#OCUPATUDO: mobilizações secundaristas e resistências à precarização da educação

• Autor(a) principal: Barreto, Bruna Amaral Lanzillotti
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
• Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/6864
• topic: Ocupações secundaristas; Resistência; Neoliberalismo; Educação pública; Movimentos sociais; Movimento estudantil; Escola pública; Niterói (RJ); Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Brasil)

No primeiro semestre de 2016, mais de setenta escolas da Rede Estadual de Educação foram ocupadas por estudantes no Rio de Janeiro. Essa tática se espalhou pelo país após a onda de ocupações secundaristas em São Paulo, em 2015. Com muitas características distintas dos tradicionais movimentos sociais, se afastando de vias mais institucionais de luta e se articulando por meio de ações diretas, tais mobilizações estudantis também romperam com hierarquias de poder em seus espaços de organização e decisão. Esse estudo foi centrado em experiências de campo do projeto Ocupa Educação do PIBID em três escolas públicas de Niterói, entre abril e junho de 2016 que, intermediadas pela produção audiovisual, geraram um acervo de mais de 10 horas de gravação sobre o cotidiano das ocupações, os conflitos, as relações pedagógicas e também as percepções dos estudantes. Os objetivos do presente trabalho foram localizar esse levante estudantil em um fluxo de intensificação das resistências políticas, especialmente no contexto pós-2013; entender as configurações dessas formas de ação coletiva em contraste com as dos tradicionais movimentos estudantis; pensar sobre algumas políticas neoliberais às quais se contrapõem essas resistências atuais; perceber as relações de conflito e de poder dentro da escola e o lugar do professor em meio a elas; e, ainda, pensar sobre o caráter pedagógico do engajamento político desses jovens