As artes de governar o currículo da Educação Infantil: a Base Nacional Comum Curricular em discussão

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Agostini, Camila Chiodi
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFFS (Repositório Digital da UFFS)
Texto Completo: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/1566
Resumo: Pode-se afirmar que o espaço infantil de consideração e consolidação de direitos ganha especial enfoque a partir da década de 80, com a promulgação de várias leis, onde a educação foi especialmente protegida. O currículo da Educação Infantil tem sido moldado a fim de garantir tais direitos e especificidades, muito embora seja um latente campo de disputa, já que por meio dele é possível perceber subjetividades e racionalidade específica com o objetivo de subjetivar os estudantes. Com o surgimento da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) que dá novo enforque ao currículo de Educação Infantil, a discussão ganha novo fôlego, principalmente pelas implicações que incidiram diretamente na consideração dessa criança abarcada nesse processo, dotada de subjetividades e peculiaridades e inserida em um processo histórico e cultural de formação de sua personalidade. Assim, o presente trabalho possuiu o objetivo de investigar como o currículo da educação infantil é construído/disposto na BNCC, principalmente levando em consideração a ótica de governamentalidade, baseada na construção de um dispositivo normalizador que procura, no limite, subjetivar, conduzir e normalizar corpos e indivíduos. Investigou-se também como o currículo da Educação Infantil está sendo tratado nesse novo documento, o qual pretende ser um homogeneizador curricular, averiguando como este se constitui como essa prática subjetivadora, questionando a que serve essa Base curricular da Educação Infantil, de que pressões ela é resultado, dentro dessa perspectiva subjetivadora e normalizadora. Assim, para a realização da pesquisa, como primeiro passo, foi trabalhado o conceito de infância e o ponto de partida que permeia a pesquisa. Já, no segundo, capítulo foi feita uma análise da base referencial do estudo, consubstanciada no mapeamento de pesquisas e no breve resgate histórico-legislativo das Políticas Curriculares de Educação Infantil no Brasil, que culminaram com a emergência da BNCC. No terceiro capítulo, foram tratados os caminhos investigativos, com apresentação dos fundamentos teórico-metodológicos da pesquisa. O quarto capítulo analisou o currículo da Educação Infantil dentro da Base, por meio da análise comparativa de alguns pontos do documento em suas três versões. O quinto capítulo do trabalho, por fim, discute a Base, procurando inquerir os seus objetivos para a Educação Infantil e qual tipo de criança (e professor) ela almeja moldar. Assim, diante da pesquisa, foi possível perceber que o currículo se mostra como um latente campo de disputas para a produção de significados e subjetividades dos indivíduos, com um discurso muito apropriado para esse fim, que a BNCC acompanha tal sistemática para a infância, além de estar envolvida em implicações de governamentalidade neoliberal, como uma forma eficiente de governo dos indivíduos.
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spelling Brzozowski, Jerzy AndréCarvalho, Rodrigo Saballa deLoss, Adriana SaleteBrzozowski, Jerzy AndréAgostini, Camila Chiodi2017-07-252017-10-26T16:57:32Z2017-10-26T16:57:32Z2017-08-10https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/1566Pode-se afirmar que o espaço infantil de consideração e consolidação de direitos ganha especial enfoque a partir da década de 80, com a promulgação de várias leis, onde a educação foi especialmente protegida. O currículo da Educação Infantil tem sido moldado a fim de garantir tais direitos e especificidades, muito embora seja um latente campo de disputa, já que por meio dele é possível perceber subjetividades e racionalidade específica com o objetivo de subjetivar os estudantes. Com o surgimento da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) que dá novo enforque ao currículo de Educação Infantil, a discussão ganha novo fôlego, principalmente pelas implicações que incidiram diretamente na consideração dessa criança abarcada nesse processo, dotada de subjetividades e peculiaridades e inserida em um processo histórico e cultural de formação de sua personalidade. Assim, o presente trabalho possuiu o objetivo de investigar como o currículo da educação infantil é construído/disposto na BNCC, principalmente levando em consideração a ótica de governamentalidade, baseada na construção de um dispositivo normalizador que procura, no limite, subjetivar, conduzir e normalizar corpos e indivíduos. Investigou-se também como o currículo da Educação Infantil está sendo tratado nesse novo documento, o qual pretende ser um homogeneizador curricular, averiguando como este se