Racismo, educação e genocídio de jovens negros: reflexões a partir de uma epistemologia afrocentrada

• Autor(a) principal: Ayana Omi Amorim de Oliveira
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/39505
• topic: Africentricidade; Intelectuais africanos; Jovens negros; Educação; Educação; Discriminação na educação; Discriminação racial; Racismo; Negros - Educação; Estudantes negros; Jovens; Intelectuais negros; Afrocentrismo; Educação - Relações raciais; Educação - Relações étnicas; Genocídio

Esta dissertação teve como objetivo compreender o racismo e seus mecanismos como um produtor da desescolarização e do genocídio da juventude negra, buscando as contribuições da abordagem teórica e epistemológica da afrocentricidade para a discussão das experiências que marcam as trajetórias de jovens negros nascidos no Brasil. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, pautada em estudos de intelectuais africanos e afro-brasileiros: ASANTE (2009); CARNEIRO (2009); GOMES (2005); GONZALEZ (1982); MAZAMA (2009); MBEMBE (2018); MUNANGA (2004), dentre outros. Os resultados evidenciaram que o racismo (supremacia branca) presente na sociedade brasileira, atuando de forma especial no campo da educação, gera o apagamento das experiências ancestrais do povo negro na diáspora, produzindo o que nomeio como genocídio espiritual, mental e físico de jovens negros, o que confirma a minha hipótese de que somente o reconhecimento da África como berço civilizacional e da centralidade de suas matrizes epistêmicas por toda a sociedade brasileira será capaz de produzir o enfrentamento ao genocídio.