Agroecologia – um território em construção: considerações acerca das experiências agroecológicas nos Assentamentos Ireno Alves dos Santos e Marcos Freire no Município de Rio Bonito do Iguaçu/PR

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carvalho, Lisane
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFFS (Repositório Digital da UFFS)
Texto Completo: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/1652
Resumo: Nesse estudo buscamos tratar de processos de reterritorialização de camponeses assentados, desencadeados por práticas agroecológicas, no município de Rio Bonito do Iguaçu, Região Centro-Sul do estado do Paraná. Trata-se dos assentamentos Ireno Alves dos Santos e Marcos Freire. Entendemos que a Revolução Verde e o processo de modernização da agricultura expropriaram os pequenos agricultores, desterritorializando-os. Já os assentamentos são representativos de um processo de reterritorialização destes camponeses. Entretanto, entendemos que esta reterritorialização deva perpassar mais as práticas agroecológicas e menos aquelas convencionais, pautadas nos ditames da modernização, uma vez que foram justamente estas que contribuíram para a expropriação dos camponeses. Para evidenciarmos os processos de reterritorialização dos camponeses, as transformações territoriais evidenciadas pela disseminação das práticas agroecológicas, os enfrentamentos e disputas ocasionadas, os limites e avanços da agroecologia, os fatores e os atores que contribuem para as estratégias de territorialização dos camponeses, a ponto de podermos verificar em que medida há um território da agroecologia em construção nos utilizamos do referencial teórico dos geógrafos Claude Raffestin, Marcos Aurelio Saquet, Bernardo Mançano Fernandes e Márcio Freitas Eduardo. Nessa perspectiva a territorialização implica no exercício de poder de diferentes atores sobre o espaço, bem como conflitos e disputas, sobretudo entre agroecologia e o pacote tecnológico disseminado desde a modernização da agricultura. Vem daí o problema a ser pesquisado: Como está se dando o processo de reterritorialização dos camponeses por meio da territorialização da agroecologia? Dessa forma procuramos descrever e analisar as experiências agroecológicas que vem sendo realizadas nos assentamentos mencionados, apontando seus avanços e desafios. Metodologicamente, trata-se de um estudo de caso, pautado na realização de entrevistas qualitativas semi-estruturadas, realizadas com 19 famílias assentadas que estão desenvolvendo práticas agroecológicas e 6 entidades/organizações representativas. Enquanto resultados, podemos aportar que a agroecologia se caracteriza num mecanismo de reterritorialização dos camponeses, possibilitando a permanência dos camponeses nos assentamentos, garantindo uma maior autonomia dos camponeses em relação aos condicionantes internos e externos. Além de identificarmos que há um território da agroecologia em construção, quando os assentados criam novas formas de organização do trabalho, quando lutam por política públicas diferenciada, quando lutam pela criação de cooperativas de produção e comercialização, por moradia, saúde, educação e pela garantia da renda. Porém, podemos observar que ainda há muitos desafios a serem superados, tais como, obtenção da certificação; ampliação de canais de comercialização; melhoria das barreiras vegetais e ampliação da consciência socioambiental da maioria das famílias assentadas que utilizam o modelo de produção da Revolução Verde.
