Montações, glamour e existências: diálogos entre o ‘Miss Brasil Gay Juiz de Fora’ e homossexualidades a partir do vestuário entre 1977 a 2018

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rodrigues Junior, Paulo de Oliveira
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
Texto Completo: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/10203
Resumo: O caráter histórico do Miss Brasil Gay em Juiz de Fora e as narrativas construídas pela mídia local sobre a solenidade motivaram o acadêmico Paulo de Oliveira Rodrigues Junior a investigar as projeções sociais, as concepções sobre feminilidade e como a imprensa relata as identidades gays e trans durante o concurso que acontece desde o ano de 1977. A dissertação foi apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Artes, Cultura e Linguagens. A pesquisa “Montações, glamour e existências: diálogos entre o ‘Miss Brasil Gay Juiz de Fora’ e homossexualidades a partir do vestuário entre 1977 a 2018” analisou as notícias divulgadas pelos jornais: Diário Mercantil, Diário da Tarde, Tribuna da Tarde e Tribuna de Minas. Com as teorias de gênero e sexualidade, assim como, com a cultura visual acessada a partir das fotografias e entrevistas veiculadas nos jornais e vídeos disponibilizados no YouTube, visou compreender como as identidades foram tratadas e sendo constituídas pela mídia, uma vez que não são consideradas como intrínsecas ao ser humano, mas como construções sociais. “Notamos as estratégias elaboradas para projetar socialmente esses sujeitos, por meio das concepções sobre feminilidade e a composição da mesma a partir de ‘montações’ – incluindo roupas, adereços, maquiagem, cabelos, constituídos especialmente por elementos associados ao luxo e ao glamour. A partir das construções imagéticas das misses, procuramos compreender como os símbolos e signos de feminilidade, que permeiam as imagens reverberadas pelas mídias, se estabelecem como norteadores sobre o que é ser mulher para as participantes do concurso”, explica Rodrigues Júnior. O pesquisador analisou a atmosfera do concurso, a partir dos seguintes pontos: entender como a mídia trata estes sujeitos nas reportagens e a construção deles por meio de uma escrita jornalística; e, discutir a roupa como uma agenciadora de resistências à imagem heteronormativa com signos e símbolos de feminilidade que interagem com estes sujeitos, construindo uma possibilidade de fuga das normativas do gênero e sexualidade. “Quando criança, eu passava as férias em Juiz de Fora e já no mês de julho os burburinhos começavam. Achava fantástico que as pessoas poderiam se expressar livremente como bem entendiam – pelo menos nesta data”, conta o pesquisador sobre as motivações para iniciar a pesquisa. Em 2013, teve a oportunidade de ir ao evento e ficou impressionado com as apresentações. “Fiquei deslumbrado com aquelas misses ‘barrocas’, naquele glamour todo. Contudo, fiquei intrigado com alguns trajes que, para mim, diziam algo para além da beleza. Era uma forma de expressarem seus modos de entender o mundo. Deste modo, no mestrado, tive a oportunidade de investigar as produções estéticas destas misses e traçar alguns caminhos sobre como elas se construíam.” Sobre as contribuições da pesquisa para a sociedade, Rodrigues Júnior aponta a importância de trazer à superfície os fragmentos da história da comunidade LGBTQ+, para além dos grandes centros e de narrativas que coloquem estes sujeitos como passivos a toda estrutura dominante. “Costuro, juntamente a outros pesquisadores, uma história do Miss Brasil Gay que perdura há mais de 40 anos na cidade de Juiz de Fora e ilustra um grupo, que na sua criatividade, acabou por denunciar e contestar as incoerências do sistema, deixando vestígios para entendermos que certas verdades sobre o gênero e a sexualidade foram ficções criadas para atender determinados fins ideológicos e hoje precisam ser deixadas para trás se queremos uma sociedade mais igual e livre.“ Segundo a professora orientadora, Maria Claudia Bonadio, há algumas particularidades relevantes sobre a pesquisa, entre elas: impacto de visibilidade a nível local e nacional para a comunidade LGBTQ+; incentivo ao turismo local; e o fato de os trajes ganharem centralidade e a atenção do público. “Há pelo menos dois momentos, onde as roupas são destaque: durante os desfiles dos trajes típicos e de gala. Durante o Miss Brasil Gay, o público vibra ao ver a ‘montação’, a suntuosidade das roupas apresentadas, querem saber quem é o estilista e o que a vestimenta significa para a candidata. Todos desejam saber o que essas mulheres almejam ser. A resposta encontrada é um modelo hegemônico com uma feminilidade exacerbada espelhada em musas hollywoodianas ou da cultura pop. A maneira como nos vestimos apresenta muito sobre o que pretendemos falar de nós, ou seja, no desfile, a roupa é central na construção do concurso e das misses.”
