Rompimento de barragens em Mariana e Brumadinho (MG): desastres como meio de acumulação por despossessão

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Klemens Augustinus Laschefski
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: https://doi.org/10.48075/amb.v2i1.23299
http://hdl.handle.net/1843/49836
https://orcid.org/0000-0002-3439-084X
Resumo: The rupture of two dams in Mariana (MG), 2015, and Brumadinho (MG), 2019, cost hundreds of lives and destroyed most of the Rio Doce and Paraopeba basins. These events are the climax of the disasters that began with environmental licensing and continued with the inefficient management of damage repair, causing even more social suffering. After the disasters, public institutions did not strengthen the regulatory framework but accelerated its flexibilization. As a result, mining companies are able to introduce the culture of neocoronelism into governance systems. In this way, companies have not only strengthened their interests in the face of victims' demands, but also the territorial control in areas affected by disasters through "hidden land grabbing".
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