Histórias de vida, histórias de morte: o protagonismo feminino nos crimes contra a vida

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marsicano, Ana Carolina de Oliveira
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
Texto Completo: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4081
Resumo: O ato violento, principalmente no que diz respeito ao homicídio, é percebido pelas pessoas como um ato imprevisível e de difícil compreensão, consistindo o mesmo como uma “fatalidade”, não como um fenômeno social estável e psicologicamente determinado, cognoscível e controlável. Assim, no que diz respeito às modalidades violentas de crimes, os estudos permanecem em sua grande maioria no campo da psicanálise e da biologia, reportando a explicações como a passionalidade e a psicopatia, aproximando de uma perspectiva positivista e limitada. Compreendo, portanto, o crime como criação, ato cheio de significados e sentidos, o presente trabalho aborda estudos que tratam sobre a mulher que tenha praticado homicídio. Ao estudar o crime, principalmente dentro de uma perspectiva tão pouco explorada como trajetórias de vida de mulheres que cometeram assassinato, necessário se faz extrair os estados intencionais dessas mulheres as motivações e razões desses atores e de seu mundo simbólico, fornecido pelo contexto cultural o qual nos é retratado. Partindo do entendimento do crime como um fenômeno socialmente construído, dentro de um processo histórico pontuado por circunstâncias de gênero, analisei a trajetória de vida de mulheres presas e sentenciadas pelo cometimento de homicídio. Com base nos discursos das entrevistadas, procurei, em sua globalidade, responder a duas questões principais, que são os significados que as mulheres constroem sobre o crime e sobre o processo de reclusão em suas vidas, e a segunda que diz respeito aos processos de violência associados às determinantes sociais de gênero, tanto no âmbito extra muros, quanto no âmbito intra muros. Dessa forma, procurei contribuir para o processo de resgate da voz da mulher encarcerada para os estudos do crime, demonstrando a necessidade de apresentarmos uma face dessas mulheres via de regra ocultas por estigmas, desmistificando estereótipos e revelando suas histórias para além do crime.
id UFJF_98167cf6346a619542ad45e45ff21d9e
oai_identifier_str oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/4081
network_acronym_str UFJF
network_name_str Repositório Institucional da UFJF
repository_id_str
spelling Fraga, Paulo César Ponteshttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4720573J3Perucchi, Julianahttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4708328E3Geraldo, Pedro Heitor Barroshttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4756439Z6http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4357425Z8Marsicano, Ana Carolina de Oliveira2017-04-18T13:54:53Z2017-04-182017-04-18T13:54:53Z2016-12-06https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4081O ato violento, principalmente no que diz respeito ao homicídio, é percebido pelas pessoas como um ato imprevisível e de difícil compreensão, consistindo o mesmo como uma “fatalidade”, não como um fenômeno social estável e psicologicamente determinado, cognoscível e controlável. Assim, no que diz respeito às modalidades violentas de crimes, os estudos permanecem em sua grande maioria no campo da psicanálise e da biologia, reportando a explicações como a passionalidade e a psicopatia, aproximando de uma perspectiva positivista e limitada. Compreendo, portanto, o crime como criação, ato cheio de significados e sentidos, o presente trabalho aborda estudos que tratam sobre a mulher que tenha praticado homicídio. Ao estudar o crime, principalmente dentro de uma perspectiva tão pouco explorada como trajetórias de vida de mulheres que cometeram assassinato, necessário se faz extrair os estados intencionais dessas mulheres as motivações e razões desses atores e de seu mundo simbólico, fornecido pelo contexto cultural o qual nos é retratado. Partindo do entendimento do crime como um fenômeno socialmente construído, dentro de um processo histórico pontuado por circunstâncias de gênero, analisei a trajetória de vida de mulheres presas e sentenciadas pelo cometimento de homicídio. Com base nos discursos das entrevistadas, procurei, em sua globalidade, responder a duas questões principais, que são os significados que as mulheres constroem sobre o crime e sobre o processo de reclusão em suas vidas, e a segunda que diz respeito aos processos de violência associados às determinantes sociais de gênero, tanto no âmbito extra muros, quanto no âmbito intra muros. Dessa forma, procurei contribuir para o processo de resgate da voz da mulher encarcerada para os estudos do crime, demonstrando a necessidade de apresentarmos uma face dessas mulheres via de regra ocultas por estigmas, desmistificando estereótipos e revelando suas histórias para além do crime.The violent acts, particularly with regard to murderperpetrated by women, are generally perceived by people as an unpredictable and difficult act to understand, figuring as a "fatality" rather than a stable social phenomenon, psychologically determined, knowable and controllable. Thus, studies that relate to violent forms of crimes remain mostly in the field of psychoanalysis