“Turn to pollute”: poluição atmosférica e modelo de desenvolvimento no “milagre” brasileiro (1967-1973)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Duarte,Regina Horta
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Tempo (Niterói. Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-77042015000100004
Resumo: Resumo Em 1972, durante a Conferência de Estocolmo, a oposição do Brasil às propostas de regulamentação ambiental despertou fortes críticas internacionais. Este artigo discute as conexões entre a ditadura civil-militar, o milagre econômico e a política ambiental brasileira entre 1967 e 1973, com foco na poluição atmosférica. Como outros países latino-americanos, o Brasil enfrentava dilemas entre desenvolvimento e qualidade ambiental. Algumas instituições propuseram soluções diversas para o tema, como Cepal e Redpanaire, ambas agências das Nações Unidas na América Latina. A polêmica da poluição atmosférica explicita as contradições do regime civil-militar brasileiro, que justificava a poluição como meio para o desenvolvimento e a luta contra a pobreza ao mesmo tempo em que adotava políticas que resultaram em concentração de riqueza. Enquanto o poder de compra e a qualidade de vida das elites cresciam rapidamente, a maioria da população brasileira experimentou altas taxas de mortalidade infantil, más condições de saúde, ambientes degradados e significativas perdas salariais. A ditadura deixou para o Brasil um duplo legado de aprofundamento da desigualdade social e da degradação ambiental.
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