Consumo de alimentos ultraprocessados e obesidade em adultos no município de Dourados, MS
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UFGD |
Texto Completo: | http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5191 |
Resumo: | A prevalência de obesidade e doenças crônicas não transmissíveis têm aumentado em todo o mundo, inclusive no Brasil. Os hábitos sedentários de vida e o consumo excessivo de alimentos densamente energéticos têm sido amplamente estudados como fatores de risco. Mais recentemente, o estudo do consumo alimentar de acordo com o grau de processamento dos alimentos, assim como a associação entre o consumo de alimentos ultraprocessados (AUP) e a obesidade tem se destacado no contexto científico. Estudos que abordam a carga das doenças crônicas não transmissíveis têm revelado que a alimentação é o fator modificável que mais impacta na redução de morbimortalidade, principalmente a obesidade, onde o consumo AUP parece ser um componente prejudicial importante para a saúde da população a nível global. Sendo assim, o objetivo desse estudo foi avaliar se o consumo de AUP estava associado com a obesidade na população adulta no município de Dourados, MS. Foram coletados dados sobre o consumo destes alimentos através de recordatório de 24 horas e dados antropométricos (peso, altura e índice de massa corporal) para classificar a obesidade. Desta forma, foi possível analisar a associação entre o consumo desses alimentos com a obesidade, controlando para fatores sociodemográficos. Modelos de regressão foram utilizados para avaliar a associação da participação do consumo de AUP (quartis) e obesidade. Os alimentos classificados como AUP tiveram uma média de 20,9% do consumo energético diário total. O aumento no consumo de AUP associou-se a maior chance de ter obesidade, em indivíduos do sexo masculino, adultos na faixa etária de 30 a 39 anos e de 50 a 59 anos, de cor da pele branca, da menor renda, e com baixo e alto nível de escolaridade. Análises adicionais considerando o efeito potencial de causalidade reversa devido a presença de doenças crônicas, revelaram associações estatisticamente significativas no segundo quartil do consumo de AUP, indicando aumento de 0,25 kg/m² no IMC a cada incremento de uma unidade percentual na contribuição calórica de AUP na dieta. Em conclusão, uma maior contribuição energética proveniente do consumo de AUP pode contribuir para uma maior chance de obesidade em alguns estratos sociodemográficos, e ao aumento no IMC. Formuladores de políticas públicas devem considerar ações que promovam a redução no consumo de AUP. |
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Os hábitos sedentários de vida e o consumo excessivo de alimentos densamente energéticos têm sido amplamente estudados como fatores de risco. Mais recentemente, o estudo do consumo alimentar de acordo com o grau de processamento dos alimentos, assim como a associação entre o consumo de alimentos ultraprocessados (AUP) e a obesidade tem se destacado no contexto científico. Estudos que abordam a carga das doenças crônicas não transmissíveis têm revelado que a alimentação é o fator modificável que mais impacta na redução de morbimortalidade, principalmente a obesidade, onde o consumo AUP parece ser um componente prejudicial importante para a saúde da população a nível global. Sendo assim, o objetivo desse estudo foi avaliar se o consumo de AUP estava associado com a obesidade na população adulta no município de Dourados, MS. Foram coletados dados sobre o consumo destes alimentos através de recordatório de 24 horas e dados antropométricos (peso, altura e índice de massa corporal) para classificar a obesidade. Desta forma, foi possível analisar a associação entre o consumo desses alimentos com a obesidade, controlando para fatores sociodemográficos. Modelos de regressão foram utilizados para avaliar a associação da participação do consumo de AUP (quartis) e obesidade. Os alimentos classificados como AUP tiveram uma média de 20,9% do consumo energético diário total. O aumento no consumo de AUP associou-se a maior chance de ter obesidade, em indivíduos do sexo masculino, adultos na faixa etária de 30 a 39 anos e de 50 a 59 anos, de cor da pele branca, da menor renda, e com baixo e alto nível de escolaridade. Análises adicionais considerando o efeito potencial de causalidade reversa devido a presença de doenças crônicas, revelaram associações estatisticamente significativas no segundo quartil do consumo de AUP, indicando aumento de 0,25 kg/m² no IMC a cada incremento de uma unidade percentual na contribuição calórica de AUP na