Caracterização e atividade antioxidante da jabuticaba [Myrciaria cauliflora (Mart.) O. Berg]

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lima, Annete de Jesus Boari
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFLA
Texto Completo: http://repositorio.ufla.br/jspui/handle/1/2586
Resumo: Agroquímica
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spelling Caracterização e atividade antioxidante da jabuticaba [Myrciaria cauliflora (Mart.) O. Berg]Chemical characterization and antioxidant activity of jabuticaba´s fruit and its fraction [Myrciaria cauliflora (Mart.) O. BergJabuticabaAntocianinaConstituinte químicoFenólicosAnthocyaninChemical constituentPhenolicCNPQ_NÃO_INFORMADOAgroquímicaA jabuticabeira, [Myrciaria cauliflora (Mart.) O. Berg], é uma planta nativa do Brasil, pertencente à família Myrtaceae e pouco se conhece sobre a composição química de seu fruto. O fruto inteiro e as frações (casca, polpa e sementes) de duas variedades de jabuticaba, Paulista e Sabará, foram analisados quanto aos seus constituintes químicos e atividade antioxidante. A casca e a semente juntas representam 50% da fruta. Os teores de proteína bruta e extrato etéreo foram relativamente baixos em todas as frações. O teor de cinzas não variou entre frações, exceto para a casca de frutos da variedade Sabará, que apresentou o maior nível. As fibras diferiram muito entre frações, não havendo diferenças entre as variedades. Quanto aos compostos bioativos, apenas os polifenóis nas cascas apresentaram teores elevados. A polpa apresentou a maior quantidade de açúcares totais, principalmente frutose e glicose, seguida pela sacarose, também encontrada na casca, sementes e no fruto inteiro. Cinco ácidos orgânicos foram encontrados na polpa e no fruto inteiro, na seguinte ordem decrescente de concentração: ácido cítrico > ácido succínico > ácido málico > ácido oxálico > ácido acético. Nas cascas e sementes, os ácidos succínico e cítrico são os majoritários. Os ácidos málico e acético estão presentes em quantidades muito reduzidas em todas as frações de ambas as variedades. Maiores quantidades de vitamina C foram encontradas na casca e sementes de ambas as variedades. Entre os minerais, o potássio foi o elemento mais abundante. A quantidade de ferro na polpa representa duas vezes as necessidades diárias recomendadas para alimentação humana. Esse fruto também se mostrou rico em magnésio, fósforo, cálcio e cobre. O óleo da fração semente, caracterizado por cromatografia CGAR-EM, tem constituição muito parecida com o óleo da casca em ambas as variedades. Os principais compostos foram um fitoesterol, não identificado, seguido dos ácidos palmítico, linoleico e oleico, além de esqualeno. Vários solventes foram testados para a extração de pigmentos antociânicos, para a avaliação da estabilidade dos pigmentos, quantificação das antocianinas totais, análise das antocianinas por CLAE e realização de testes antioxidantes. A melhor extração de antocianinas foi obtida por maceração da amostra com etanol 95% e/ou etanol 50%, acidificados com HCl 1,5 mol L-1, na proporção 85:15, usando a proporção 1:15 (1g amostra: 15 mL de solvente). A fração casca mostrou ser rica em antocianinas e teve o cianidina-3-glicosídeo como principal pigmento, seguido por delfinidina-3-glicosídeo, também presente na polpa. A fruta mostrou atividade antioxidante pelo teste de captura de radicais livres (ABTS), capacidade antioxidante (Método do fosfomolibdênio) e retardo no processo de oxidação de gordura (Ensaio de auto-oxidação utilizando ácido linoleico ou método β-caroteno/ácido linoleico). Pelos resultados dos testes verificou-se que a fruta apresenta elevada atividade antioxidante, principalmente as cascas, que são ricas em polifenóis e antocianinas. A melhor correlação ocorreu entre os polifenóis e o teste ABTS. O estudo demonstrou que as frações da jabuticaba podem ser utilizadas como aditivo na indústria alimentícia e cosmética, com possíveis benefícios à saúde do consumidor.The Jabuticaba tree, [Myrciaria cauliflora (Mart.) O. Berg], is a native