Extrato de alga Ascophyllum nodosum (L.) Le Jolis e nitrogênio em mudas de Alibertia edulis (Rich) A. Rich

• Autor(a) principal: Bernardes, Rodrigo da Silva
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFGD
• Texto Completo: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5003
• topic: CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::AGRONOMIA; Alibertia edulis; Bioestimulantes; Produção de plântulas; Ureia; Biostimulants; Seedling production; Urea

Alibertia edulis (Rich) A. Rich. (marmelo do Cerrado, Rubiaceae) é uma arvoreta, em que seus frutos podem ser consumidos in natura ou processados. As folhas e frutos possuem propriedades medicinais bastante difundidas em comunidades da região do Cerrado. Por ser uma espécie nativa, o extrativismo desenfreado torna-se uma ameaça, havendo a necessidade de estudos acerca do manejo e cultivo da espécie ex-situ. O uso de bioestimulantes também tem sido difundido na agricultura, como forma de obtenção de mudas de qualidade. Dentre esses, podemos destacar o bioestimulante à base de extrato de alga (Ascophyllum nodosum - EAn) que aumenta o crescimento de plantas, mitiga alguns estresses bióticos e abióticos e melhora a defesa dos vegetais por meio de regulação de processos fisiológicos. Com isso, o objetivou-se com esse trabalho avaliar o crescimento de mudas de marmelo do Cerrado com aplicação EAn e N. O experimento se deu com aplicação de 5 doses de EAn (0, 5, 10, 15 e 20 mL L-1 de água), com e sem adição de N (50 mg kg-1 ) ao solo. O experimento foi realizado em vasos plásticos de 5 L, sob viveiro com 50% de sombreamento e avaliou-se: altura, diâmetro, número de folhas e clorofila a cada 30 dias, dos 50 aos 200 dias após o transplantio (DAT). Após a colheita, avaliou-se a biomassa da planta, área foliar, razão de área foliar, relação parte aérea-raiz - RPAR, qualidade das mudas, teor de N no tecido vegetal e eficiência de absorção e utilização de N pela planta. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, em esquema fatorial 5 x 2, com três repetições, e cada unidade experimental foi constituída de um vaso com 2 plantas em cada. As maiores alturas das mudas foram de 17,83 e 16,25 cm e os diâmetros de 3,77 e 3,29 mm com 15 e 20 mL de EAn L -1 , respectivamente. O maior número de folhas foi de 13,4 folhas com N. A razão de área foliar e relação parte aérea/raiz das mudas foi influenciada pela interação entre doses de EAn e N, sendo que a maior foi de 0,62 cm²/g sem EAn e sem N. A maior RPAR foi de 1,52 nas mudas cultivadas com dose de 4,52 mL de EAn L -1 sem N. Os maiores valores de biomassa da parte aérea e total foram em mudas cultivadas com 15,86 e 20 mL de EAn L -1 , ambas com N, enquanto que as mudas que receberam 20 mL de EAn L -1 tiveram maior MSR (1,92 g planta-1 ). O índice de qualidade Dickson apresentou ajuste linear com maiores valores (0,63 e 0,61) sem e com N, ambas com 20 mL de EAn L -1 , respectivamente. Sugere-se a aplicação de EAn, independente da adição de N, é uma prática promissora na produção de mudas de A. edulis.