id UFJF_22e9d3b90f8b1a803ce754a72ca79534
oai_identifier_str oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/10203
network_acronym_str UFJF
network_name_str Repositório Institucional da UFJF
repository_id_str
spelling Bonadio, Maria Claudiahttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790850Z7Silva, Elisabeth Murilho dahttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728721J9Baggio, Adriana Tuliohttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4770946Y4http://lattes.cnpq.br/Rodrigues Junior, Paulo de Oliveira2019-07-05T16:24:44Z2019-06-262019-07-05T16:24:44Z2019https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/10203O caráter histórico do Miss Brasil Gay em Juiz de Fora e as narrativas construídas pela mídia local sobre a solenidade motivaram o acadêmico Paulo de Oliveira Rodrigues Junior a investigar as projeções sociais, as concepções sobre feminilidade e como a imprensa relata as identidades gays e trans durante o concurso que acontece desde o ano de 1977. A dissertação foi apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Artes, Cultura e Linguagens. A pesquisa “Montações, glamour e existências: diálogos entre o ‘Miss Brasil Gay Juiz de Fora’ e homossexualidades a partir do vestuário entre 1977 a 2018” analisou as notícias divulgadas pelos jornais: Diário Mercantil, Diário da Tarde, Tribuna da Tarde e Tribuna de Minas. Com as teorias de gênero e sexualidade, assim como, com a cultura visual acessada a partir das fotografias e entrevistas veiculadas nos jornais e vídeos disponibilizados no YouTube, visou compreender como as identidades foram tratadas e sendo constituídas pela mídia, uma vez que não são consideradas como intrínsecas ao ser humano, mas como construções sociais. “Notamos as estratégias elaboradas para projetar socialmente esses sujeitos, por meio das concepções sobre feminilidade e a composição da mesma a partir de ‘montações’ – incluindo roupas, adereços, maquiagem, cabelos, constituídos especialmente por elementos associados ao luxo e ao glamour. A partir das construções imagéticas das misses, procuramos compreender como os símbolos e signos de feminilidade, que permeiam as imagens reverberadas pelas mídias, se estabelecem como norteadores sobre o que é ser mulher para as participantes do concurso”, explica Rodrigues Júnior. O pesquisador analisou a atmosfera do concurso, a partir dos seguintes pontos: entender como a mídia trata estes sujeitos nas reportagens e a construção deles por meio de uma escrita jornalística; e, discutir a roupa como uma agenciadora de resistências à imagem heteronormativa com signos e símbolos de feminilidade que interagem com estes sujeitos, construindo uma possibilidade de fuga das normativas do gênero e sexualidade. “Quando criança, eu passava as férias em Juiz de Fora e já no mês de julho os burburinhos começavam. Achava fantástico que as pessoas poderiam se expressar livremente como bem entendiam – pelo menos nesta data”, conta o pesquisador sobre as motivações para iniciar a pesquisa. Em 2013, teve a oportunidade de ir ao evento e ficou impressionado com as apresentações. “Fiquei deslumbrado com aquelas misses ‘barrocas’, naquele glamour todo. Contudo, fiquei intrigado com alguns trajes que, para mim, diziam algo para além da beleza. Era uma forma de expressarem seus modos de entender o mundo. Deste modo, no mestrado, tive a oportunidade de investigar as produções estéticas destas misses e traçar alguns caminhos sobre como elas se construíam.” Sobre as contribuições da pesquisa para a sociedade, Rodrigues Júnior aponta a importância de trazer à superfície os fragmentos da história da comunidade LGBTQ+, para além dos grandes centros e de narrativas que coloquem estes sujeitos como passivos a toda estrutura dominante. “Costuro, juntamente a outros pesquisadores, uma história do Miss Brasil Gay que perdura há mais de 40 anos na cidade de Juiz de Fora e ilustra um grupo, que na sua criatividade, acabou por denunciar e contestar as incoerências do sistema, deixando vestígios para entendermos que certas verdades sobre o gênero e a sexualidade foram ficções criadas para atender determinados fins ideológicos e hoje precisam ser deixadas para trás se queremos uma sociedade mais igual e livre.“ Segundo a professora orientadora, Maria Claudia Bonadio, há algumas particularidades relevantes sobre a pesquisa, entre elas: impacto de visibilidade a nível local e nacional para a comunidade LGBTQ+; incentivo ao turismo local; e o fato de os trajes ganharem centralidade e a atenção do público. “Há pelo menos dois momentos, onde as roupas são destaque: durante os desfiles dos trajes típicos e de gala. Durante o Miss Brasil Gay, o público vibra ao ver a ‘montação’, a suntuosidade das roupas apresentadas, querem saber quem é o estilista e o que a vestimenta significa para a candidata. Todos desejam saber o que essas mulheres almejam ser. A resposta encontrada é um modelo hegemônico com uma feminilidade exacerbada espelhada em musas hollywoodianas ou da cultura pop. A maneira como nos vestimos apresenta muito sobre o que pretendemos falar de nós, ou seja, no desfile, a roupa é central na construção do concurso e das misses.”-porUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em ArtesUFJFBrasilIAD – Instituto de Artes e DesignAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 United Stateshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/us/info:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::ARTES-Montações, glamour e existências: diálogos entre o ‘Miss Brasil Gay Juiz de Fora’ e homossexualidades a partir do vestuário entre 1977 a 2018info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFORIGINALpaulodeoliveirarodriguesjunior.pdfpaulodeoliveirarodriguesjunior.pdfapplication/pdf169640https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/10203/1/paulodeoliveirarodriguesjunior.pdf4a63f847238051938a66ab0efeadb5efMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/10203/2/license_rdf9868ccc48a14c8d591352b6eaf7f6239MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/10203/3/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD53TEXTpaulodeoliveirarodriguesjunior.pdf.txtpaulodeoliveirarodriguesjunior.pdf.txtExtracted texttext/plain6178https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/10203/4/paulodeoliveirarodriguesjunior.pdf.txteef0bc35e19cd32060f765d2c50ceb1cMD54THUMBNAILpaulodeoliveirarodriguesjunior.pdf.jpgpaulodeoliveirarodriguesjunior.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1805https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/10203/5/paulodeoliveirarodriguesjunior.pdf.jpgde8ca7b6eb0749f2829365759327ad88MD55ufjf/102032019-07-06 03:08:18.159oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/10203Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2019-07-06T06:08:18Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Montações, glamour e existências: diálogos entre o ‘Miss Brasil Gay Juiz de Fora’ e homossexualidades a partir do vestuário entre 1977 a 2018
title Montações, glamour e existências: diálogos entre o ‘Miss Brasil Gay Juiz de Fora’ e homossexualidades a partir do vestuário entre 1977 a 2018
spellingShingle Montações, glamour e existências: diálogos entre o ‘Miss Brasil Gay Juiz de Fora’ e homossexualidades a partir do vestuário entre 1977 a 2018
Rodrigues Junior, Paulo de Oliveira
CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::ARTES
-
title_short Montações, glamour e existências: diálogos entre o ‘Miss Brasil Gay Juiz de Fora’ e homossexualidades a partir do vestuário entre 1977 a 2018
title_full Montações, glamour e existências: diálogos entre o ‘Miss Brasil Gay Juiz de Fora’ e homossexualidades a partir do vestuário entre 1977 a 2018
title_fullStr Montações, glamour e existências: diálogos entre o ‘Miss Brasil Gay Juiz de Fora’ e homossexualidades a partir do vestuário entre 1977 a 2018
title_full_unstemmed Montações, glamour e existências: diálogos entre o ‘Miss Brasil Gay Juiz de Fora’ e homossexualidades a partir do vestuário entre 1977 a 2018
title_sort Montações, glamour e existências: diálogos entre o ‘Miss Brasil Gay Juiz de Fora’ e homossexualidades a partir do vestuário entre 1977 a 2018
author Rodrigues Junior, Paulo de Oliveira
author_facet Rodrigues Junior, Paulo de Oliveira
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Bonadio, Maria Claudia
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790850Z7
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Silva, Elisabeth Murilho da
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728721J9
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Baggio, Adriana Tulio
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4770946Y4
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/
dc.contributor.author.fl_str_mv Rodrigues Junior, Paulo de Oliveira
contributor_str_mv Bonadio, Maria Claudia
Silva, Elisabeth Murilho da
Baggio, Adriana Tulio
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::ARTES
topic CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::ARTES
-
dc.subject.por.fl_str_mv -
description O caráter histórico do Miss Brasil Gay em Juiz de Fora e as narrativas construídas pela mídia local sobre a solenidade motivaram o acadêmico Paulo de Oliveira Rodrigues Junior a investigar as projeções sociais, as concepções sobre feminilidade e como a imprensa relata as identidades gays e trans durante o concurso que acontece desde o ano de 1977. A dissertação foi apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Artes, Cultura e Linguagens. A pesquisa “Montações, glamour e existências: diálogos entre o ‘Miss Brasil Gay Juiz de Fora’ e homossexualidades a partir do vestuário entre 1977 a 2018” analisou as notícias divulgadas pelos jornais: Diário Mercantil, Diário da Tarde, Tribuna da Tarde e Tribuna de Minas. Com as teorias de gênero e sexualidade, assim como, com a cultura visual acessada a partir das fotografias e entrevistas veiculadas nos jornais e vídeos disponibilizados no YouTube, visou compreender como as identidades foram tratadas e sendo constituídas pela mídia, uma vez que não são consideradas como intrínsecas ao ser humano, mas como construções sociais. “Notamos as estratégias elaboradas para projetar socialmente esses sujeitos, por meio das concepções sobre feminilidade e a composição da mesma a partir de ‘montações’ – incluindo roupas, adereços, maquiagem, cabelos, constituídos especialmente por elementos associados ao luxo e ao glamour. A partir das construções imagéticas das misses, procuramos compreender como os símbolos e signos de feminilidade, que permeiam as imagens reverberadas pelas mídias, se estabelecem como norteadores sobre o que é ser mulher para as participantes do concurso”, explica Rodrigues Júnior. O pesquisador analisou a atmosfera do concurso, a partir dos seguintes pontos: entender como a mídia trata estes sujeitos nas reportagens e a construção deles por meio de uma escrita jornalística; e, discutir a roupa como uma agenciadora de resistências à imagem heteronormativa com signos e símbolos de feminilidade que interagem com estes sujeitos, construindo uma possibilidade de fuga das normativas do gênero e sexualidade. “Quando criança, eu passava as férias em Juiz de Fora e já no mês de julho os burburinhos começavam. Achava fantástico que as pessoas poderiam se expressar livremente como bem entendiam – pelo menos nesta data”, conta o pesquisador sobre as motivações para iniciar a pesquisa. Em 2013, teve a oportunidade de ir ao evento e ficou impressionado com as apresentações. “Fiquei deslumbrado com aquelas misses ‘barrocas’, naquele glamour todo. Contudo, fiquei intrigado com alguns trajes que, para mim, diziam algo para além da beleza. Era uma forma de expressarem seus modos de entender o mundo. Deste modo, no mestrado, tive a oportunidade de investigar as produções estéticas destas misses e traçar alguns caminhos sobre como elas se construíam.” Sobre as contribuições da pesquisa para a sociedade, Rodrigues Júnior aponta a importância de trazer à superfície os fragmentos da história da comunidade LGBTQ+, para além dos grandes centros e de narrativas que coloquem estes sujeitos como passivos a toda estrutura dominante. “Costuro, juntamente a outros pesquisadores, uma história do Miss Brasil Gay que perdura há mais de 40 anos na cidade de Juiz de Fora e ilustra um grupo, que na sua criatividade, acabou por denunciar e contestar as incoerências do sistema, deixando vestígios para entendermos que certas verdades sobre o gênero e a sexualidade foram ficções criadas para atender determinados fins ideológicos e hoje precisam ser deixadas para trás se queremos uma sociedade mais igual e livre.“ Segundo a professora orientadora, Maria Claudia Bonadio, há algumas particularidades relevantes sobre a pesquisa, entre elas: impacto de visibilidade a nível local e nacional para a comunidade LGBTQ+; incentivo ao turismo local; e o fato de os trajes ganharem centralidade e a atenção do público. “Há pelo menos dois momentos, onde as roupas são destaque: durante os desfiles dos trajes típicos e de gala. Durante o Miss Brasil Gay, o público vibra ao ver a ‘montação’, a suntuosidade das roupas apresentadas, querem saber quem é o estilista e o que a vestimenta significa para a candidata. Todos desejam saber o que essas mulheres almejam ser. A resposta encontrada é um modelo hegemônico com uma feminilidade exacerbada espelhada em musas hollywoodianas ou da cultura pop. A maneira como nos vestimos apresenta muito sobre o que pretendemos falar de nós, ou seja, no desfile, a roupa é central na construção do concurso e das misses.”
publishDate 2019
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-07-05T16:24:44Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-06-26
2019-07-05T16:24:44Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2019
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/10203
url https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/10203
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 United States
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/us/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 United States
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/us/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-graduação em Artes
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFJF
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv IAD – Instituto de Artes e Design
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFJF
instname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
instacron:UFJF
instname_str Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
instacron_str UFJF
institution UFJF
reponame_str Repositório Institucional da UFJF
collection Repositório Institucional da UFJF
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/10203/1/paulodeoliveirarodriguesjunior.pdf
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/10203/2/license_rdf
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/10203/3/license.txt
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/10203/4/paulodeoliveirarodriguesjunior.pdf.txt
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/10203/5/paulodeoliveirarodriguesjunior.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 4a63f847238051938a66ab0efeadb5ef
9868ccc48a14c8d591352b6eaf7f6239
8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
eef0bc35e19cd32060f765d2c50ceb1c
de8ca7b6eb0749f2829365759327ad88
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801661357261586432