Narrativas de profissionais de saúde relativas a recursos escassos em um serviço de urgência

• Autor(a) principal: Rafael Mendonça Ribeiro
• Data de Publicação: 2019
• Outros Autores: Fátima Ferreira Roquete, Chirley Madureira Rodrigues, Paula Torido Lopes, Marina Lanari Fernandes, Shirlei Moreira da Costa Faria, Sara Moura Martins, Karla Rona da Silva
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: https://doi.org/10.22161/ijaers.6.6.7; http://hdl.handle.net/1843/52766; https://orcid.org/0000-0003-0515-380X; https://orcid.org/0000-0002-9942-6903; https://orcid.org/0000-0002-7901-4098; https://orcid.org/0000-0003-4306-1463; https://orcid.org/0000-0003-0495-789X
• topic: Unidade de Pronto Atendimento; Profissionais da saúde; Conflitos éticos; Hospitais; Pessoal de saúde; Administração de conflitos - Aspectos morais e éticos

Este estudo objetivou analisar as narrativas de profissionais de saúde atuantes em uma Unidade de Pronto Atendimento que lidam com a tomada de decisão em situações de recursos escassos. Realizou-se uma pesquisa exploratória, de natureza qualitativa, através da técnica de entrevista narrativa com 25 profissionais. Do estudo emergiram três categorias: Tomada de decisão frente a escassez de recursos; Conflitos éticos; Preparo acadêmico para o enfrentamento e o arcabouço sentimental. A priorização de pacientes é uma realidade neste serviço de saúde. Os problemas prevalentes são a escassez de materiais e medicamentos e a falta de recursos humanos. Prevaleceu o discurso da falta de preparo ético da academia para com a tomada de decisão. A maioria dos entrevistados acredita que teve pouco preparo para enfrentar a realidade do serviço. Alguns entrevistados demonstraram sentimentos de pesar, impotência, insegurança, desejo de abandono do serviço, angústia e conflitos pessoais em face do desgaste causado pela situação. É necessário investir em constantes diálogos, educação em saúde e estratégias de sensibilização de forma a contribuir para ações consensuais que melhor subsidiem a tomada de decisão em situação de recursos escassos e que favoreçam o cuidar em saúde equânime de forma a maximizar benefícios e reorientar processos de trabalho.