A alternância causativo-ergativa no PB : restrições e propriedades semânticas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2007 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/ALDR-6YPPN4 |
Resumo: | Esta dissertação tem por objetivo a descrição e explicação do comportamento dos verbos causativos do português brasileiro em relação ao processo de formação de construções ergativas. O fenômeno da alternância causativo-ergativa consiste em um mesmo verbo aparecer em duas configurações sintáticas distintas, uma transitiva, como João quebrou o vaso, e outra intransitiva, como o vaso quebrou. Entretanto, existem verbos que não aceitam a construção da forma intransitiva, como o vento carregou as folhas / * as folhas carregaram. Para investigar esse problema, adotamos a hipótese,assim como outros autores (cf. Whitaker-Franchi, 1989; Levi, 1993; dentre outros), de que a semântica constitui-se um componente autônomo da linguagem, com restrições e princípios próprios e buscamos, nesse componente, as restrições para a formação deconstruções ergativas. Analisamos, adotando como referencial teórico a proposta de Cançado (2003, 2005) para os papéis temáticos, um corpus constituído de 201 verbos do português brasileiro e 527 sentenças para verificar essa hipótese, e, a partir da análisede Whitaker-Franchi, reformulamos as restrições mais gerais. Entretanto, como essas restrições se mostravam ainda insuficientes, propusemos outras restrições, também de natureza semântico-lexical, para a formação de construções ergativas para verbos causativos no geral e também, especificamente, para os verbos psicológicos, dado seu comportamento atípico. Portanto, elucidamos as propriedades semânticas relevantes para a gramática dessa construção, corroborando a importância do componente semântico para a sintaxe. Ainda, analisamos os verbos alternantes em relação a sua transitividade básica, pois, no decorrer da pesquisa, deparamo-nos com o problema de como classificar um verbo que aparece numa sentença transitiva e numa intransitiva quanto a sua transitividade. Assim, esta dissertação traz também uma proposta de análise para a transitividade dos verbos causativos no português brasileiro. |
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Marcia Maria Cancado LimaEvani de Carvalho ViottiJania Martins RamosLarissa Santos Ciriaco2019-08-10T17:02:41Z2019-08-10T17:02:41Z2007-02-15http://hdl.handle.net/1843/ALDR-6YPPN4Esta dissertação tem por objetivo a descrição e explicação do comportamento dos verbos causativos do português brasileiro em relação ao processo de formação de construções ergativas. O fenômeno da alternância causativo-ergativa consiste em um mesmo verbo aparecer em duas configurações sintáticas distintas, uma transitiva, como João quebrou o vaso, e outra intransitiva, como o vaso quebrou. Entretanto, existem verbos que não aceitam a construção da forma intransitiva, como o vento carregou as folhas / * as folhas carregaram. Para investigar esse problema, adotamos a hipótese,assim como outros autores (cf. Whitaker-Franchi, 1989; Levi, 1993; dentre outros), de que a semântica constitui-se um componente autônomo da linguagem, com restrições e princípios próprios e buscamos, nesse componente, as restrições para a formação deconstruções ergativas. Analisamos, adotando como referencial teórico a proposta de Cançado (2003, 2005) para os papéis temáticos, um corpus constituído de 201 verbos do português brasileiro e 527 sentenças para verificar essa hipótese, e, a partir da análisede Whitaker-Franchi, reformulamos as restrições mais gerais. Entretanto, como essas restrições se mostravam ainda insuficientes, propusemos outras restrições, também de natureza semântico-lexical, para a formação de construções ergativas para verbos causativos no geral e também, especificamente, para os verbos psicológicos, dado seu comportamento atípico. Portanto, elucidamos as propriedades semânticas relevantes para a gramática dessa construção, corroborando a importância do componente semântico para a sintaxe. Ainda, analisamos os verbos alternantes em relação a sua transitividade básica, pois, no decorrer da pesquisa, deparamo-nos com o problema de como classificar um verbo que aparece numa sentença transitiva e numa intransitiva quanto a sua transitividade. Assim, esta dissertação traz também uma proposta de análise para a transitividade dos verbos causativos no português brasileiro.This dissertation aims to describe and explain the behavior of causative verbs in relation to the causative-ergative alternation in Brazilian Portuguese. The causative-ergative alternation consists in the appearance of the same verb in transitive sentences, like João quebrou o vaso and in intransitive sentences, like, o vaso quebrou. However, there are verbs that do not participate in this alternation, like o vento carregou as folhas / * as folhas carregaram. To pursue this question, the central hypothesis adopted here is that the semantic content of thematic relations is relevant to grammatical theory, as other authors (cf. cf. Whitaker-Franchi, 1989; Levin, 1993) also assume. We understandsemantics as an independent component of language, with its own properties and principles, and we search, within this component, the restrictions to the causativeergative alternation. In order to test this hypothesis, and adopting Cançados (2003, 2005) proposal for thematic roles, we analyzed 201 verbs of BP distributed in 527 sentences. Starting from Whitaker-Franchis proposal, we have reformulated her generalrestrictions to the phenomena. However, since those restrictions were not enough to explicate the verbs behavior, we proposed other lexical-semantic restrictions to the causative-ergative alternation with causative verbs, in general, and with psychological verbs, specifically, because of their atypical behavior. Therefore, this dissertation exposes the relevant semantic properties for the syntactic phenomena of the causativeergative alternation. We also propose a semantic analysis for the problem of transitivity, that is, an answer to the question of which form is the basic form of transitivity of a verb that appear as transitive and as intransitive.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGLíngua portuguesa SemânticaSintaxeLíngua portuguesa BrasilLíngua portuguesa VerbosAlternância causativo-ergativaPBA alternância causativo-ergativa no PB : restrições e propriedades semânticasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__olarissa.pdfapplication/pdf314016https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ALDR-6YPPN4/1/disserta__olarissa.pdf9bbc475f82103b7adbfbe4bcc05d49fbMD51TEXTdisserta__olarissa.pdf.txtdisserta__olarissa.pdf.txtExtracted texttext/plain202824https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ALDR-6YPPN4/2/disserta__olarissa.pdf.txt4847f93555d792e07bdc827c02840a9bMD521843/ALDR-6YPPN42019-11-14 10:37:25.652oai:repositorio.ufmg.br:1843/ALDR-6YPPN4Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T13:37:25Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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