Políticas identitárias e usos do passado no movimento separatista "O Sul é o meu país" (1992-2017)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rech, Fernando Luís
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFFS (Repositório Digital da UFFS)
Texto Completo: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/1701
Resumo: O presente trabalho discute como o movimento separatista O Sul é o Meu País investe discursivamente em uma concepção de identidade e tradição e suas implicações no uso da memória para legitimar uma secessão do Estado brasileiro. A retórica dos impostos pagos sem retorno para a região e a falta de representatividade são argumentos muito presentes nos materiais do movimento. No entanto, acreditados que para compreendermos historicamente a existência do movimento, é preciso enfrentar perguntas que dizem respeito a própria narrativa que o movimento “O Sul é o meu país” construiu sobre si mesmo nas últimas décadas. Nossa hipótese se sustenta na afirmação de que a emergência de um regime de historicidade presentista trouxe para a ordem do tempo disputas políticas firmadas no passado, sobretudo reivindicando categorias ligadas a problemas identitários. O movimento O Sul é o Meu País sustenta sua posição política através de uma narrativa histórica que produz processos de diferenciação e afirmação da branquitude e identidade sulista associada a uma história regional que se legitima na exaltação de valores éticos e estéticos ligados ao trabalho e a poupança. As fontes que foram utilizadas para a pesquisa são jornais, revistas e livros do próprio movimento.
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Nossa hipótese se sustenta na afirmação de que a emergência de um regime de historicidade presentista trouxe para a ordem do tempo disputas políticas firmadas no passado, sobretudo reivindicando categorias ligadas a problemas identitários. O movimento O Sul é o Meu País sustenta sua posição política através de uma narrativa histórica que produz processos de diferenciação e afirmação da branquitude e identidade sulista associada a uma história regional que se legitima na exaltação de valores éticos e estéticos ligados ao trabalho e a poupança. As fontes que foram utilizadas para a pesquisa são jornais, revistas e livros do próprio movimento.The present work discusses how the separatist movement “O Sul é o Meu País” invests discursively in a conception of identity and tradition, as well as, its implications in the use of memory to legitimize a secession of the Brazilian State. The rhetoric of taxes paid without return to the region and the lack of representativeness are arguments very present in the materials of the movement. However, we believe that in order to understand the existence of the movement historically, we must face questions that relate to the very narrative that the movement "The South is my country" has built upon itself in the last decades. Our hypothesis is based in affirmation that the emergence of a regime of presential historicity brought to the order of time political disputes established in the past, especially claiming categories linked to identity problems. The movement “O Sul é o Meu País” sustains its political position through a historical narrative that produces processes of differentiation and affirmation of whiteness and southern identity associated with a regional history that legitimates itself in the exaltation of ethical and aesthetic values linked to work and savings. The sources that were used for the research are newspapers, magazines and books of the movement itself.Submitted by Jeferson Rodrigues de Lima (jeferson.lima@uffs.edu.br) on 2018-01-23T12:06:37Z No. of bitstreams: 1 RECH.pdf: 1843681 bytes, checksum: 3228a009d3abd396320d3ba175d0bd0e (MD5)Approved for entry into archive by Diego dos Santos Borba (dborba@uffs.edu.br) on 2018-01-29T09:52:16Z (GMT) No. of bitstreams: 1 RECH.pdf: 1843681 bytes, checksum: 3228a009d3abd396320d3ba175d0bd0e (MD5)Made available in DSpace on 2018-01-29T09:52:16Z (GMT). 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