Discurso fundador e identidade gaúcha : um estudo sobre o movimento separatista O Sul é o meu país

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Morés, Raíssa Gabriela
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/259224
Resumo: O presente trabalho se inscreve no quadro do projeto de pesquisa “Discurso, arquivo, memória: sentidos da presença africana no Rio Grande do Sul”. Partindo das questões formuladas ao longo da pesquisa, o enunciado O Sul é meu país, irrompeu na textualidade e foi escolhido pela como foco de análise do presente trabalho. A escolha se justifica, por julgarmos que a sequência discursiva condensa grande parte das discursividades evocadas na construção do discurso fundador gaúcho. O trabalho é apresentado em três capítulos. O primeiro organiza-se entorno da construção narrativa historiográfica e literária a respeito da figura mítica do gaúcho no Sul da América Latina, bem como os momentos iniciais do discurso separatista no Rio Grande do Sul, durante o conflito entre o estado e o Império, a Guerra dos Farrapos (1835 – 1845). O objetivo é pensar as condições de produção que tornam o emancipacionismo enunciável na contemporaneidade. No segundo capítulo, é revisada a teoria estudada em análise de discurso, destacando-se três conceitos que sustentam as análises realizadas. as noções de AD sobre arquivo são o ponto de partida da discussão, uma vez que há uma tomada de posição discursiva perante o material que recusa noção de que o arquivo seja um repositório de informações, e assume os funcionamentos de linguagem que colocam em jogo a historicidade e as filiações ideológicas dos enunciados que articulam a trama discursiva que tece o imaginário gaúcho (Barbosa Filho, 2020). O discurso fundador é compreendido como o discurso a partir do qual outros podem ser organizados, instaurando a possibilidade de novos sítios de significância que refletem no dia a dia e na construção identitária dos sujeitos históricos (Orlandi, 2001). A memória discursiva, na sua concepção social, interroga as pré-construção que permitem que enunciados como o analisado sejam ressignificados na materialidade dos discursos (Pêcheux, 1990). O terceiro capítulo é dedicado a análise de enunciados presente no corpus cuja montagem foi concebida nos textos publicados nas páginas oficiais do movimento O Sul é meu país. Além disso, é apresentado no texto as disposições dos farroupilhas sobre quem seriam considerados os cidadãos da República Rio-grandense (1843). Por fim, apresenta-se a conclusão do trabalho, as lacunas em aberto e as possibilidades e impossibilidades a respeito da temática.
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