Resfriar a cabeça aumenta a velocidade durante a corrida intermitente de intensidade autorregulada sob o sol, em condições fisiológicas semelhantes
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/KMCM-928GFK |
Resumo: | A fadiga é definida como uma diminuição na produção de força ou incapacidade de gerar a força original e pode ser entendida como um mecanismo de proteção à homeostase. Um importante fator para o surgimento da fadiga durante o exercício é o calor ambiente. Alguns estudos demonstram que o resfriamento da cabeça pode reduzir o estresse fisiológico e reduzir a fadiga em situações de exercício de intensidade fixa no calor, porém pouco se sabe sobre os efeitos do resfriamento da cabeça sobre o desempenho durante a corrida de intensidade autorregulada. O objetivo do presente estudo foi verificar o efeito do resfriamento da cabeça no desempenho, no estresse fisiológico e nas respostas termorregulatórias em exercício de intensidade autorregulada sob sol. Para isso participaram do estudo 10 voluntários do sexo masculino, saudáveis e fisicamente ativos (idade 24 ± 2 anos, VO2max 47,0 ± 3,9 ml.km-1.min-1, massa corporal 76,3 ± 6,4 kg, estatura 180,6 ± 5,7 cm, área de superfície corporal 1,96 ± 0,08 m2, somatório de dobras cutâneas 107 ± 46,2 mm). Os voluntários correram um total de 6 km em quatro etapas de 1,5 km com pausas de 3 minutos - na maior velocidade possível - com resfriamento da cabeça (CRC) ou sem esfriamento da cabeça (grupo controle CON"). O resfriamento da cabeça aumentou a velocidade média de corrida em 5,2% sem alterar: índice de estresse fisiológico, variáveis termorregulatórias e percepção subjetiva do esforço. A temperatura média da cabeça foi menor e o conforto térmico melhorado na situação CRC. Além disso, o resfriamento da cabeça também reduziu a frequência cardíaca durante o pré-exercício e durante o exercício como um todo. A sudorese total não diferiu entre as situações, porém a sudorese da testa foi menor na situação CRC. Das regiões medidas (testa, peito, braço e coxa), a sudorese da coxa foi a menor. Conclusão: o resfriamento da cabeça foi capaz de melhorar o desempenho durante a corrida intermitente de intensidade autorregulada realizada sob o sol, sem alterar o índice de estresse fisiológico e as principais respostas termorregulatórias. |
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Emerson Silami GarciaLuiz Oswaldo Carneiro RodriguesFabiano Trigueiro AmorimLucas Leite Lima2019-08-12T13:19:24Z2019-08-12T13:19:24Z2011-05-27http://hdl.handle.net/1843/KMCM-928GFKA fadiga é definida como uma diminuição na produção de força ou incapacidade de gerar a força original e pode ser entendida como um mecanismo de proteção à homeostase. Um importante fator para o surgimento da fadiga durante o exercício é o calor ambiente. Alguns estudos demonstram que o resfriamento da cabeça pode reduzir o estresse fisiológico e reduzir a fadiga em situações de exercício de intensidade fixa no calor, porém pouco se sabe sobre os efeitos do resfriamento da cabeça sobre o desempenho durante a corrida de intensidade autorregulada. O objetivo do presente estudo foi verificar o efeito do resfriamento da cabeça no desempenho, no estresse fisiológico e nas respostas termorregulatórias em exercício de intensidade autorregulada sob sol. Para isso participaram do estudo 10 voluntários do sexo masculino, saudáveis e fisicamente ativos (idade 24 ± 2 anos, VO2max 47,0 ± 3,9 ml.km-1.min-1, massa corporal 76,3 ± 6,4 kg, estatura 180,6 ± 5,7 cm, área de superfície corporal 1,96 ± 0,08 m2, somatório de dobras cutâneas 107 ± 46,2 mm). Os voluntários correram um total de 6 km em quatro etapas de 1,5 km com pausas de 3 minutos - na maior velocidade possível - com resfriamento da cabeça (CRC) ou sem esfriamento da cabeça (grupo controle CON"). O resfriamento da cabeça aumentou a velocidade média de corrida em 5,2% sem alterar: índice de estresse fisiológico, variáveis termorregulatórias e percepção subjetiva do esforço. A temperatura média da cabeça foi menor e o conforto térmico melhorado na situação CRC. Além disso, o resfriamento da cabeça também reduziu a frequência cardíaca durante o pré-exercício e durante o exercício como um todo. A sudorese total não diferiu entre as situações, porém a sudorese da testa foi menor na situação CRC. Das regiões medidas (testa, peito, braço e coxa), a sudorese da coxa foi a menor. Conclusão: o resfriamento da cabeça foi capaz de melhorar o desempenho durante a corrida intermitente de intensidade autorregulada realizada sob o sol, sem alterar o índice de estresse fisiológico e as principais respostas termorregulatórias.Fatigue is defined as a decrease in force production or an inability to regenerate the original strength and can be understood as a mechanism of protection against risks to homeostasis. An important factor for the onset of fatigue during exercise is heat environment. Some studies show that cooling the head can reduce the physiological stress and reduce fatigue in situations of fixed intensity exercise in the heat but little is known about the effects of head cooling on performance during the race for self-regulated intensity. The aim of this study was to investigate the effect of cooling the head in performance, physiological stress and thermoregulatory responses in self-paced exercise under the sun. For that participated in the study 10 male volunteers, healthy and physically active (aged 24 ± 2 years, VO2max 47.0 ± 3.9 ml.km-1.min-1, body mass 76.3 ± 6.4 kg , height 180.6 ± 5.7 cm, body surface area 1.96 ± 0.08 m2, sum of skinfolds 107 ± 46.2 mm). The volunteers ran a total of 6 km in four steps of 1.5 km with intervals of 3 minutes as fast as they could - with (CRC) or without cooling of the head (control group - "CON"). Cooling the head increased the average running speed by 5.2% with no change: of the physiological strain index, thermoregulatory variables and perceived exertion. The average temperature of the head was smaller and the thermal comfort was improved in the CRC. Moreover, the cooling of the head also reduced heart rate during the pre-exercise and during exercise the whole. The total sweating did not differ between situations, but the sweating of the forehead was lower in CRC situation. Of the regions measured (forehead, chest, arm and thigh), sweating thigh was the lowest. Conclusion: the cooling of the head was able to improve performance during intermittent running intensity performed self-regulated under the sun, without changing the physiological strain index and thermoregulatory responses.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGFadigaEsportes Aspectos fisiológicosExercícios físicos Aspectos fisiológicosCorpo TemperaturaStress (Fisiologia)Resfriamento da cabeça Fadiga Intensidade autorregulada Estresse fisiológico TermorregulaçãoResfriar a cabeça aumenta a velocidade durante a corrida intermitente de intensidade autorregulada sob o sol, em condições fisiológicas semelhantesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_lucas___arquivo_digital.pdfapplication/pdf1738174https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/KMCM-928GFK/1/disserta__o_lucas___arquivo_digital.pdf47bdd291336a5d90d15f97a257205c02MD51TEXTdisserta__o_lucas___arquivo_digital.pdf.txtdisserta__o_lucas___arquivo_digital.pdf.txtExtracted texttext/plain140298https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/KMCM-928GFK/2/disserta__o_lucas___arquivo_digital.pdf.txtd349e5398b0f37a1565dff92316d51e3MD521843/KMCM-928GFK2019-11-14 17:56:35.757oai:repositorio.ufmg.br:1843/KMCM-928GFKRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T20:56:35Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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