dieta. Em conclusão, uma maior contribuição energética proveniente do consumo de AUP pode contribuir para uma maior chance de obesidade em alguns estratos sociodemográficos, e ao aumento no IMC. Formuladores de políticas públicas devem considerar ações que promovam a redução no consumo de AUP.The prevalence of obesity and non-communicable chronic diseases has increased worldwide, including in Brazil. Sedentary lifestyle habits and excessive consumption of energy-dense foods have been widely studied as risk factors. More recently, the study of food consumption according to the degree of food processing, as well as the association between the consumption of ultra-processed foods (UPF) and obesity has been highlighted in the scientific context. Studies that address the burden of chronic non-communicable diseases have revealed that diet is the modifiable factor that has the greatest impact on reducing morbidity and mortality, especially obesity, where UPF consumption appears to be an important harmful component to the health of the population at a global level. Therefore, the objective of this study was to assess whether UPF consumption was associated with obesity in the adult population in the city of Dourados, MS. Data on the consumption of these foods were collected through a 24-hour recall and anthropometric data (weight, height, and body mass index) to classify obesity. In this way, it was possible to analyze the association between the consumption of these foods and obesity, controlling for sociodemographic factors. Regression models were used to assess the association between UPF consumption participation (quartiles) and obesity. Foods classified as UPF had an average of 20.9% of total daily energy consumption. The increase in UPF consumption was associated with a greater chance of obesity in male individuals, adults aged 30 to 39 years and 50 to 59 years, of white skin color, of lower-income, and with low and high levels of education. Additional analyzes considering the potential effect of reverse causality due to the presence of chronic diseases, revealed statistically significant associations in the second quartile of UPF consumption, indicating an increase of 0.25 kg/m² in BMI for each increment of one percentage unit in the caloric contribution of UPF in the diet. In conclusion, the increase in UPF consumption may contribute to a greater chance of obesity in some sociodemographic strata, and to an increase in BMI. Public policymakers should consider actions that promote a reduction in UPF consumption.Submitted by Marcos Pimentel (marcospimentel@ufgd.edu.br) on 2022-09-30T18:57:32Z No. of bitstreams: 1 KarolineOmizolodeSouza.pdf: 3737834 bytes, checksum: 6e2b452cb7c698ff5b6909d40e24cae9 (MD5)Made available in DSpace on 2022-09-30T18:57:32Z (GMT). No. of bitstreams: 1 KarolineOmizolodeSouza.pdf: 3737834 bytes, checksum: 6e2b452cb7c698ff5b6909d40e24cae9 (MD5) Previous issue date: 2022-03-28Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq)porUniversidade Federal da Grande DouradosPós-graduação em Alimentos, Nutrição e SaúdeUFGDBrasilFaculdade de Ciências da SaúdeCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::NUTRICAOIngestão de alimentosAlimentos processadosAumento de pesoEatingProcessed foodsWeight GainConsumo de alimentos ultraprocessados e obesidade em adultos no município de Dourados, MSConsumption of ultraprocessed foods and obesity in adults in the municipality of Dourados, MSinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFGDinstname:Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)instacron:UFGDTEXTKarolineOmizolodeSouza.pdf.txtKarolineOmizolodeSouza.pdf.txtExtracted texttext/plain190233https://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/bitstream/prefix/5191/3/KarolineOmizolodeSouza.pdf.txtfaf154452660059927119f549ab3a15eMD53LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866https://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/bitstream/prefix/5191/2/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD52ORIGINALKarolineOmizolodeSouza.pdfKarolineOmizolodeSouza.pdfapplication/pdf3737834https://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/bitstream/prefix/5191/1/KarolineOmizolodeSouza.pdf6e2b452cb7c698ff5b6909d40e24cae9MD51prefix/51912023-09-14 02:44:45.47oai:https://repositorio.ufgd.edu.br/jspui:prefix/5191TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufgd.edu.br/jspui:8080/oai/requestopendoar:21162023-09-14T06:44:45Repositório Institucional da UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)false |
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