constitui como essa prática subjetivadora, questionando a que serve essa Base curricular da Educação Infantil, de que pressões ela é resultado, dentro dessa perspectiva subjetivadora e normalizadora. Assim, para a realização da pesquisa, como primeiro passo, foi trabalhado o conceito de infância e o ponto de partida que permeia a pesquisa. Já, no segundo, capítulo foi feita uma análise da base referencial do estudo, consubstanciada no mapeamento de pesquisas e no breve resgate histórico-legislativo das Políticas Curriculares de Educação Infantil no Brasil, que culminaram com a emergência da BNCC. No terceiro capítulo, foram tratados os caminhos investigativos, com apresentação dos fundamentos teórico-metodológicos da pesquisa. O quarto capítulo analisou o currículo da Educação Infantil dentro da Base, por meio da análise comparativa de alguns pontos do documento em suas três versões. O quinto capítulo do trabalho, por fim, discute a Base, procurando inquerir os seus objetivos para a Educação Infantil e qual tipo de criança (e professor) ela almeja moldar. Assim, diante da pesquisa, foi possível perceber que o currículo se mostra como um latente campo de disputas para a produção de significados e subjetividades dos indivíduos, com um discurso muito apropriado para esse fim, que a BNCC acompanha tal sistemática para a infância, além de estar envolvida em implicações de governamentalidade neoliberal, como uma forma eficiente de governo dos indivíduos.It can be affirmed that the children's space of consideration and consolidation of rights has special focus from the 80's, with the enactment of several laws, where education has been specially protected. The curriculum of Early Childhood Education has been shaped in order to guarantee such rights and specificities, even though it is a latent field of dispute, since through it is possible to perceive specific subjectivities and rationalities with the objective of subjecting students. With the emergence of National Curricular Common Base (BNCC), which gives new impetus to the curriculum of childhood, the discussion gains freshness, mainly due to the implications that directly affected the consideration of this child, who is endowed with subjectivities and peculiarities and inserted in a historical and cultural process of formation of his personality. Thus, the present work has the objective of investigating how the curriculum of children's education is constructed / arranged in the BNCC, mainly taking into account the perspective of governmentality, based on the construction of a normalizing device that tries, in the limit, to subjectivate, to lead and to normalize Bodies and individuals. It was also investigated how the curriculum of Early Childhood Education is being dealt with in this new document, which aims to be a homogenizing curriculum, investigating how and if this is constituted as this subjectivist practice, questioning what is the Curriculum Base of Infantile Education, to which you press the same is a result, within this subjective and normalizing perspective. Thus, for the accomplishment of the research, as a first step was worked the concept of childhood and the starting point that permeate the research. In the second chapter, an analysis was made of the referential base of the study, based on the mapping of research and the brief historical-legislative rescue of the Curricular Policies of Early Childhood Education in Brazil, which culminated in the emergence of the BNCC. In the third chapter, the investigative paths were treated, with presentation of the theoreticalmethodological foundations of the research. The fourth chapter analyzed the curriculum of Early Childhood Education in the Base, through the comparative analysis of some points of the document in its three versions. The fifth chapter of the paper, finally, discusses the Basis, seeking to inquire about its objectives for Early Childhood Education and which type of child (and teacher) it seeks to shape. Thus, in the face of the research, it was possible to perceive that the curriculum appears as a latent field of disputes for the production of meanings and subjectivities of the individuals, with a very proper discourse for that, that the BNCC accompanies such systematics for the childhood, besides be absorbed in the implications of neoliberal governmentality as an efficient form of governing individuals.Submitted by Tania Ivani Rokohl (tania.rokohl@uffs.edu.br) on 2017-10-25T15:20:15Z No. of bitstreams: 1 AGOSTINI.pdf: 5630549 bytes, checksum: 8daf866c0a8ca42402d29800c47c41bb (MD5)Approved for entry into archive by Diego dos Santos Borba (dborba@uffs.edu.br) on 2017-10-26T16:57:32Z (GMT) No. of bitstreams: 1 AGOSTINI.pdf: 5630549 bytes, checksum: 8daf866c0a8ca42402d29800c47c41bb (MD5)Made available in DSpace on 2017-10-26T16:57:32Z (GMT). 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