and biology, referring to explanations as passionate crimes or due to a psychopathy, approaching a positivist and limited perspective. We understand such crime as a creation, an act full of meanings and senses, therefore this work focus on murders whose perpetrators are women. By studying crime, especially in a perspective as little explored as the life trajectories of those ‘guilt’ women, it is necessary that we stratify the intentional states of these women, their motivations and reasons, and their symbolic world provided by the cultural context from which they belong. Setting off from the crime as a socially constructed phenomenon placed within a historical process punctuated by gender circumstances, this paper considers the life trajectories of the female prisoners sentenced for murder. Based on the speeches of the interviewees, we sought at best to answer two main questions, (1) Which are meanings the women build from the perpetrated crime and the incarceration process in their lives, and (2) Which are the processes of violence associated with gender social determinants both intra and extramuros. Thus, we tried to contribute to the recovery process of the voice of the incarcerated women for studies of crime, demonstrating the need to introduce a face to these women, in general hidden by stigmas, demystifying stereotypes and revealing their stories beyond the crime.porUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em Ciências SociaisUFJFBrasilICH – Instituto de Ciências HumanasCNPQ::CIENCIAS HUMANASSociologiaCrimes contra a vidaMulheresProtagonismoSociologyCrimes against lifeWomenProtagonismHistórias de vida, histórias de morte: o protagonismo feminino nos crimes contra a vidainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFTEXTanacarolinadeoliveiramarsicano.pdf.txtanacarolinadeoliveiramarsicano.pdf.txtExtracted texttext/plain429437https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/4081/3/anacarolinadeoliveiramarsicano.pdf.txt00cc3c9586b08c33736796ee75c8786aMD53THUMBNAILanacarolinadeoliveiramarsicano.pdf.jpganacarolinadeoliveiramarsicano.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1242https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/4081/4/anacarolinadeoliveiramarsicano.pdf.jpgdd96160a3bbfe918a4dcf3784ad296e6MD54ORIGINALanacarolinadeoliveiramarsicano.pdfanacarolinadeoliveiramarsicano.pdfapplication/pdf1398763https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/4081/1/anacarolinadeoliveiramarsicano.pdf71ec096e3ecf0795fa17e28b0224836cMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82197https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/4081/2/license.txt000e18a5aee6ca21bb5811ddf55fc37bMD52ufjf/40812019-11-07 11:13:27.733oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/4081TElDRU7vv71BIERFIERJU1RSSUJVSe+/ve+/vU8gTu+/vU8tRVhDTFVTSVZBCgpDb20gYSBhcHJlc2VudGHvv73vv71vIGRlc3RhIGxpY2Vu77+9YSwgdm9j77+9IChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l077+9cmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvIGRpcmVpdG8gbu+/vW8tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsIHRyYWR1emlyIChjb25mb3JtZSBkZWZpbmlkbyBhYmFpeG8pLCBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLvv71uaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIO+/vXVkaW8gb3Ugdu+/vWRlby4KClZvY++/vSBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXvv71kbywgdHJhbnNwb3IgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZh77+977+9by4gVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBKdWl6IGRlIEZvcmEgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY++/vXBpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7vv71hLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHvv73vv71vLiBWb2Pvv70gZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8g77+9IG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY++/vSB0ZW0gbyBwb2RlciBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuIFZvY++/vSB0YW1i77+9bSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcO+/vXNpdG8gZGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG7vv71vLCBxdWUgc2VqYSBkZSBzZXUgY29uaGVjaW1lbnRvLCBpbmZyaW5nZSBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkZSBuaW5nde+/vW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIGNvbnRlbmhhIG1hdGVyaWFsIHF1ZSB2b2Pvv70gbu+/vW8gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9j77+9IGRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3Pvv71vIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7vv71hLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3Tvv70gY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250Ze+/vWRvIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0Hvv73vv71PIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ++/vU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfvv71OQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0Pvv70gREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklT77+9TyBDT01PIFRBTULvv71NIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0Hvv73vv71FUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vLCBlIG7vv71vIGZhcu+/vSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHvv73vv71vLCBhbO+/vW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2019-11-07T13:13:27Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Histórias de vida, histórias de morte: o protagonismo feminino nos crimes contra a vida