id UFFS_bc02fe054b434ea1fac20779e47f7b19
oai_identifier_str oai:rd.uffs.edu.br:prefix/1652
network_acronym_str UFFS
network_name_str Repositório Institucional da UFFS (Repositório Digital da UFFS)
repository_id_str 3924
spelling Rambo, Anelise Gracielehttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4706651J9Stoffel, Janetehttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794140Z1Carvalho, Lisane2017-09-262017-12-15T13:51:51Z2017-12-072017-12-15T13:51:51Z2017-09-26https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/1652Nesse estudo buscamos tratar de processos de reterritorialização de camponeses assentados, desencadeados por práticas agroecológicas, no município de Rio Bonito do Iguaçu, Região Centro-Sul do estado do Paraná. Trata-se dos assentamentos Ireno Alves dos Santos e Marcos Freire. Entendemos que a Revolução Verde e o processo de modernização da agricultura expropriaram os pequenos agricultores, desterritorializando-os. Já os assentamentos são representativos de um processo de reterritorialização destes camponeses. Entretanto, entendemos que esta reterritorialização deva perpassar mais as práticas agroecológicas e menos aquelas convencionais, pautadas nos ditames da modernização, uma vez que foram justamente estas que contribuíram para a expropriação dos camponeses. Para evidenciarmos os processos de reterritorialização dos camponeses, as transformações territoriais evidenciadas pela disseminação das práticas agroecológicas, os enfrentamentos e disputas ocasionadas, os limites e avanços da agroecologia, os fatores e os atores que contribuem para as estratégias de territorialização dos camponeses, a ponto de podermos verificar em que medida há um território da agroecologia em construção nos utilizamos do referencial teórico dos geógrafos Claude Raffestin, Marcos Aurelio Saquet, Bernardo Mançano Fernandes e Márcio Freitas Eduardo. Nessa perspectiva a territorialização implica no exercício de poder de diferentes atores sobre o espaço, bem como conflitos e disputas, sobretudo entre agroecologia e o pacote tecnológico disseminado desde a modernização da agricultura. Vem daí o problema a ser pesquisado: Como está se dando o processo de reterritorialização dos camponeses por meio da territorialização da agroecologia? Dessa forma procuramos descrever e analisar as experiências agroecológicas que vem sendo realizadas nos assentamentos mencionados, apontando seus avanços e desafios. Metodologicamente, trata-se de um estudo de caso, pautado na realização de entrevistas qualitativas semi-estruturadas, realizadas com 19 famílias assentadas que estão desenvolvendo práticas agroecológicas e 6 entidades/organizações representativas. Enquanto resultados, podemos aportar que a agroecologia se caracteriza num mecanismo de reterritorialização dos camponeses, possibilitando a permanência dos camponeses nos assentamentos, garantindo uma maior autonomia dos camponeses em relação aos condicionantes internos e externos. Além de identificarmos que há um território da agroecologia em construção, quando os assentados criam novas formas de organização do trabalho, quando lutam por política públicas diferenciada, quando lutam pela criação de cooperativas de produção e comercialização, por moradia, saúde, educação e pela garantia da renda. Porém, podemos observar que ainda há muitos desafios a serem superados, tais como, obtenção da certificação; ampliação de canais de comercialização; melhoria das barreiras vegetais e ampliação da consciência socioambiental da maioria das famílias assentadas que utilizam o modelo de produção da Revolução Verde.In this study, we tried to deal with reterritorialisation processes of settled peasants, triggered by agroecological practices, in the municipality of Rio Bonito do Iguaçu, in the Center-South Region of the state of Paraná. These are the Ireno Alves dos Santos and Marcos Freire settlements. We understand that the Green Revolution and the process of modernization of agriculture expropriated small farmers, deterritorializing them. Already the settlements are representative of a process of reterritorialization of these peasants. However, we believe that this reterritorialization should go beyond agroecological practices and less conventional ones, based on the dictates of modernization, since they were precisely those that contributed to the expropriation of peasants. To demonstrate the processes of reterritorialization of peasants, the territorial transformations evidenced by the dissemination of agroecological practices, the conflicts and disputes caused, the limits and advances of agroecology, the factors and the actors that contribute to the strategies of territorialization of the peasants, to the extent that we can verify the extent to which there is a territory of agroecology under construction, we use the theoretical reference of the geographers Claude Raffestin, Marcos Aurelio Saquet, Bernardo Mançano Fernandes and Márcio Freitas Eduardo. In this perspective the territorialization implies in the exercise of power of different actors on the space, as well as conflicts and disputes, mainly between agroecology and the technological package disseminated since the modernization