A carga dos transtornos por uso de cocaína no estudo de carga global de doenças no Brasil, 2000-2017

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rayce dos Santos Crepalde
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/47244
Resumo: O uso abusivo e a dependência de cocaína compõem um grave problema de saúde pública. Estimase que 0,4% da população mundial, entre 15 e 64 anos, fez uso de cocaína em 2016. Dados globais sobre uso de drogas ilícitas apontam ilícitas apontam o Brasil como uma das nações emergentes onde o uso de estimulantes como a cocaína, aspirada ou fumada, tem aumentado. O presente estudo tem como objetivo descrever e analisar os dados das estimativas do estudo de Carga Global de Doença [Global Burden of Disease Study (GBD 2017)] dos transtornos por uso de cocaína no Brasil e Unidades da Federação (UF) entre 2000 e 2017. Foram utilizadas as estimativas do estudo GBD 2017: taxa de prevalência padronizada por idade (TPPI) de dependência, taxa de mortalidade (TMPI) e anos de vida perdidos por morte ou incapacidade [DALY = YLL (anos de vida perdidos por morte prematura) + YLD (anos vividos com incapacidade)], por sexo e faixa etária. Investigouse também a razão entre o DALY observado versus esperado (O/E), com base no índice sociodemográfico (SDI). Modelos estatísticos foram empregados para produzir as estimativas. Para todas as métricas foram utilizados Intervalos de Incerteza de 95% (II95%). Para as estimativas de taxa de mortalidade, o estudo GBD 2017 utilizou um algoritmo para a redistribuição de códigos garbage, onde os códigos da Classificação Internacional de Doenças (CID-10) de envenenamento acidental (X40-X44 e X49) foram redistribuídos para os transtornos por uso de drogas ilícitas. A principal preposição desse algoritmo é a dominância de alguma substância quando se considera as causas intermediárias de morte por envenenamento acidental, aplicando-se a seguinte ordem: opioides, cocaína, anfetaminas e drogas psicoativas e alucinógenas em igual fatalidade, posteriormente o álcool e por último a maconha. Os resultados demonstram que o Brasil possui a sexta maior taxa de DALY (43,45/100 mil hab. II95%: 30,19 – 60,37) dos transtornos por uso de cocaína no mundo, atingindo principalmente homens e jovens adultos. Não houve diferenças substanciais na carga destes transtornos entre as UFs. Entre 2000 e 2017, houve variação positiva da prevalência em números absolutos (53%), assim como, ocorreram variações positivas na taxa de prevalência padronizada por idade (TPPI) sendo a taxa de dependência dos transtornos devidos ao uso de cocaína 2,33 vezes maior entre os homens do que entre as mulheres. Ocorreu elevação estatisticamente significativa da TMPI em todas as UFs, variando de 85% no Distrito Federal a 211% no Rio Grande do Norte. Estados com elevados SDI apresentaram as menores razões de taxas de DALY O/E e o inverso ocorreu em estados com baixo SDI. A mortalidade e carga atribuída ao uso de cocaína são consideradas evitáveis. Nesse sentido, o aumento estatisticamente significativo da TMPI dos transtornos por uso de cocaína e a alta taxa de DALY desses transtornos reforçam a necessidade de novas estratégias nas políticas públicas para o enfrentamento do consumo de drogas no Brasil.
id UFMG_110018c2d35f5bc2f0e4f3f639c3cb37
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/47244
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Ana Paula Souto Melohttp://lattes.cnpq.br/1383628646577723Deborah Carvalho Maltahttp://lattes.cnpq.br/6582582813142876Rayce dos Santos Crepalde2022-11-16T14:07:13Z2022-11-16T14:07:13Z2019-02-08http://hdl.handle.net/1843/47244O uso abusivo e a dependência de cocaína compõem um grave problema de saúde pública. Estimase que 0,4% da população mundial, entre 15 e 64 anos, fez uso de cocaína em 2016. Dados globais sobre uso de drogas ilícitas apontam ilícitas apontam o Brasil como uma das nações emergentes onde o uso de estimulantes como a cocaína, aspirada ou fumada, tem aumentado. O presente estudo tem como objetivo descrever e analisar os dados das estimativas do estudo de Carga Global de Doença [Global Burden of Disease Study (GBD 2017)] dos transtornos por uso de cocaína no Brasil e Unidades da Federação (UF) entre 2000 e 2017. Foram utilizadas as estimativas do estudo GBD 2017: taxa de prevalência padronizada por idade (TPPI) de dependência, taxa de mortalidade (TMPI) e anos de vida perdidos por morte ou incapacidade [DALY = YLL (anos de vida perdidos por morte prematura) + YLD (anos vividos com incapacidade)], por sexo e faixa etária. Investigouse também a razão entre o DALY observado versus esperado (O/E), com base no índice sociodemográfico (SDI). Modelos estatísticos foram empregados para produzir as estimativas. Para todas as métricas foram utilizados Intervalos de Incerteza de 95% (II95%). Para as estimativas de taxa de mortalidade, o estudo GBD 2017 utilizou um algoritmo para a redistribuição de códigos garbage, onde os códigos da Classificação Internacional de Doenças (CID-10) de envenenamento acidental (X40-X44 e X49) foram redistribuídos