plant of Brazil, belonging to Myrtaceae family of which very little is known about the chemical composition of its fruit. In this work, the whole fruit and fractions (skin, pulp and seeds), of two varieties, Paulista and Sabará, were analyzed as to the chemical constituents and the antioxidant activity. The skin and seed together represent approximately 50% of the fruit. Protein and ether extracts were found at low levels in all fractions. Ash content did not vary among fractions, except for the Sabará fruit skin, which presented the highest amount. Dietary fiber differed widely among fractions, with no differences between varieties. Regarding the bioactive compounds, only polyphenols in the skin presented high levels. Pulp fractions presented the highest amounts of total sugar, mainly fructose and glucose followed by sucrose, which are also found in the skin, seed fractions and in the whole fruit. Five organic acids were found in the pulp fractions and in the whole fruit: citric acid > succinic acid > malic acid > oxalic acid > acetic acid. In skins and seeds, the succinic and citric acids appeared as majority acids. The malic and acetic acids are present in very low quantities in all the fractions of both varieties. Larger quantities of vitamin C were found in the skin and seed fractions of both varieties. Among the minerals, potassium was the most abundant element. The amount of iron in the pulp was twice the daily recommended dose for human nutrition. This fruit also showed to be rich in magnesium, phosphorus, calcium, and copper. The seed-fraction oil, characterized by GC-MS chromatography, presents almost the same composition in the skin fractions of both varieties. The majority compound was a non-identified phytosterol, followed by the palmitic, linoleic, oleic acids and squalene. Several solvents were tested for anthocyanic-pigment extraction in order to evaluate the pigment stability, to quantify total anthocyanins, HPLC anthocyanins analysis and antioxidant tests. The best extractability was achieved by the maceration of the sample with 95 % ethanol and/or 50 % ethanol, acidified with HCl 1.5 mol L-1; using a proportion of 1:15 (1g of sample to 15 mL of solvent). The skin fraction showed to be rich in anthocyanins and had the cyaniding-3-glucoside as the principal pigment, followed by delphinidin-3-glucoside, which was also present in pulp fractions. The fruit showed to have antioxidant activity, by the free-radical capture test (ABTS) antioxidant capacity (phosphomolibdenium-test) and delayed-fat oxidation process (β-caroten/linoleic-acid bleaching assay). According to these results the fruit has high antioxidant activity, specially the skins that are rich in polyphenols and anthocyanins. The best correlation occurs between polyphenols and the ABTS test. The study demonstrated that the jabuticaba fractions can be utilized in the food industry as additives, as well as in the cosmetic industry, with possible benefit to consumer health.UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRASDQI - Programa de Pós-graduaçãoUFLABRASILCorrêa, Angelita DuarteGuerreiro, Mário CésarSantos, Custódio Donizete dosCastilho, Rachel OliveiraBoas, Eduardo Valério de Barros VilasLima, Annete de Jesus Boari2014-08-12T15:25:11Z2009-05-292014-08-12T15:25:11Z20092014-08-122009-05-29info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfLIMA, A. de J. B. Caracterização e atividade antioxidante da jabuticaba [Myrciaria cauliflora (Mart.) O. Berg]. 2009. 159 p. Tese (Doutorado em Agroquimica) - Universidade Federal de Lavras, Lavras, 2009.http://repositorio.ufla.br/jspui/handle/1/2586info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFLAinstname:Universidade Federal de Lavras (UFLA)instacron:UFLA2014-08-12T20:14:20Zoai:localhost:1/2586Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ufla.br/oai/requestnivaldo@ufla.br || repositorio.biblioteca@ufla.bropendoar:2014-08-12T20:14:20Repositório Institucional da UFLA - Universidade Federal de Lavras (UFLA)false
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