A sequência orosiriana-estateriana e evolução tectôno-metamórfica da borda leste do Espinhaço Meridional na região de Santa Maria de Itabira-MG
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/IGCC-9EYGJ3 |
Resumo: | A sucessão metassedimentar aflorante no entorno da cidade de Santa Maria de Itabira-MG, compreende quartzitos orosirianos pertencentes à Unidade Quartzítica Serra da Pedra Branca e as sequências estaterianas portadoras de formações ferríferas do Grupo Serra da Serpentina, e da Formação Lapão, unidade inferior do Grupo Itapanhoacanga. Esse conjunto constitui um bloco alóctone delimitado por zonas de cisalhamento, entre fatias de rochas granitognáissicasdo Complexo Dona Rita de idade arqueana e de granito da SuíteBorrachudos de idade em torno de 1,7Ga. Rochas intrusivas da Suíteneoproterozóica Pedro Lessa e diques de diabásio Mesozóicos cortam todo o conjunto. Em todas as unidades foram reconhecidas três famílias de dobras geradas durante a orogênese Brasiliana: D1, D2 e D3. Estas dobras se associam sistematicamente a zonas de cisalhamento de direção principal NE-SW, caracterizadas por rampas laterais e oblíquas, e zonas de cisalhamento de direção NW-SE, formada por rampas frontais reversas. Estudos microestruturais em granadas da Formação Meloso, ao longo do strike estrutural regional, indicam que estes minerais cristalizaram-se durante ou posteriormente à fase D2 dedobramento. Análises de química mineral, ao longo de perfis borda-centro nas granadas, utilizando microssonda eletrônica, aliadas a paragênese mineral encontrada indicam possível zonamento metamórfico de direção NW-SE. Dadas as relações temporais entre os elementos estruturais, microestruturais e metamórficos encontrados, foi possível esboçar um modelo da evolução tectônometamórficoda região, divida em três fases, F1, F2 e F2. A sequência evolutiva,aliada ao arcabouço cinemático e geométrico reconhecidos, favorece ainterpretação de que a região está inserida num sistema regional transpressivo. Neste sistema, o esforço tectônico principal do cinturão de dobramento é transferido sobre forma de falhas transcorrentes de direção oblíqua à tensão principal, geradas a partir de falhas regionais transcorrentes de direção NE-SW e movimentação destral. |
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A sequência orosiriana-estateriana e evolução tectôno-metamórfica da borda leste do Espinhaço Meridional na região de Santa Maria de Itabira-MGEspinhaço MeridionalEvolução TectonometamórficaMicroestruturalTectônica Minas GeraisEspinhaço, Serra do (MG e BA)A sucessão metassedimentar aflorante no entorno da cidade de Santa Maria de Itabira-MG, compreende quartzitos orosirianos pertencentes à Unidade Quartzítica Serra da Pedra Branca e as sequências estaterianas portadoras de formações ferríferas do Grupo Serra da Serpentina, e da Formação Lapão, unidade inferior do Grupo Itapanhoacanga. Esse conjunto constitui um bloco alóctone delimitado por zonas de cisalhamento, entre fatias de rochas granitognáissicasdo Complexo Dona Rita de idade arqueana e de granito da SuíteBorrachudos de idade em torno de 1,7Ga. Rochas intrusivas da Suíteneoproterozóica Pedro Lessa e diques de diabásio Mesozóicos cortam todo o conjunto. Em todas as unidades foram reconhecidas três famílias de dobras geradas durante a orogênese Brasiliana: D1, D2 e D3. Estas dobras se associam sistematicamente a zonas de cisalhamento de direção principal NE-SW, caracterizadas por rampas laterais e oblíquas, e zonas de cisalhamento de direção NW-SE, formada por rampas frontais reversas. Estudos microestruturais em granadas da Formação Meloso, ao longo do strike estrutural regional, indicam que estes minerais cristalizaram-se durante ou posteriormente à fase D2 dedobramento. Análises de química mineral, ao longo de perfis borda-centro nas granadas, utilizando microssonda eletrônica, aliadas a paragênese mineral encontrada indicam possível zonamento metamórfico de direção NW-SE. Dadas as relações temporais entre os elementos estruturais, microestruturais e metamórficos encontrados, foi possível esboçar um modelo da evolução tectônometamórficoda região, divida em três fases, F1, F2 e F2. A sequência evolutiva,aliada ao arcabouço cinemático e geométrico reconhecidos, favorece ainterpretação de que a região está inserida num sistema regional transpressivo. Neste sistema, o esforço tectônico principal do cinturão de dobramento é transferido sobre forma de falhas transcorrentes de direção oblíqua à tensão principal, geradas a partir de falhas regionais transcorrentes de direção NE-SW e movimentação destral.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGGeorge Luiz LuvizottoClaudio de Morrison ValerianoRicardo Pagung de Carvalho2019-08-09T16:59:32Z2019-08-09T16:59:32Z2013-09-13info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/1843/IGCC-9EYGJ3info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMG2019-11-14T11:19:38Zoai:repositorio.ufmg.br:1843/IGCC-9EYGJ3Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oairepositorio@ufmg.bropendoar:2019-11-14T11:19:38Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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