Sociolinguística e ensino de língua portuguesa: constatações no município de Juiz de Fora (MG)
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFJF |
Texto Completo: | https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/3464 |
Resumo: | A Sociolinguística demonstra que a variação ocorre em todos os níveis da língua e nos ajuda a compreender as transformações que ocorrem em uma língua natural. A aplicação dos estudos sociolinguísticos ao ensino de língua portuguesa representa a temática central deste trabalho. No âmbito teórico, suas contribuições primordiais advêm das pesquisas empreendidas por William Labov (1972; 1975; 1983; 1987; 2008). No Brasil, essa vertente tem hoje espaço cada vez mais amplo, através de estudos empreendidos por quantidade considerável de pesquisadores (BAGNO; 2002; 2006; 2007; 2010; BORTONI-RICARDO, 2004; 2005; 2011; CASTILHO, 2010; FARACO, 2008; PERINI; 2010). Observamos, na literatura sociolinguística voltada ao ensino de língua materna, a consolidação da visão de que não se pode continuar tratando a linguagem em sala de aula pelo viés dicotômico entre língua certa e língua errada, sob pena de desconstruirmos crenças positivas dos alunos sobre suas variedades linguísticas e de afastarmos esse ensino dos ideais da promoção de uma educação linguística que nutra o aluno de recursos e repertórios linguísticos que lhe permitam atuar nos diversos contextos de sua vida social e promova o respeito por toda e qualquer variedade de sua língua. Em conformidade com esses pressupostos, objetivamos investigar se o trabalho com a disciplina língua portuguesa no município de Juiz de Fora (MG) se dá mediante essa abordagem pautada nos postulados sociolinguísticos e se existe um planejamento para o tratamento da variação linguística em sala de aula. Dessa forma, desenvolvemos pesquisa qualitativa de base etnográfica em educação (ANDRÉ, 2000) em quatro escolas desse município. Para isso, realizarmos observações de aulas de língua portuguesa e entrevistamos professores durante cada período de observação. Como resultados, temos que o ensino de língua portuguesa pautado por uma pedagogia da variação ainda se encontra distante das salas de aula. Ainda que haja exceções, estas constituem flagrante minoria, que se propõe a trabalhar pelo viés sociolinguístico com reflexões pautadas por contrastes entre variantes da língua e sobre preconceito linguístico. Ao comparamos as entrevistas com as ações docentes, verificamos a dificuldade quanto à transposição didática dos discursos, uma vez que, embora sensibilizados para as temáticas da Sociolinguística e da variação, os docentes ainda incorrem no hábito de corrigir inadequadamente as falas dos alunos, reflexo da visão idealizante de língua que ainda prevalece na escola. Dessa forma, corroboramos a necessidade da inclusão da Sociolinguística como disciplina obrigatória nos cursos de formação dos professores de Letras e Pedagogia de modo a promover uma transformação no tratamento da linguagem nas aulas de língua materna, por meio de uma pedagogia da variação e de uma educação linguística que promova o respeito pelas variedades linguísticas e, em especial, pelos seus usuários. Dessa transformação, resultará a formação de falantes e escritores eficientes no uso da variedade culta da língua portuguesa. |
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No âmbito teórico, suas contribuições primordiais advêm das pesquisas empreendidas por William Labov (1972; 1975; 1983; 1987; 2008). No Brasil, essa vertente tem hoje espaço cada vez mais amplo, através de estudos empreendidos por quantidade considerável de pesquisadores (BAGNO; 2002; 2006; 2007; 2010; BORTONI-RICARDO, 2004; 2005; 2011; CASTILHO, 2010; FARACO, 2008; PERINI; 2010). Observamos, na literatura sociolinguística voltada ao ensino de língua materna, a consolidação da visão de que não se pode continuar tratando a linguagem em sala de aula pelo viés dicotômico entre língua certa e língua errada, sob pena de desconstruirmos crenças positivas dos alunos sobre suas variedades linguísticas e de afastarmos esse ensino dos ideais da promoção de uma educação linguística que nutra o aluno de recursos e repertórios linguísticos que lhe permitam atuar nos diversos contextos de sua vida social e promova o respeito por toda e qualquer variedade de sua língua. Em conformidade com esses pressupostos, objetivamos investigar se o trabalho com a disciplina língua portuguesa no município de Juiz de Fora (MG) se dá mediante essa abordagem pautada nos postulados sociolinguísticos e se existe um planejamento para o tratamento da variação linguística em sala de aula. Dessa forma, desenvolvemos pesquisa qualitativa de base etnográfica em educação (ANDRÉ, 2000) em quatro escolas desse município. Para isso, realizarmos observações de aulas de língua portuguesa e entrevistamos professores durante cada período de observação. Como resultados, temos que o ensino de língua portuguesa pautado por uma pedagogia da variação ainda se encontra distante das salas de aula. Ainda que haja exceções, estas constituem flagrante minoria, que se propõe a trabalhar pelo viés sociolinguístico com reflexões pautadas por contrastes entre variantes da língua e sobre