Quando fala a voz sufocada: uma reflexão sobre oralidade e memória no cárcere
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Raído (Online) |
Texto Completo: | https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/Raido/article/view/5214 |
Resumo: | Neste artigo, pretendemos analisar, à luz dos Estudos Culturais, o testemunho oral apresentado pela narradora Flora, uma mulher que está, temporariamente, privada de sua liberdade, cumprindo pena em uma penitenciária feminina. Para colher esse depoimento, dentro do espaço prisional, escolhemos o método proposto pela história oral; por meio dela, também aquele que está à margem, pode ter a sua história ouvida, reconhecida e documentada. A partir desta análise, propomos uma reflexão sobre a oralidade, como um espaço pertinente para que as diversas experiências vividas possam ser trazidas à luz. Ao revisitar a sua história, a narradora encontra em suas memórias um passado que mescla alegria, angústia e lágrimas. Revela o estigma por ser mulher, pobre e encarcerada, o repúdio à violência física e psicológica, a dor da perda, a recusa ao esquecimento. Ao revelar suas memórias, empoderada do falar, Flora torna-se a porta-voz de sua própria trajetória, e constrói uma identidade possível para si. Para esta análise, teremos como referências teóricas estudos sobre memória individual e coletiva, oralidade e literatura oral, as identidades culturais em tempos de pós-modernidade, e reflexões sobre o papel da mulher no decorrer do tempo. |
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Quando fala a voz sufocada: uma reflexão sobre oralidade e memória no cárcereCuando habla la voz ahogada: una reflexión sobre la oralidad y memoria em prisiónMulher. Memorialística. Prisão.mujermemoriasprisión.Neste artigo, pretendemos analisar, à luz dos Estudos Culturais, o testemunho oral apresentado pela narradora Flora, uma mulher que está, temporariamente, privada de sua liberdade, cumprindo pena em uma penitenciária feminina. Para colher esse depoimento, dentro do espaço prisional, escolhemos o método proposto pela história oral; por meio dela, também aquele que está à margem, pode ter a sua história ouvida, reconhecida e documentada. A partir desta análise, propomos uma reflexão sobre a oralidade, como um espaço pertinente para que as diversas experiências vividas possam ser trazidas à luz. Ao revisitar a sua história, a narradora encontra em suas memórias um passado que mescla alegria, angústia e lágrimas. Revela o estigma por ser mulher, pobre e encarcerada, o repúdio à violência física e psicológica, a dor da perda, a recusa ao esquecimento. Ao revelar suas memórias, empoderada do falar, Flora torna-se a porta-voz de sua própria trajetória, e constrói uma identidade possível para si. Para esta análise, teremos como referências teóricas estudos sobre memória individual e coletiva, oralidade e literatura oral, as identidades culturais em tempos de pós-modernidade, e reflexões sobre o papel da mulher no decorrer do tempo.En este artículo, nos proponemos examinar, a la luz de los estudios culturales, el testimonio oral presentado por el narrador Flora, una mujer que sea privada temporalmente de su libertad, cumpliendo una condena en una cárcel de mujeres. Para reunir esta evidencia, dentro del espacio de la cárcel, se optó por el método propuesto por la historia oral moderna; a través de él, también uno que está en el margen, pueden tener su historia escuchada, reconocida y documentada. A partir de este análisis, se propone una reflexión sobre la oralidad como un espacio relevante para diferentes experiencias se puede traer a la luz. Para revisar su historia, el narrador encuentra en sus memorias un pasado alegrías, pero también de angustia y lágrimas. Revela el estigma de ser mujer, pobre y encarcelado, el repudio de la violencia física y psicológica, el dolor de la pérdida, la negativa al olvido. Al revelar sus memorias, facultó a la charla, Flora, se convierte en el portavoz de su propia trayectoria, y construye una posible identidad por sí mismos. Para este análisis se hace referencia a los estudios como teóricos de la memoria individual y colectiva, la literatura oral y por vía oral, las identidades culturales en tiempos post-modernos, y reflexiones sobre el papel de las mujeres en el tiempo. Editora da Universidade Federal da Grande Dourados2016-05-20info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://ojs.ufgd.edu.br/index.php/Raido/article/view/5214Raído; v. 10 n. 21 (2016); 118-1291984-4018reponame:Raído (Online)instname:Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)instacron:UFGDporhttps://ojs.ufgd.edu.br/index.php/Raido/article/view/5214/2734Barros, Maria Aparecida dePinheiro, Alexandra Santosinfo:eu-repo/semantics/openAccess2019-06-25T16:55:19Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/5214Revistahttps://ojs.ufgd.edu.br/index.php/RaidoPUBhttp://ojs.ufgd.edu.br/index.php/Raido/oaialexandrapinheiro@ufgd.edu.br||editora.suporte@ufgd.edu.br1984-40181982-629Xopendoar:2019-06-25T16:55:19Raído (Online) - Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)false |
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