) more effectively reflects the cardiovascular (CV) risk, especially atherosclerosis, when compared to fasting TG. Therefore, investigating the postprandial lipemia is of extreme importance for the understanding of lipid metabolism and associated diseases. The aim of the current study is to assess the acceptability of a meal to study postprandial lipemia and to investigate whether there is a difference in CV risk comparing fasting and postprandial TG. All participants signed a form giving their consent to participate in this research (CAAE: 49864015.2.0000.5626). After 8h of fasting, participants ate a high fat test meal consisted of 75g of lipids, 25g of carbohydrates and 10g of proteins, and had their anthropometric parameters evaluated. The meal resembled a chocolate milkshake with creamy texture and volume of 500 mL. Venous blood was collected before and 4h after meal intake, and serum TG was assessed at these two moments. Postprandial lipemia was compared between participants that were or were not at CV risk. CV risk was classified by different parameters: body mass index (at risk: BMI> 25 mg/Kg²); waist circumference (at risk: WC> 80cm for women, and> 94cm for men) and; hypertension (at risk: medical diagnosis of arterial hypertension [AH]). The sample consisted of seven participants, 28.6% male and 71.4% female. The mean age was 38.5 ± 21.9 years (men) and 29.8 ± 18.1 years (women). The average time for meal intake was 5min ± 1min and 15sec, and all participants ate all meal content. All participants reported that they liked meal presentation, temperature and texture, and said that they would ingest it again. In women (n=5), fasting serum TG was 100.7 ± 18.7 mg/dL and it increased to 178.4 ± 46.0 mg/dL (P=0.003). In men (n=2), fasting TG was 126.3 ± 59.6 mg/dL and postprandial TG was 276.3 ± 227.5 mg/dL. The increase in postprandial TG was significantly higher in individuals at CV risk, regardless of the parameter used to classify them at CV risk (BMI, WC or AH). Overall, we conclude that the test meal is suitable for the study of postprandial lipemia, since it presented high acceptability and it could elevate postprandial TG. Additionally, we found that the postprandial lipemic response is more pronounced in individuals at CV risk.Universidade Federal FluminenseNova FriburgoBottino, Caroline Fernandes dos SantosBottino, Caroline Fernandes dos Santos BottinoMendonca, Leonardo de SouzaBraga, Fernanda Amorim de Moraes NascimentoAlmeida, Kelly Costa de (Suplente)Almeida, Dilliane da Paixão Rodrigues2017-11-14T13:57:58Z2017-11-14T13:57:58Z2016info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfhttps://app.uff.br/riuff/handle/1/5225ProfessorCC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2022-11-04T13:32:20Zoai:app.uff.br:1/5225Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T10:55:25.958983Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false
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