Dietas de fontes de fibra não forrageira com redução de amidos para bovinos confinados

• Autor(a) principal: Urio, Giovana Siqueira
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFGD
• Texto Completo: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5025
• topic: CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::ZOOTECNIA::NUTRICAO E ALIMENTACAO ANIMAL; Confinamento animal; Nutrição animal; Digestão no rúmen; Feedlots; Animal nutrition; Rumen digestion

Altos teores de amido na dieta pode acarretar em uma redução na digestibilidade dos nutrientes e acarretar em distúrbios metabólicos no animal, portanto a inclusão de fibra na ração é imprescindível, devendo-se priorizar fontes contenham maior concentração de FDNfe, uma vez que este estimula efetivamente a ruminação e a motilidade ruminal. Desta forma, objetivou-se neste estudo avaliar o consumo e digestibilidade dos ingredientes da dieta em novilhos confinados, assim como parâmetros de fermentação ruminal, bioquímica sanguínea, síntese de proteína microbiana e comportamento ingestivo, utilizando dietas com fontes de fibra não forrageira e reduzindo os níveis de amidos. O experimento foi conduzido na área experimental da Faculdade de Ciências Agrárias (FCA) da Universidade Federal de Grande Dourados, utilizando 5 novilhos mestiços canulados no rúmen (416,9 ± 16,5 kg de PV), divididos aleatoriamente em quadrado latino 5 x 5. As dietas experimentais foram formuladas para conter as seguintes percentagens de milho moído na dieta total: 40, 20, 10 e 5%, e um tratamento adicional de 5% de milho complexado no pellet, sendo estas distribuídas diariamente às 8:00 horas. Todas as dietas foram isonitrogenadas com 13% de PB e balanceadas de acordo com o NRC, 2016. Os animais que receberam as dietas com 10 e 5 % de milho moído obtiveram maior consumo de MS, sendo 8,26 e 7,97 kg/dia, em relação aos animais que receberam a com 20% e 5% complexado ao pellet, com respectivos 7,76 e 7,85 kg/dia. Em relação a fibra em detergente neutro, os bovinos que receberam os tratamentos M10, M5F e M5P (2,80; 2,83; 2,81 kg/dia respectivamente) apresentaram os maiores valores de consumo, sendo mais baixo para aqueles alimentados com o tratamento M40 (1,88 kg/dia). Os animais suplementados com a dieta contendo 5% de milho moído, obtiveram a maior digestibilidade da MS em relação aos demais (em torno de 83,5%). Os novilhos suplementados com as dietas M10 e M5F apresentaram a maior digestibilidade do amido (96% e 98,95%, respectivamente) em relação aos demais tratamentos, e quanto a digestibilidade da FDN, os animais que receberam a dieta M5F apresentou o melhor resultado (87,6%), quando comparado aos demais tratamentos, sendo que as dietas M40 e M20 obtiveram os piores resultados (80,9% e 79,9%). O menor valor de N excretado nas fezes (41,61 g/dia), foi para os bovinos que recebiam a dieta com 5% de milho, e consequentemente apresentaram maiores valores de N absorvível (134,15 g/dia), assim como o N retido com o valor de 115,70 g/dia. Sendo assim, recomenda-se a dieta contendo 5% de milho moído, uma vez que a redução do nível de amido e o aumento da fibra melhorou parâmetros como digestibilidade da MS, FDN, amido e PB, consequentemente resultando em maior síntese microbiana.