A apropriação da escola italiana de antropologia criminal na obra de Nina Rodrigues: ativismo por uma nova sensibilidade sobre crime e raça (1894-1906)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Campos, Rodrigo Mello
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Temporalidades
Texto Completo: https://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/6067
Resumo: Análise da apropriação de conceitos da escola italiana de criminologia na obra de Nina Rodrigues (1862-1906), intelectual brasileiro da antropologia criminal, polêmico por discussões sobre responsabilidade penal e raças humanas e que defendia diferenciação para as indígenas e negros, dentre outros estudos. Se busca entender os contextos dos autores a partir dos processos históricos e, para tanto, emprega-se o método da História das Ciências e das Sensibilidades. No contexto de Lombroso, Ferri e Garófalo, escrevem em uma Itália recém-unificada, de grande diversidade étnica, buscando uma homogeneização nacional para atender aos interesses dos industriais nortistas. Rodrigues, por sua vez, escreve logo após a abolição da escravatura, quando a igualdade formal entre raças humanas não condizia com o pensamento da elite dominante pelo medo dos libertos, sendo que as teorias eugênicas serviram para legitimar a segregação. O ativismo dele é realizado no momento em que a ciência busca afirmação para proposta de políticas públicas e, internamente na comunidade científica, juristas e médicos buscavam o seu protagonismo.
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