title Histórias de vida, histórias de morte: o protagonismo feminino nos crimes contra a vida
spellingShingle Histórias de vida, histórias de morte: o protagonismo feminino nos crimes contra a vida
Marsicano, Ana Carolina de Oliveira
CNPQ::CIENCIAS HUMANAS
Sociologia
Crimes contra a vida
Mulheres
Protagonismo
Sociology
Crimes against life
Women
Protagonism
title_short Histórias de vida, histórias de morte: o protagonismo feminino nos crimes contra a vida
title_full Histórias de vida, histórias de morte: o protagonismo feminino nos crimes contra a vida
title_fullStr Histórias de vida, histórias de morte: o protagonismo feminino nos crimes contra a vida
title_full_unstemmed Histórias de vida, histórias de morte: o protagonismo feminino nos crimes contra a vida
title_sort Histórias de vida, histórias de morte: o protagonismo feminino nos crimes contra a vida
author Marsicano, Ana Carolina de Oliveira
author_facet Marsicano, Ana Carolina de Oliveira
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Fraga, Paulo César Pontes
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4720573J3
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Perucchi, Juliana
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4708328E3
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Geraldo, Pedro Heitor Barros
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4756439Z6
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4357425Z8
dc.contributor.author.fl_str_mv Marsicano, Ana Carolina de Oliveira
contributor_str_mv Fraga, Paulo César Pontes
Perucchi, Juliana
Geraldo, Pedro Heitor Barros
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::CIENCIAS HUMANAS
topic CNPQ::CIENCIAS HUMANAS
Sociologia
Crimes contra a vida
Mulheres
Protagonismo
Sociology
Crimes against life
Women
Protagonism
dc.subject.por.fl_str_mv Sociologia
Crimes contra a vida
Mulheres
Protagonismo
Sociology
Crimes against life
Women
Protagonism
description O ato violento, principalmente no que diz respeito ao homicídio, é percebido pelas pessoas como um ato imprevisível e de difícil compreensão, consistindo o mesmo como uma “fatalidade”, não como um fenômeno social estável e psicologicamente determinado, cognoscível e controlável. Assim, no que diz respeito às modalidades violentas de crimes, os estudos permanecem em sua grande maioria no campo da psicanálise e da biologia, reportando a explicações como a passionalidade e a psicopatia, aproximando de uma perspectiva positivista e limitada. Compreendo, portanto, o crime como criação, ato cheio de significados e sentidos, o presente trabalho aborda estudos que tratam sobre a mulher que tenha praticado homicídio. Ao estudar o crime, principalmente dentro de uma perspectiva tão pouco explorada como trajetórias de vida de mulheres que cometeram assassinato, necessário se faz extrair os estados intencionais dessas mulheres as motivações e razões desses atores e de seu mundo simbólico, fornecido pelo contexto cultural o qual nos é retratado. Partindo do entendimento do crime como um fenômeno socialmente construído, dentro de um processo histórico pontuado por circunstâncias de gênero, analisei a trajetória de vida de mulheres presas e sentenciadas pelo cometimento de homicídio. Com base nos discursos das entrevistadas, procurei, em sua globalidade, responder a duas questões principais, que são os significados que as mulheres constroem sobre o crime e sobre o processo de reclusão em suas vidas, e a segunda que diz respeito aos processos de violência associados às determinantes sociais de gênero, tanto no âmbito extra muros, quanto no âmbito intra muros. Dessa forma, procurei contribuir para o processo de resgate da voz da mulher encarcerada para os estudos do crime, demonstrando a necessidade de apresentarmos uma face dessas mulheres via de regra ocultas por estigmas, desmistificando estereótipos e revelando suas histórias para além do crime.
publishDate 2016
dc.date.issued.fl_str_mv 2016-12-06
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2017-04-18T13:54:53Z
dc.date.available.fl_str_mv 2017-04-18
2017-04-18T13:54:53Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4081
url https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4081
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFJF
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv ICH – Instituto de Ciências Humanas
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFJF
instname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
instacron:UFJF
instname_str Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
instacron_str UFJF
institution UFJF
reponame_str Repositório Institucional da UFJF
collection Repositório Institucional da UFJF
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/4081/3/anacarolinadeoliveiramarsicano.pdf.txt
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/4081/4/anacarolinadeoliveiramarsicano.pdf.jpg
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/4081/1/anacarolinadeoliveiramarsicano.pdf
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/4081/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 00cc3c9586b08c33736796ee75c8786a
dd96160a3bbfe918a4dcf3784ad296e6
71ec096e3ecf0795fa17e28b0224836c
000e18a5aee6ca21bb5811ddf55fc37b
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801661312146604032