of agriculture. From this comes the problem to be researched: How is the process of reterritorialization of the peasants being given through the territorialization of agroecology? In this way we try to describe and analyze the agroecological experiences that have been carried out in the mentioned settlements, pointing out their advances and challenges. Methodologically, this is a case study, based on semi-structured qualitative interviews conducted with 19 settled families who are developing agroecological practices and 6 representative entities / organizations. As results, we can contribute that the agroecology is characterized in a mechanism of reterritorialization of the peasants, allowing the permanence of the peasants in the settlements, guaranteeing greater autonomy of the peasants in relation to the internal and external conditions. Besides identifying that there is a territory of agroecology under construction, when settlers create new forms of work organization, when they fight for differentiated public policy, when they fight for the creation of cooperatives of production and commercialization, for housing, health, education and income security. However, we can observe that there are still many challenges to be overcome, such as obtaining certification; expansion of marketing channels; improving plant barriers and increasing the socio-environmental awareness of the majority of settled families that use the model of production of the Green Revolution.Submitted by Maria Rosa Moraes Maximiano (maria.maximiano@uffs.edu.br) on 2017-12-07T17:13:56Z No. of bitstreams: 1 CARVALHO.pdf: 5453455 bytes, checksum: 40557a757b66624a53efbaa590e648ca (MD5)Approved for entry into archive by Diego dos Santos Borba (dborba@uffs.edu.br) on 2017-12-15T13:51:51Z (GMT) No. of bitstreams: 1 CARVALHO.pdf: 5453455 bytes, checksum: 40557a757b66624a53efbaa590e648ca (MD5)Made available in DSpace on 2017-12-15T13:51:51Z (GMT). No. of bitstreams: 1 CARVALHO.pdf: 5453455 bytes, checksum: 40557a757b66624a53efbaa590e648ca (MD5) Previous issue date: 2017-09-26porUniversidade Federal da Fronteira SulPrograma de Pós-Graduação em Agroecologia e Desenvolvimento Rural SustentávelUFFSBrasilCampus Laranjeiras do SulAgroecologiaTerritórioReterritorializaçãoAssentamentos ruraisModernização da agriculturaAgroecologia – um território em construção: considerações acerca das experiências agroecológicas nos Assentamentos Ireno Alves dos Santos e Marcos Freire no Município de Rio Bonito do Iguaçu/PRinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisMestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFFS (Repositório Digital da UFFS)instname:Universidade Federal Fronteira do Sul (UFFS)instacron:UFFSLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866https://rd.uffs.edu.br:8443/bitstream/prefix/1652/2/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD52ORIGINALCARVALHO.pdfCARVALHO.pdfapplication/pdf5453455https://rd.uffs.edu.br:8443/bitstream/prefix/1652/1/CARVALHO.pdf40557a757b66624a53efbaa590e648caMD51prefix/16522021-09-29 14:53:18.505oai:rd.uffs.edu.br:prefix/1652TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://rd.uffs.edu.br/oai/requestopendoar:39242021-09-29T17:53:18Repositório Institucional da UFFS (Repositório Digital da UFFS) - Universidade Federal Fronteira do Sul (UFFS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Agroecologia – um território em construção: considerações acerca das experiências agroecológicas nos Assentamentos Ireno Alves dos Santos e Marcos Freire no Município de Rio Bonito do Iguaçu/PR
title Agroecologia – um território em construção: considerações acerca das experiências agroecológicas nos Assentamentos Ireno Alves dos Santos e Marcos Freire no Município de Rio Bonito do Iguaçu/PR
spellingShingle Agroecologia – um território em construção: considerações acerca das experiências agroecológicas nos Assentamentos Ireno Alves dos Santos e Marcos Freire no Município de Rio Bonito do Iguaçu/PR
Carvalho, Lisane
Agroecologia
Território
Reterritorialização
Assentamentos rurais
Modernização da agricultura
title_short Agroecologia – um território em construção: considerações acerca das experiências agroecológicas nos Assentamentos Ireno Alves dos Santos e Marcos Freire no Município de Rio Bonito do Iguaçu/PR
title_full Agroecologia – um território em construção: considerações acerca das experiências agroecológicas nos Assentamentos Ireno Alves dos Santos e Marcos Freire no Município de Rio Bonito do Iguaçu/PR
title_fullStr Agroecologia – um território em construção: considerações acerca das experiências agroecológicas nos Assentamentos Ireno Alves dos Santos e Marcos Freire no Município de Rio Bonito do Iguaçu/PR
title_full_unstemmed Agroecologia – um território em construção: considerações acerca das experiências agroecológicas nos Assentamentos Ireno Alves dos Santos e Marcos Freire no Município de Rio Bonito do Iguaçu/PR
title_sort Agroecologia – um território em construção: considerações acerca das experiências agroecológicas nos Assentamentos Ireno Alves dos Santos e Marcos Freire no Município de Rio Bonito do Iguaçu/PR
author Carvalho, Lisane
author_facet Carvalho, Lisane
