O uso de museus de Ciências em uma sequência investigativa de Física

• Autor(a) principal: Silva, Daiane Simão Gomes da
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
• Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/23674
• topic: Educação não formal; Museu; Ensino de Física; Física; Ensino por investigação; Educação não formal; Museu; Ensino de Física; Ensino por investigação; Produção intelectual; Non-formal education; Museum; Physics teaching; Physics; Teaching by inquiry

O trabalho objetiva apresentar uma sequência didática investigativa para o aprendizado de conceitos de óptica física e geométrica utilizando a Casa da Descoberta, espaço de divulgação científica da Universidade Federal Fluminense (UFF), em cooperação com o espaço escolar. Propomos a utilização de Museus de Ciência, espaço de educação não formal, como recurso que amplia o debate já iniciado em sala e como agente motivador, já que suas exposições tem formato divulgador e propiciam momentos que geram reflexões e debates sobre temas de interesse popular. A sequência didática possui quatro encontros, sendo três escolares e um museal, todos os momentos são favoráveis à investigação do estudante sobre o tema. A abordagem investigativa foi escolhida por proporcionar ao estudante a recorrência de momentos como protagonista do próprio aprendizado. A investigação também proporciona momentos de reflexão acerca do que já se julga conhecer e a partir de novas dúvidas, assimilações são feitas, proporcionando o amadurecimento cognitivo. Para Piaget, a assimilação é um momento de incômodo do sujeito por uma nova informação encontrada no meio e após essa inquietação há a acomodação, nome dado aos esforços particulares para acalmar o incômodo e tornar a nova informação compreensível. O fim do incômodo ocorre com a equilibração, quando a nova informação não causa mais estranheza, sendo compreendida, e a partir dela outras assimilações podem ser feitas. Mas, existem alguns obstáculos impedientes do amadurecimento cognitivo e da evolução do espírito científico, a eles Bachelard chamou de obstáculos epistemológicos, para ele, “um obstáculo epistemológico se incrusta no conhecimento não questionado” (BACHELARD, 1996, p.19). A sequência se baseia na apresentação de situações que questionam os conhecimentos estudantis e geram novas assimilações que contribuirão para o amadurecimento cognitivo e evolução de seus espíritos científicos. Também é pretendido que os estudantes se aproximem do método científico ao encontrarem problemas e, a partir deles, experimentem e troquem informações com seus pares. A sequência didática investigativa não foi aplicada por conta das medidas restritivas decorrentes da pandemia de SARS COV-2 (COVID-19), que inviabilizou o encontro museal e escolar. Espera-se aplicá-la em trabalhos futuros.