preconceito linguístico. Ao comparamos as entrevistas com as ações docentes, verificamos a dificuldade quanto à transposição didática dos discursos, uma vez que, embora sensibilizados para as temáticas da Sociolinguística e da variação, os docentes ainda incorrem no hábito de corrigir inadequadamente as falas dos alunos, reflexo da visão idealizante de língua que ainda prevalece na escola. Dessa forma, corroboramos a necessidade da inclusão da Sociolinguística como disciplina obrigatória nos cursos de formação dos professores de Letras e Pedagogia de modo a promover uma transformação no tratamento da linguagem nas aulas de língua materna, por meio de uma pedagogia da variação e de uma educação linguística que promova o respeito pelas variedades linguísticas e, em especial, pelos seus usuários. Dessa transformação, resultará a formação de falantes e escritores eficientes no uso da variedade culta da língua portuguesa.The Sociolinguistic shows that variations happen in all levels of a tongue and help us to understand the transformations that occur in a natural language. The Sociolinguistic, applied to Portuguese language teaching, represents the main subject of this research. In theoretical scope, the major contributions come from the studies of William Labov (1966; 1972; 1975; 1983; 1987). Nowadays in Brazil, this source has bigger reach with the research undertaken by a considerable number of scholars (BAGNO; 2002; 2006; 2007; 2010; BORTONIRICARDO, 2004; 2005; 2011; CASTILHO, 2010; FARACO, 2008; PERINI; 2010). It is observed, in sociolinguistic literature focused to native tongue teaching, that the dichotomist vision of ‘right or wrong tongue’ taught in schools must be avoided to prevent children deconstruct positive view of the linguistic variations and to not distance the teaching act of the ideals of an education that could offer these students communication resources that make possible to interact in different contexts of their social life. At the same time, encourage the respect for any variation in their own language and suppress the linguistic prejudice that still prevails in society. According to these presuppositions, this research inquires if Portuguese language teaching in Juiz de Fora (state of Minas Gerais, Brazil) is worked based on those sociolinguistic principles and if the linguistic variations are considered in classroom. An ethnographic qualitative investigation in education was developed (ANDRÉ, 2000) in four schools of Juiz de Fora. Portuguese tongue classes were observed and teachers were submitted to interviews during each period of observation. It was concluded that Portuguese language teaching based on pedagogy of variation is still far from reality in classrooms. Even though there are exceptions, those are a clear minority that works under sociolinguistic view, with though turned to language structure contrasts. By comparing the interviews with the teachers’ action, it is evident the difficulty of didactics transposition of the speeches. Although touched by the sociolinguistic theory about variations, the teachers still incur in inadequate corrections on the students speech, result of idealized vision of language that still prevails in most Brazilian schools. Those results endorse, so, the necessity to include sociolinguistic as required course for teachers’ training, changing the treatment of the language to teach native tongue using the pedagogy of variation and by investing in an education that respects the linguistic variety and their users in special.porUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em EducaçãoUFJFBrasilFaculdade de EducaçãoCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAOSociolinguísticaVariação linguísticaHeterogeneidadeEnsino de língua portuguesaSociolinguisticLinguistic variationHeterogeneityPortuguese language teachingSociolinguística e ensino de língua portuguesa: constatações no município de Juiz de Fora (MG)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFTHUMBNAILbrunodefilippohorta.pdf.jpgbrunodefilippohorta.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1149https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/3464/4/brunodefilippohorta.pdf.jpgd86dae66f8c41536fb7a741eb7e57ef0MD54ORIGINALbrunodefilippohorta.pdfbrunodefilippohorta.pdfapplication/pdf1718889https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/3464/1/brunodefilippohorta.pdff7601a1fd6c7ec4758620ca1a3708f9aMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82136https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/3464/2/license.txtffbb04eaab5e689eb178ff1cf915d0d1MD52TEXTbrunodefilippohorta.pdf.txtbrunodefilippohorta.pdf.txtExtracted texttext/plain416072https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/3464/3/brunodefilippohorta.pdf.txt922bc316050ef4455585752fc073342aMD53ufjf/34642019-11-07 