Efeito da temperatura de coagulação e prensagem manual nas características do queijo Minas Artesanal da região do Campo das Vertentes
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFJF |
Texto Completo: | https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/17433 |
Resumo: | O queijo Minas Artesanal é produzido segundo métodos tradicionais e protegido por legislação específica desde 2019. As variações sazonais de temperatura exercem uma influência significativa na produção do queijo, especialmente no que diz respeito à consistência da coalhada. Durante os meses mais quentes, o leite tende a coagular de maneira mais rápida, resultando em coalhadas mais firmes. Por outro lado, nos períodos mais frios do ano, o leite pode esfriar e a coagulação pode ser mais lenta, levando à formação de coalhada mais frágil. Essas flutuações nas condições ambientais desafiam os queijeiros artesanais a ajustar suas técnicas de fabricação para garantir a consistência desejada do produto final. O objetivo deste estudo é avaliar o impacto de duas temperaturas de coagulação do leite, 28 °C e 36 °C, na fabricação do Queijo Minas Artesanal da região do Campo das Vertentes. Os queijos foram fabricados durante 3 dias distintos (3 repetições) com leite a 36 °C (correspondente ao que saiu do úbere da vaca) e 28 °C (correspondente a temperatura em que o leite chega na queijaria em dias frios) (2 tratamentos). Os queijos foram coletados frescos para análise de rendimento e os maturados (7, 14, 22 e 30 dias de maturação) para análises físicoquímica, microbiológicas, de textura e de cor instrumental. Não foram encontradas diferenças significativas (P>0,05) nos teores de umidade, gordura, proteína, teor de sal e atividade de água entre os tratamentos. Entretanto, em relação ao tempo, a maturação influenciou nesses parâmetros pelo fato de o queijo ser maturado sem embalagem, o que causa perda de umidade durante a maturação o que resulta em uma maior concentração de sólidos. Os resultados das análises de pH não apresentaram diferenças significativas (P>0,05) nos tratamento, no tempo e na interação tratamento x tempo A proteólise, fundamental para o sabor e textura, não apresentou diferenças significativas (P>0,05) entre os tratamentos, porém ao longo do processo de maturação (P<0,05) houve aumento da hidrólise das proteínas,. A variação de temperatura não afetou significativamente (P>0,05) o rendimento dos queijos, apesar da coalhada fabricada a 28 ºC se apresentar visualmente mais mole, possivelmente pela queijeira ter ajustado a umidade no momento da prensagem manual. As análises do perfil de textura não apresentaram (P>0,05) diferença na dureza, coesividade, elasticidade e mastigabilidade entre os tratamentos. Contudo em relação ao tempo, durante o processo de maturação houve diferença significativa (P<0,05), referente ao aumento de proteólise e perda de umidade. Além disso, não houve diferença estatística (P>0,05) na cor instrumental dos queijos entre os tratamentos, observou-se mudanças em relação ao tempo, durante a maturação. Os resultados das análises microbiológicas demonstraram conformidade com os padrões de segurança alimentar exigidos pela legislação. |
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Essas flutuações nas condições ambientais desafiam os queijeiros artesanais a ajustar suas técnicas de fabricação para garantir a consistência desejada do produto final. O objetivo deste estudo é avaliar o impacto de duas temperaturas de coagulação do leite, 28 °C e 36 °C, na fabricação do Queijo Minas Artesanal da região do Campo das Vertentes. Os queijos foram fabricados durante 3 dias distintos (3 repetições) com leite a 36 °C (correspondente ao que saiu do úbere da vaca) e 28 °C (correspondente a temperatura em que o leite chega na queijaria em dias frios) (2 tratamentos). Os queijos foram coletados frescos para análise de rendimento e os maturados (7, 14, 22 e 30 dias de maturação) para análises físicoquímica, microbiológicas, de textura e de cor instrumental. Não foram encontradas diferenças significativas (P>0,05) nos teores de umidade, gordura, proteína, teor de sal e atividade de água entre os tratamentos. 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These fluctuations in environmental conditions challenge artisan cheesemakers to adjust their manufacturing techniques to ensure the desired consistency of the final product. This study evaluated the impact of two milk coagulation temperatures, 28 °C and 36 °C, on producing artisanal Minas cheese from the Campo das Vertentes region. The cheeses were made over 3 different days (3 repetitions) with milk at 36 °C (corresponding to the temperature at which it leaves the cow udder) and 28 °C (corresponding to the temperature at which the milk arrives at the cheese factory on cold days) (2 treatments). The cheeses were collected fresh for yield analysis and ripened (7, 14, 22 and 30 days of maturation) for physico-chemical, microbiological, texture profile and instrumental colour analysis. No significant differences (P>0.05) were found in the moisture, fat, protein, salt and water activity contents between the treatments. However, concerning time, ripening influenced these parameters because the cheese was ripened without packaging, which causes a loss of moisture, resulting in a higher concentration of solids. The results of the pH analyses showed no significant differences (P>0.05) between treatments, time and the treatment x time interaction. Besides proteolysis, which is fundamental to flavour and texture, showed no significant differences (P>0.05) between treatments. However, there was an increase in protein hydrolysis throughout the ripening process (P<0.05). The temperature variation did not significantly (P>0.05) affect the yield of the cheeses, although the curds made at 28 ºC were visually softer, possibly because the cheesemaker had adjusted the mositure at the time of manual pressing. The texture profile analyses showed no difference (P>0.05) in hardness, cohesiveness, elasticity and chewiness between the treatments. However, in relation to time, during the ripening process, there was a significant difference (P<0.05) in terms of increased proteolysis and loss of moisture. In addition, there was no statistical difference (P>0.05) in the instrumental colour of the cheeses between the treatments, but there were changes concerning time during ripening. The results of the microbiological analyses showed compliance with the food safety standards required by legislation.FAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas GeraisporUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia do Leite e DerivadosUFJFBrasilFaculdade de FarmáciaAttribution-ShareAlike 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::FARMACIALeite cruTecnologiaQueijo artesanalMaturaçãoRaw milkTechnologyArtisan cheeseRipeningEfeito da temperatura de coagulação e prensagem manual nas características do queijo Minas Artesanal da região do Campo das Vertentesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFORIGINALcrislainedasilvacarbonaro.pdfcrislainedasilvacarbonaro.pdfapplication/pdf1458979https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/17433/1/crislainedasilvacarbonaro.pdf95ad9ea8153e418d147d9575037e9cebMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-81031https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/17433/2/license_rdf9b85e4235558a2887c2be3998124b615MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/17433/3/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD53TEXTcrislainedasilvacarbonaro.pdf.txtcrislainedasilvacarbonaro.pdf.txtExtracted texttext/plain161180https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/17433/4/crislainedasilvacarbonaro.pdf.txtacf31a37ed9e726bc157220469f885f9MD54THUMBNAILcrislainedasilvacarbonaro.pdf.jpgcrislainedasilvacarbonaro.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1221https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/17433/5/crislainedasilvacarbonaro.pdf.jpg0b83c0e0b6650fd7ef84a888ea783fdaMD55ufjf/174332024-10-04 03:04:56.843oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/17433Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2024-10-04T06:04:56Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false |
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