Avaliação do líquido da casca da castanha de caju e quitosana como aditivo para ruminantes

• Autor(a) principal: Vieira, Elis Regina de Queiroz
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFGD
• Texto Completo: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/1197
• topic: CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::ZOOTECNIA::PRODUCAO ANIMAL; Ácido graxo; Digestibilidade in vitro; Ruminação; Fatty acids; In vitro digestibility; Rumination

Objetivou-se avaliar o efeito isolado ou a associação do liquido da casca da castanha de caju (LCCC) e da quitosana como aditivos naturais moduladores da fermentação ruminal de bovinos. Foi coletado, via cânula, líquido ruminal de dois bovinos mestiços de aptidão leiteira, adultos, machos castrados, com peso médio de 350kg ±,distribuídos em um delineamento inteiramente casualizado. A dieta formulada foi composta de feno de Tifton 85 (Cynodon spp), representando a fração volumosa e milho (49,72%), farelo de soja (40,05%) e suplemento mineral (10,23%) como concentrado, sendo fornecidas nas seguintes relações volumoso:concentrado (V:C): 20:80; 35:65; 50:50; 65:35 e 100:00. Os aditivos foram adicionados nas proporções: 500mg/kg de MS de LCCC; 500 mg/kg de MS de quitosana; 200 mg/kg de MS de monensina (controle positivo) e associação entre quitosana e o LCCC(500 + 500 mg/kg de MS, respectivamente), distribuídos aleatoriamente em delineamento inteiramente casualizado. Foram avaliados a digestibilidade in vitro da MO, MS, PB, FDN, FDA e DHCEL. Observou-se efeito linear das relações V:C sobre DIVMO e DIVMS e efeito quadrático sobre DIVPB. Foi verificado efeito do aditivo e da relação V:C para DIVMO; DIVMS e DIVPB.Foi observada interação entre relação V:C e o aditivo sobre a DIVFDN, DIVFDA e DHCEL.Foram realizadas coletas do líquido ruminal in vitro em intervalos de 2 horas nos tempos 0, 2, 4, 6, 8 e 10 ha pós a incubação (―hora 0‖) para análise de pH e nitrogênio amoniacal e, nos tempos 0,2,4,8 de AGCCC. A inclusão dos aditivos naturais manteve o pH acima de 6,0 e a concentração de amônia mínima de 10,67 mg/dL, respectivamente. Foi verificada interação entre a relação V:C e o aditivo sobre a concentração da produção de ácido acético, ácido propiônico e ácido butírico. A relação C2:C3 foi maior com a inclusão do antibiótico monensina. Foi avaliada a acinética da produção de gases para os parâmetros A (produção de gás da fração rápida/mL gás/g), parâmetro B (taxa de produção da fração A/h-¹), parâmetro C (lag time/horas), parâmetro D (produção de gás da fração lenta/mL gás/g), parâmetro E (taxa de produção da fração D/h-¹) e produção cumulativa de gases (A+D). Foi verificado efeito significativo dos aditivos no parâmetro C; da relação V:C para os parâmetros A, C, D e A+D; e interação significativa dos fatores principais relação V:C e aditivo no parâmetro A+D. A inclusão do liquido da casca da castanha de caju e quitosana como aditivos moduladores da fermentação do líquido do ruminal apresentaram resultados positivos possibilitando a sua utilização como alternativa ao uso dos antibióticos ionóforo na alimentação de ruminantes. No entanto, a inclusão do liquido da casca da castanha de caju associado com a quitosana não proporcionaram efeito satisfatórios sobre a digestibilidade dos nutrientes. A redução na digestibilidade pode estar relacionado a quantidade da dose e/ou a atividade de inibição destes compostos. Desta forma, é necessário que novos estudos sejam realizados para identificar a dose ótima da associação destes dois aditivos na alimentação de bovinos.