Avaliação do impacto de uma intervenção pedagógica problematizadora no manejo do paciente com diabetes mellitus tipo 2 em uso de insulina

• Autor(a) principal: Miranda, Layla de Souza Pires
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
• Texto Completo: https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2021/00062; https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/12825
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA; Educação em saúde; Diabetes mellitus tipo 2; Autocuidado; Estilo de vida; Health education; Diabetes mellitus; Type 2; Self care; Life style

Introdução: o diabetes mellitus tem sido reconhecido pelo aumento expressivo de sua prevalência, bem como sua relação com elevada mortalidade, redução da qualidade de vida e complicações agudas e crônicas. Nesse sentido, a adesão ao tratamento dessa condição de saúde torna-se de extrema relevância. Todavia, estudos abordam a dificuldade de controle metabólico nessa classe de pacientes e apontam a necessidade de abordagens educativas mais efetivas voltadas para o autocuidado. Entre as modalidades educativas, destaca-se a metodologia problematizadora. Objetivo: investigar os efeitos da intervenção problematizadora no tratamento de indivíduos com diabetes mellitus tipo 2 e descrever a amostra quanto a variáveis sociodemográficas, clínicas, antropométricas, bioquímicas, de adesão medicamentosa, do conhecimento acerca do diabetes mellitus, de atitudes para o autocuidado e estilo de vida. Metodologia: trata-se de um ensaio clínico randomizado no qual foram avaliados pacientes com diabetes tipo 2, com hemoglobina glicada acima de 7,0%, insulinizados, atendidos por serviço de atenção secundária à saúde no município de Juiz de Fora. Os participantes foram acompanhados por seis meses e alocados em um dos grupos: controle ou intervenção. Todos os pacientes receberam cuidados de rotina de pacientes com diabetes, e os do grupo intervenção também participaram de grupos educativos mensais, utilizando a metodologia problematizadora. Resultados: foram incluídos no estudo 41 participantes, sendo 21 randomizados para o grupo controle e 20 para o grupo intervenção. A maioria dos participantes era do sexo feminino (61%), com idade entre 30 e 59 anos (75,6%), casados (58,5%), com escolaridade até o ensino fundamental (63,5%), com renda familiar mensal de até dois salários mínimos (82,9%); hipertensos (92,7%), com dislipidemia (68,3%) e autopercepção do estado de saúde como regular (61,6%). Após seis meses de seguimento, observou-se aumento do conhecimento acerca da doença (p=0,0182), redução do peso corporal (p=0,0441), da circunferência da cintura (p=0,0079), além do aumento da prática de caminhada (p=0,0123) e de atividades moderadas (p=0,0166) nos participantes do grupo intervenção. Em ambos os grupos, observou-se que os participantes apresentaram baixa adesão medicamentosa e dificuldade de alcance das metas de controle glicêmico ao longo do tempo de acompanhamento. Conclusão: a utilização da metodologia problematizadora impactou de forma positiva os níveis de conhecimento e de prática de atividades físicas, bem como a redução do peso corporal e da circunferência da cintura de indivíduos com diabetes mellitus tipo 2.