11:40:49.867oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/3464TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkENCg0KQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gDQpJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvIGRpcmVpdG8gbsOjby1leGNsdXNpdm8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgIHRyYWR1emlyIChjb25mb3JtZSBkZWZpbmlkbyBhYmFpeG8pLCBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uDQoNClZvY8OqIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBwb2RlLCBzZW0gYWx0ZXJhciBvIGNvbnRlw7pkbywgdHJhbnNwb3IgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgcXVhbHF1ZXIgbWVpbyBvdSBmb3JtYXRvIHBhcmEgZmlucyBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBwb2RlIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgZGUgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIGZpbnMgZGUgc2VndXJhbsOnYSwgYmFjay11cCBlIHByZXNlcnZhw6fDo28uIFZvY8OqIGRlY2xhcmEgcXVlIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyDDqSBvcmlnaW5hbCBlIHF1ZSB2b2PDqiB0ZW0gbyBwb2RlciBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gVm9jw6ogdGFtYsOpbSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcMOzc2l0byBkYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIG7Do28sIHF1ZSBzZWphIGRlIHNldSBjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd1w6ltLg0KDQpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIG9zIGRpcmVpdG9zIGFwcmVzZW50YWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgZSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCBkZSBwcm9wcmllZGFkZSBkZSB0ZXJjZWlyb3MgZXN0w6EgY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLg0KDQpDQVNPIEEgUFVCTElDQcOHw4NPIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VIE9VVFJPICBPUkdBTklTTU8sIFZPQ8OKIERFQ0xBUkEgUVVFIFJFU1BFSVRPVSBUT0RPUyBFIFFVQUlTUVVFUiBESVJFSVRPUyBERSBSRVZJU8ODTyBDT01PIFRBTULDiU0gQVMgREVNQUlTIE9CUklHQcOHw5VFUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLg0KDQpPIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSAgc2UgY29tcHJvbWV0ZSBhIGlkZW50aWZpY2FyIGNsYXJhbWVudGUgbyBzZXUgbm9tZSAocykgb3UgbyhzKSBub21lKHMpIGRvKHMpIGRldGVudG9yKGVzKSBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGEgcHVibGljYcOnw6NvLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIGFsw6ltIGRhcXVlbGFzIGNvbmNlZGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EuRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2019-11-07T13:40:49Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false |
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A Sociolinguística demonstra que a variação ocorre em todos os níveis da língua e nos ajuda a compreender as transformações que ocorrem em uma língua natural. A aplicação dos estudos sociolinguísticos ao ensino de língua portuguesa representa a temática central deste trabalho. No âmbito teórico, suas contribuições primordiais advêm das pesquisas empreendidas por William Labov (1972; 1975; 1983; 1987; 2008). No Brasil, essa vertente tem hoje espaço cada vez mais amplo, através de estudos empreendidos por quantidade considerável de pesquisadores (BAGNO; 2002; 2006; 2007; 2010; BORTONI-RICARDO, 2004; 2005; 2011; CASTILHO, 2010; FARACO, 2008; PERINI; 2010). Observamos, na literatura sociolinguística voltada ao ensino de língua materna, a consolidação da visão de que não se pode continuar tratando a linguagem em sala de aula pelo viés dicotômico entre língua certa e língua errada, sob pena de desconstruirmos crenças positivas dos alunos sobre suas variedades linguísticas e de afastarmos esse ensino dos ideais da promoção de uma educação linguística que nutra o aluno de recursos e repertórios linguísticos que lhe permitam atuar nos diversos contextos de sua vida social e promova o respeito por toda e qualquer variedade de sua língua. Em conformidade com esses pressupostos, objetivamos investigar se o trabalho com a disciplina língua portuguesa no município de Juiz de Fora (MG) se dá mediante essa abordagem pautada nos postulados sociolinguísticos e se existe um planejamento para o tratamento da variação linguística em sala de aula. Dessa forma, desenvolvemos pesquisa qualitativa de base etnográfica em educação (ANDRÉ, 2000) em quatro escolas desse município. Para isso, realizarmos observações de aulas de língua portuguesa e entrevistamos professores durante cada período de observação. Como resultados, temos que o ensino de língua portuguesa pautado por uma pedagogia da variação ainda se encontra distante das salas de aula. Ainda que haja exceções, estas constituem flagrante minoria, que se propõe a trabalhar pelo viés sociolinguístico com reflexões pautadas por contrastes entre variantes da língua e sobre preconceito linguístico. Ao comparamos as entrevistas com as ações docentes, verificamos a dificuldade quanto à transposição didática dos discursos, uma vez que, embora sensibilizados para as temáticas da Sociolinguística e da variação, os docentes ainda incorrem no hábito de corrigir inadequadamente as falas dos alunos, reflexo da visão idealizante de língua que ainda prevalece na escola. Dessa forma, corroboramos a necessidade da inclusão da Sociolinguística como disciplina obrigatória nos cursos de formação dos professores de Letras e Pedagogia de modo a promover uma transformação no tratamento da linguagem nas aulas de língua materna, por meio de uma pedagogia da variação e de uma educação linguística que promova o respeito pelas variedades linguísticas e, em especial, pelos seus usuários. Dessa transformação, resultará a formação de falantes e escritores eficientes no uso da variedade culta da língua portuguesa. |
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