Raspar a cabeça não altera a velocidade na corrida de 10 km sob o sol

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Angelo Ruediger Pisani Martini
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/KMCG-7ZXKPE
Resumo: Em estudo pioneiro, realizado em nosso laboratório, observou um índice de estresse fisiológico (IEF) maior nos indivíduos com cabeça raspada quando comparados com indivíduos com cabelo, quando estes se exercitavam em esteira rolante com potência fixa sob o sol. Então o objetivo do presente estudo constituiu em testar a hipótese de que o cabelo humano poderia funcionar como uma espécie de proteçãonatural contra a radiação solar, permitindo maior velocidade durante uma corrida realizada sob o sol. Participaram deste estudo 12 voluntários do sexo masculino, sadios e aptos para a prática de atividade física (29.5 ± 3.7 anos de idade; 174.9 ± 4.3 cm de estatura; 72.7 ± 3.2 kg de massa corporal e 44.6 ± 3.4 ml.kg-1.min-1 deVO2max). Para participar deste estudo o comprimento do cabelo no topo da cabeça deveria ter um comprimento mínimo de 6 cm. Os voluntários compareceram ao laboratório em 4 momentos. No primeiro dia foi feita a caracterização antropométrica, além de um teste de campo para a avaliação da capacidade aeróbia. No mínimo dois dias depois, deu-se início às outras situações: uma familiarização e duas situações experimentais, com o cabelo intacto e com o cabelo raspado, nas quais o voluntário deveria correr 10 km, sob o sol com um intervalo entre cada situação de no mínimo uma semana. Todas as situações foramrealizadas em uma pista de 200m em terreno plano e gramado. O estresse ambiental foi medido através do Índice de Bulbo Úmido e Temperatura de Globo (IBUTG) em OC e não houve diferença entre as situações (24.0 ± 1.4 e 23.2 ± 1.5, para cabelo intacto e raspado respectivamente). Foi medida a velocidade da corrida, freqüência cardíaca, temperatura retal, índice de estresse fisiológico e taxa deacúmulo de calor. Os resultados demonstram que a velocidade de corrida (10,9 ± 1 e 10,9 ± 1,1 km.h-1), freqüência cardíaca (183 ± 10 e 180 ± 12 bpm), temperatura retal (38,82 ± 0,29 e 38,81 ± 0,49 oC), índice de estresse fisiológico (9 ± 1 e 9 ± 1) e taxa de acúmulo de calor (71,9 ± 64,1 e 80,7 ± 56,7 W.m-1), foram iguais entre as situações, cabelo e raspado, respectivamente. Portanto, raspar a cabeça não alteroua velocidade na corrida de 10 km sob o sol.
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Para participar deste estudo o comprimento do cabelo no topo da cabeça deveria ter um comprimento mínimo de 6 cm. Os voluntários compareceram ao laboratório em 4 momentos. No primeiro dia foi feita a caracterização antropométrica, além de um teste de campo para a avaliação da capacidade aeróbia. No mínimo dois dias depois, deu-se início às outras situações: uma familiarização e duas situações experimentais, com o cabelo intacto e com o cabelo raspado, nas quais o voluntário deveria correr 10 km, sob o sol com um intervalo entre cada situação de no mínimo uma semana. Todas as situações foramrealizadas em uma pista de 200m em terreno plano e gramado. O estresse ambiental foi medido através do Índice de Bulbo Úmido e Temperatura de Globo (IBUTG) em OC e não houve diferença entre as situações (24.0 ± 1.4 e 23.2 ± 1.5, para cabelo intacto e raspado respectivamente). Foi medida a velocidade da corrida, freqüência cardíaca, temperatura retal, índice de estresse fisiológico e taxa deacúmulo de calor. Os resultados demonstram que a velocidade de corrida (10,9 ± 1 e 10,9 ± 1,1 km.h-1), freqüência cardíaca (183 ± 10 e 180 ± 12 bpm), temperatura retal (38,82 ± 0,29 e 38,81 ± 0,49 oC), índice de estresse fisiológico (9 ± 1 e 9 ± 1) e taxa de acúmulo de calor (71,9 ± 64,1 e 80,7 ± 56,7 W.m-1), foram iguais entre as situações, cabelo e raspado, respectivamente. Portanto, raspar a cabeça não alteroua velocidade na corrida de 10 km sob o sol.In a previous study conducted in our laboratory, we observed a physiological strain index (PSI), higher on individuals with scraped hair than individuals with hair, when they exercised in a treadmill with fixed workload under the sun. Therefore the purpose of the present study was to test if the human hair could be a natural protection against the sun radiation, allowing higher velocity during running under thesun. Participated in this study 12 healthy male volunteers capable of practicing exercise (29.5 ± 3.7 years old; height, 174.9 ± 4.3 cm; weight, 72.7 ± 3.2 kg and VO2max, 44.6 ± 3.4 ml.kg-1.min-1). They should have a have a hair al least 6 cm long. They came to the laboratory for 4 moments. On the first day anthropometric measurements and aerobic capacity test were accomplished. Two days later, they participed of the other three conditions: familiarization and 2 experimental conditions, intact hair and scraped hair, in this order. The volunteers had to run 10kmin 2 different days with at least one week apart. Every situation was done in a 200m planned grassy circuit. The environmental heat stress was measured by the Index of Wet Bulb Globe Temperature (WBGT) in oC. There was no diference between the conditions (24.0 ± 1.4 e 23.2 ± 1.5, for human hair and scraped hair respectively). The running velocity, heart rate, rectal temperature, physiological index stress and rate of heat storage were measured. The result showed that the running velocity(10,9 ± 1 e 10,9 ± 1,1 km.h-1), heart rate (183 ± 10 e 180 ± 12 bpm), rectal temperature (38,82 ± 0,29 e 38,81 ± 0,49 oC), physiological index stress (9 ± 1 e 9 ± 1) and rate of heat storage (71,9 ± 64,1 e 80,7 ± 56,7 W.m-1), were not different in both situations. In conclusion, scraped hair does not change the velocity in a 10km running under the sun.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGCorpo Temperatura RegulaçãoExercícios físicos Aspectos fisiológicosEducação físicacabelovelocidadeatividade físicatermorregulaçãoRaspar a cabeça não altera a velocidade na corrida de 10 km sob o solinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_angelo___pdf.pdfapplication/pdf1262437https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/KMCG-7ZXKPE/1/disserta__o_angelo___pdf.pdf0fc851b88a60440bc91b5c546de10cfcMD51TEXTdisserta__o_angelo___pdf.pdf.txtdisserta__o_angelo___pdf.pdf.txtExtracted texttext/plain168888https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/KMCG-7ZXKPE/2/disserta__o_angelo___pdf.pdf.txt31d7d03c2ac11c9c9aa8f23aa0a33360MD521843/KMCG-7ZXKPE2019-11-14 22:46:37.789oai:repositorio.ufmg.br:1843/KMCG-7ZXKPERepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-15T01:46:37Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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