A mente é a arma, a voz é a bala: problematizando o Programa Fica Vivo! como produtor de controle, normalizações e possíveis invenções de modos de vida

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marcus Otavio Mariani Nogueira
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-935RAT
Resumo: A discussão sobre segurança pública é hoje tema central na sociedade brasileira e pensá-la a partir da perspectiva do controle e da vigilância, do território e da juventude inserida em uma política pública de prevenção à criminalidade possui relevância ao perguntar em que medida o Estado consegue intervir e criar dispositivos para a discussão do espaço público, da violência, da criminalidade e dos homicídios. Esse trabalho quis perguntar de que forma o Estado de Minas Gerais, a partir da Secretaria de Estado de Defesa Social (SEDS), sua Superintendência de Prevenção à Criminalidade (SPEC) e o Programa Fica Vivo! analisam a segregação territorial, os embates territoriais, as zonas de conflito, o domínio e a interdição de espaços públicos e a produção de áreas de intolerância, a partir da rivalidade de jovens que culminam em alto número de homicídios. Pensar quais ferramentas e qual efetividade possui o estado para intervir sobre esses problemas. Quis colocar em análise a utilização de um dispositivo contraditório que pode possibilitar controle, normalização e também possibilidade de produzir modos de subjetivação. Orientei-me na construção de uma análise foucaultiana, abordando seu percurso teórico e utilizando seu tripé conceitual saber, poder e subjetivação como principais categorias de análise. Privilegiei o estudo de campo e a observação empírica. Quis pensar as favelas e discutir a segregação socioespacial na cidade de Belo Horizonte. Analisar o que está em jogo nas produções de saber e as relações de poder no Programa Fica Vivo!. Pensar o poder em seus deslizamentos e como as oficinas do programa podem ser compreendidas como dispositivos de segurança em sua produção de vigilância e controle. A partir do contato com os jovens quis problematizar como produzem e consomem subjetividade, como estabelecem sociabilidades. A partir da trajetória de um ator central da política, quis pensar os processos de subjetivação, refletir a produção de agenciamentos de singularidades capazes de escapar de um regime saber-poder.
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Esse trabalho quis perguntar de que forma o Estado de Minas Gerais, a partir da Secretaria de Estado de Defesa Social (SEDS), sua Superintendência de Prevenção à Criminalidade (SPEC) e o Programa Fica Vivo! analisam a segregação territorial, os embates territoriais, as zonas de conflito, o domínio e a interdição de espaços públicos e a produção de áreas de intolerância, a partir da rivalidade de jovens que culminam em alto número de homicídios. Pensar quais ferramentas e qual efetividade possui o estado para intervir sobre esses problemas. Quis colocar em análise a utilização de um dispositivo contraditório que pode possibilitar controle, normalização e também possibilidade de produzir modos de subjetivação. Orientei-me na construção de uma análise foucaultiana, abordando seu percurso teórico e utilizando seu tripé conceitual saber, poder e subjetivação como principais categorias de análise. Privilegiei o estudo de campo e a observação empírica. Quis pensar as favelas e discutir a segregação socioespacial na cidade de Belo Horizonte. Analisar o que está em jogo nas produções de saber e as relações de poder no Programa Fica Vivo!. Pensar o poder em seus deslizamentos e como as oficinas do programa podem ser compreendidas como dispositivos de segurança em sua produção de vigilância e controle. A partir do contato com os jovens quis problematizar como produzem e consomem subjetividade, como estabelecem sociabilidades. A partir da trajetória de um ator central da política, quis pensar os processos de subjetivação, refletir a produção de agenciamentos de singularidades capazes de escapar de um regime saber-poder.The discussion about public security is in the present-day a central subjective in Brazilian society and thinking it from the perspective of control and surveillance, of the territory and the youth in a public politic for crime prevention has relevance to the question to what extent the State can intervene and create devices for the discussion of public space, violence, crime and homicides. This study wanted to ask how the Estado de Minas Gerais, from Secretaria de Estado de Defesa Social (SEDS), your Superintendência de Prevenção à Criminalidade (SPEC) and the Programa Fica Vivo! analyze the spatial segregation, the territorial fights, conflict zones, the dominance and the interdiction of public spaces and producing areas of intolerance, from the young rivalry that culminates in a high number of homicides. Think what tools and how effective has the state to intervene on these issues. I wanted to analysis the use of a contradictory device that can enable control and standardization, and also able to produce forms of subjectivity. I instructed my analysis by Foucault, approaching his theoretical and using your conceptual tripod - knowledge, power and subjectivity - as major categories of analysis. I emphasized the field study and empirical observation. I wanted to think the slums and discuss the segregation of the territories in the city of Belo Horizonte. Analyze what is in the match in the productions of knowledge and power relations in the Programa Fica Vivo!. Think the power in their slips and how the workshops of the program can be understood as safety devices in your production of surveillance and control. From the contact with young people wanted to discuss how they produce and consume subjectivity, as established sociable relations. From the trajectory of a central actor in the politic, wanted to think the process of subjectivition. Reflect the production of assemblages of singularities able to escape from a knowledge-power regime.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGControle socialJuventudePrograma Fica VivoPsicologiaPrograma Fica Vivo!NormalizaçãoControleJuventudePoderSaberSubjetivaçãoA mente é a arma, a voz é a bala: problematizando o Programa Fica Vivo! como produtor de controle, normalizações e possíveis invenções de modos de vidainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_final_marcus_ot_vio_mariani_nogueira.pdfapplication/pdf1409303https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-935RAT/1/disserta__o_final_marcus_ot_vio_mariani_nogueira.pdf41aa757f9d123620e09ff78bb72fdd03MD51TEXTdisserta__o_final_marcus_ot_vio_mariani_nogueira.pdf.txtdisserta__o_final_marcus_ot_vio_mariani_nogueira.pdf.txtExtracted texttext/plain276940https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-935RAT/2/disserta__o_final_marcus_ot_vio_mariani_nogueira.pdf.txt297850811f8b8f6a9572b83793ee1eacMD521843/BUOS-935RAT2019-11-14 04:14:12.935oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-935RATRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T07:14:12Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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