Avaliação da influência dos fatores socioeconômicos, demográficos e climáticos na morbimortalidade por paracoccidioidomicose no estado de São Paulo

• Autor(a) principal: Spinelli, Isabela
• Data de Publicação: 2024
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
• Texto Completo: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/17225
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::FARMACIA; Paracoccidioidomicose; Morbidade; Mortalidade; Clima; Fatores socioeconômicos; Saúde pública; Paracoccidioidomycosis; Morbidity; Mortality; Climate; Socioeconomic factors; Public health

A paracoccidioidomicose (PCM) é uma micose endêmica na América Latina. presente em regiões de vulnerabilidades sociais. É uma doença com significativo impacto na saúde pública, pois representa a oitava causa de morte por doenças infecciosas e parasitárias no Brasil. Dentro desse contexto, o estado de São Paulo (SP) se destaca como a unidade federativa com maior quantidade de casos. Assim, o objetivo desse trabalho consistiu em verificar se as taxas de internação e de mortalidade por PCM em SP sofreram influência antrópica e climática entre os anos de 2006 a 2020. Através de bancos de dados secundários de abrangência nacional, informações sanitárias (número de internações e óbitos por PCM), socioeconômicas, demográficas e climáticas foram coletadas e analisadas através de testes de correlação de Spearman e de regressão múltipla. Através da análise de correlação verificou-se que as variáveis sociais impactaram de maneira significativa nas morbimortalidade de PCM, com destaque para o acesso ao SUS. Morar em pequenos centros urbanos, com menor acesso aos serviços de saúde parece ser um importante preditor para PCM. Em relação às demais variáveis, foram encontradas correlações positivas fracas para produção de algumas cultivos e para temperatura. A precipitação se correlacionou fracamente e de maneira negativa com as hospitalizações e com os óbitos. O modelo de regressão múltipla reforçou a influência do acesso ao SUS, da temperatura e das variáveis sociodemográficas no contexto epidemiológico da PCM. Nossos resultados indicam que as internações e óbitos por PCM representam um importante indicador de vulnerabilidade social em São Paulo. Assim, nosso estudo reforça a importância de de medidas para mitigar o impacto social e ambiental desta doença, especialmente em municípios de baixo nível socioeconômico.