Características sociodemográficas, nutricionais e aspectos da diversidade bacteriana na microbiota intestinal de indivíduos com diferentes hábitos alimentares
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFJF |
Texto Completo: | https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2022/00232 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14520 |
Resumo: | A microbiota intestinal humana (MIH) apresenta grande densidade e diversidade de microrganismos, desempenhando importantes funções, como fornecimento de energia, de nutrientes e modulação imunológica, sendo que seu desequilíbrio pode estar relacionado a diversas patologias. Um dos fatores que mais influenciam na formação da MIH são os hábitos alimentares, que poderiam ser utilizados de forma a modular a relação entre hospedeiro e MIH, abrindo caminho para possíveis intervenções terapêuticas, a fim de prevenir e controlar doenças. O presente estudo teve como objetivo avaliar a estrutura de comunidades bacterianas em indivíduos saudáveis com diferentes hábitos alimentares e correlacionar com suas características nutricionais. Voluntários vegetarianos estritos (n=19), ovolactovegetarianos (n=20) e onívoros (n=19) foram submetidos à avaliação antropométrica e de consumo alimentar, além da coleta de amostras fecais, que foram analisadas através de cultivo em meios de cultura seletivos e de quantificação relativa por PCR em tempo real. As culturas com crescimento viável de bactérias foram submetidas à contagem de UFC e avaliação de morfotipos. Na análise quantitativa por PCR em tempo real, foram avaliados os grupos bacterianos Firmicutes, Bacteroidetes, γ-Proteobacteria e Lactobacillus. A dieta de indivíduos vegetarianos estritos exibiu maior consumo de carboidratos e fibras e menor consumo de proteínas e lipídeos. O alto consumo de proteínas de origem animal e de lipídeos pode estar relacionado ao aumento da abundância de bactérias Gram negativas potencialmente patogênicas na MIH. Do ponto de vista qualitativo, não foi possível um agrupamento por similaridade desses voluntários, o que sugere que os diferentes hábitos alimentares, numa visão geral, não seriam suficientes para gerar diferenças qualitativas na composição da MIH. Entretanto, houve a formação de um core bacteriano compartilhado entre os grupos, que poderia estar relacionado ao consumo de vegetais in natura ou minimamente processados. Portanto, diferenças nos consumos de macronutrientes, bem como nos tipos e formas dos alimentos ingeridos, exercem grande responsabilidade sobre a abundância dos microrganismos na MIH. |
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Um dos fatores que mais influenciam na formação da MIH são os hábitos alimentares, que poderiam ser utilizados de forma a modular a relação entre hospedeiro e MIH, abrindo caminho para possíveis intervenções terapêuticas, a fim de prevenir e controlar doenças. O presente estudo teve como objetivo avaliar a estrutura de comunidades bacterianas em indivíduos saudáveis com diferentes hábitos alimentares e correlacionar com suas características nutricionais. Voluntários vegetarianos estritos (n=19), ovolactovegetarianos (n=20) e onívoros (n=19) foram submetidos à avaliação antropométrica e de consumo alimentar, além da coleta de amostras fecais, que foram analisadas através de cultivo em meios de cultura seletivos e de quantificação relativa por PCR em tempo real. As culturas com crescimento viável de bactérias foram submetidas à contagem de UFC e avaliação de morfotipos. Na análise quantitativa por PCR em tempo real, foram avaliados os grupos bacterianos Firmicutes, Bacteroidetes, γ-Proteobacteria e Lactobacillus. A dieta de indivíduos vegetarianos estritos exibiu maior consumo de carboidratos e fibras e menor consumo de proteínas e lipídeos. O alto consumo de proteínas de origem animal e de lipídeos pode estar relacionado ao aumento da abundância de bactérias Gram negativas potencialmente patogênicas na MIH. Do ponto de vista qualitativo, não foi possível um agrupamento por similaridade desses voluntários, o que sugere que os diferentes hábitos alimentares, numa visão geral, não seriam suficientes para gerar diferenças qualitativas na composição da MIH. Entretanto, houve a formação de um core bacteriano compartilhado entre os grupos, que poderia estar relacionado ao consumo de vegetais in natura ou minimamente processados. Portanto, diferenças nos consumos de macronutrientes, bem como nos tipos e formas dos alimentos ingeridos, exercem grande responsabilidade sobre a abundância dos microrganismos na MIH.The human gut microbiota (MIH) has a high density and diversity of microorganisms, performing important functions, such as energy and nutrient supply and immune modulation, and its imbalance is related to several pathologies. MIH regulation is closely related to eating habits, which could be used to modulate the relationship between host and MIH, representing a possible path for therapeutic interventions to prevent and control diseases. Therefore, the present study aimed to evaluate the structure of bacterial communities in healthy individuals with different eating habits and to correlate with their nutritional characteristics. Strict vegetarian volunteers (n=19), lacto-ovo-vegetarians (n=20) and omnivores (n=19) were submitted to nutritional and anthropometric assessment and fecal samples were collected and analyzed by cultivation in selective culture mediaand real-time PCR. Cultures with viable bacterial growth were submitted to CFU counting and morphotype evaluation. In the real-time PCR analysis, the Firmicutes, Bacteroidetes, γ-Proteobacteria and Lactobacillus bacterial groups were evaluated. The diet of strict vegetarians exhibited higher consumption of carbohydrates and fiber and lower consumption of proteins and lipids. The high consumption of animal-derived proteins and lipids seems to be related to the increased abundance of potentially pathogenic Gram-negative bacteria in MIH. A qualitative grouping by similarity of these volunteers was not possible, which suggests that the different eating habits, in general, would not be enough to cause qualitative differences in the composition of the MIH. However, a bacterial core in common to the three groups was formed, which could be related to the consumption of fresh or minimally processed vegetables. Therefore, different macronutrient intake, as well as types and forms of food consumption, play a major role in microorganisms abundance in MIH.FAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas GeraisporUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em Saúde BrasileiraUFJFBrasilFaculdade de MedicinaAttribution-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINAMicrobiota intestinalOnívoroOvolactovegetarianoVegetariano estritoNutrientesHábitos alimentaresIntestinal microbiotaOmnivorousLacto-ovo-vegetariansStrict vegetariansNutrientsEating habitsCaracterísticas sociodemográficas, nutricionais e aspectos da diversidade bacteriana na microbiota intestinal de indivíduos com diferentes hábitos alimentaresinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/14520/3/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD53CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8805https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/14520/2/license_rdfc4c98de35c20c53220c07884f4def27cMD52ORIGINALisabelabritoreis.pdfisabelabritoreis.pdfPDF/Aapplication/pdf2415716https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/14520/1/isabelabritoreis.pdfda1818d9e966ba66f92a5684b360527aMD51TEXTisabelabritoreis.pdf.txtisabelabritoreis.pdf.txtExtracted texttext/plain218666https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/14520/4/isabelabritoreis.pdf.txte98e5c941a6b99793fda315340496d40MD54THUMBNAILisabelabritoreis.pdf.jpgisabelabritoreis.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1205https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/14520/5/isabelabritoreis.pdf.jpg31c3b2f7df36b792b9a0d7ef3b01fa8fMD55ufjf/145202022-11-23 12:27:38.161oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/14520Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2022-11-23T14:27:38Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false |
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