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Rambo, Anelise Graciele
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4706651J9
dc.contributor.advisor2.fl_str_mv Stoffel, Janete
dc.contributor.advisor2Lattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794140Z1
dc.contributor.author.fl_str_mv Carvalho, Lisane
contributor_str_mv Rambo, Anelise Graciele
Stoffel, Janete
dc.subject.por.fl_str_mv Agroecologia
Território
Reterritorialização
Assentamentos rurais
Modernização da agricultura
topic Agroecologia
Território
Reterritorialização
Assentamentos rurais
Modernização da agricultura
description Nesse estudo buscamos tratar de processos de reterritorialização de camponeses assentados, desencadeados por práticas agroecológicas, no município de Rio Bonito do Iguaçu, Região Centro-Sul do estado do Paraná. Trata-se dos assentamentos Ireno Alves dos Santos e Marcos Freire. Entendemos que a Revolução Verde e o processo de modernização da agricultura expropriaram os pequenos agricultores, desterritorializando-os. Já os assentamentos são representativos de um processo de reterritorialização destes camponeses. Entretanto, entendemos que esta reterritorialização deva perpassar mais as práticas agroecológicas e menos aquelas convencionais, pautadas nos ditames da modernização, uma vez que foram justamente estas que contribuíram para a expropriação dos camponeses. Para evidenciarmos os processos de reterritorialização dos camponeses, as transformações territoriais evidenciadas pela disseminação das práticas agroecológicas, os enfrentamentos e disputas ocasionadas, os limites e avanços da agroecologia, os fatores e os atores que contribuem para as estratégias de territorialização dos camponeses, a ponto de podermos verificar em que medida há um território da agroecologia em construção nos utilizamos do referencial teórico dos geógrafos Claude Raffestin, Marcos Aurelio Saquet, Bernardo Mançano Fernandes e Márcio Freitas Eduardo. Nessa perspectiva a territorialização implica no exercício de poder de diferentes atores sobre o espaço, bem como conflitos e disputas, sobretudo entre agroecologia e o pacote tecnológico disseminado desde a modernização da agricultura. Vem daí o problema a ser pesquisado: Como está se dando o processo de reterritorialização dos camponeses por meio da territorialização da agroecologia? Dessa forma procuramos descrever e analisar as experiências agroecológicas que vem sendo realizadas nos assentamentos mencionados, apontando seus avanços e desafios. Metodologicamente, trata-se de um estudo de caso, pautado na realização de entrevistas qualitativas semi-estruturadas, realizadas com 19 famílias assentadas que estão desenvolvendo práticas agroecológicas e 6 entidades/organizações representativas. Enquanto resultados, podemos aportar que a agroecologia se caracteriza num mecanismo de reterritorialização dos camponeses, possibilitando a permanência dos camponeses nos assentamentos, garantindo uma maior autonomia dos camponeses em relação aos condicionantes internos e externos. Além de identificarmos que há um território da agroecologia em construção, quando os assentados criam novas formas de organização do trabalho, quando lutam por política públicas diferenciada, quando lutam pela criação de cooperativas de produção e comercialização, por moradia, saúde, educação e pela garantia da renda. Porém, podemos observar que ainda há muitos desafios a serem superados, tais como, obtenção da certificação; ampliação de canais de comercialização; melhoria das barreiras vegetais e ampliação da consciência socioambiental da maioria das famílias assentadas que utilizam o modelo de produção da Revolução Verde.
publishDate 2017
dc.date.none.fl_str_mv 2017-09-26
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2017-12-15T13:51:51Z
dc.date.available.fl_str_mv 2017-12-07
2017-12-15T13:51:51Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2017-09-26
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/1652
url https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/1652
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal da Fronteira Sul
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFFS
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Campus Laranjeiras do Sul
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal da Fronteira Sul
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFFS (Repositório Digital da UFFS)
instname:Universidade Federal Fronteira do Sul (UFFS)
instacron:UFFS
instname_str Universidade Federal Fronteira do Sul (UFFS)
instacron_str UFFS
institution UFFS
reponame_str Repositório Institucional da UFFS (Repositório Digital da UFFS)
collection Repositório Institucional da UFFS (Repositório Digital da UFFS)
bitstream.url.fl_str_mv https://rd.uffs.edu.br:8443/bitstream/prefix/1652/2/license.txt
https://rd.uffs.edu.br:8443/bitstream/prefix/1652/1/CARVALHO.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv 43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9b
40557a757b66624a53efbaa590e648ca
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFFS (Repositório Digital da UFFS) - Universidade Federal Fronteira do Sul (UFFS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799765385024634880