para os transtornos por uso de drogas ilícitas. A principal preposição desse algoritmo é a dominância de alguma substância quando se considera as causas intermediárias de morte por envenenamento acidental, aplicando-se a seguinte ordem: opioides, cocaína, anfetaminas e drogas psicoativas e alucinógenas em igual fatalidade, posteriormente o álcool e por último a maconha. Os resultados demonstram que o Brasil possui a sexta maior taxa de DALY (43,45/100 mil hab. II95%: 30,19 – 60,37) dos transtornos por uso de cocaína no mundo, atingindo principalmente homens e jovens adultos. Não houve diferenças substanciais na carga destes transtornos entre as UFs. Entre 2000 e 2017, houve variação positiva da prevalência em números absolutos (53%), assim como, ocorreram variações positivas na taxa de prevalência padronizada por idade (TPPI) sendo a taxa de dependência dos transtornos devidos ao uso de cocaína 2,33 vezes maior entre os homens do que entre as mulheres. Ocorreu elevação estatisticamente significativa da TMPI em todas as UFs, variando de 85% no Distrito Federal a 211% no Rio Grande do Norte. Estados com elevados SDI apresentaram as menores razões de taxas de DALY O/E e o inverso ocorreu em estados com baixo SDI. A mortalidade e carga atribuída ao uso de cocaína são consideradas evitáveis. Nesse sentido, o aumento estatisticamente significativo da TMPI dos transtornos por uso de cocaína e a alta taxa de DALY desses transtornos reforçam a necessidade de novas estratégias nas políticas públicas para o enfrentamento do consumo de drogas no Brasil.Cocaine abusive use and addiction are a serious public health issue. It is estimated that 0,4% of the world population, between 15 and 64 years old, has made use of cocaine in 2016. Global data on illicit drug use indicates Brazil as one of the emerging nations where the use of stimulants, such as, cocaine, snorted or smoked, is increasing. This work aims to describe and analyse the data from the estimates of the Global Burden of Disease Study (GBD 2017) of cocaine use disorders in Brazil and its Federal Units (UF) between 2000 and 2017. Estimates of GBD 2017 were used: agestandardized prevalence rate (ASPR) of addiction, age-standardized mortality rate (ASMR), and age-standardized rate of life years lost due to death or disability [DALY = YLL (years of life lost for premature death) + YLD (years lived with disability)], by sex and age group. It has also investigated the ratio between observed versus expected DALY (O/E), based on the SocioDemographic Index (SDI). Statistic models were used to produce the estimates. For all the metrics, Uncertainty Intervals of 95% (II95%) were used. For estimates of mortality rate, the GBD 2017 study used an algorithm for the redistribution of garbage codes, where International Classification of Diseases (ICD-10) codes of accidental poisoning (X40-X44 and X49) were redistributed to disorders for illicit drug use. The main preposition of this algorithm is the dominance of some substance when considering the intermediate causes of death by accidental poisoning, applying the following order: opioids; cocaine; amphetamines, psychoactive, and psychedelic drugs in the same level of fatality; then alcohol, and, finally, marijuana. The results show that Brazil has the sixth highest rate of DALY (43.45 / 100 thousand in hab. II95%: 30,19 - 60,37) of cocaine use disorders worldwide, affecting mainly men and young adults. There were not substantial differences in the burden of these disorders among the UFs. Between 2000 and 2017, there was positive variation in prevalence in absolute numbers (53%), as well as positive variation in the Age-Standardised Prevalence Rate (ASPR), with the rate of dependence of disorders due to cocaine use 2.33 times higher among men than among women. There was a statistically significant increase in MR in all UFs, ranging from 85% in the Federal District to 211% in Rio Grande do Norte. States with higher SID presented the lowest rates in the DALY O / E and the opposite took place in the states with low SID. Mortality and burden attributed to cocaine use are considered to be avoidable. In this sense, the statistic significant increase of MR of the disorders caused by cocaine use and the high rate of DALY of these disorders reinforce the need of new strategies in the public policies to face drug use in Brazil.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Saúde PúblicaUFMGBrasilTranstornos Relacionados ao Uso de CocaínaDrogas IlícitasMortalidade PrematuraCocaínaCocaína CrackEpidemiologia DescritivaAnos de Vida Ajustados pela IncapacidadeDissertação AcadêmicaBrasilTranstornos relacionados ao uso de substânciasDrogas ilícitasCocaínaCocaína crackEpidemiologia descritivaMorte prematuraAnos de vida perdidos por incapacidadeA carga dos transtornos por uso de cocaína no estudo de carga global de doenças no Brasil, 2000-2017info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDissertação Final.pdfDissertação Final.pdfapplication/pdf1195019https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/47244/2/Dissertac%cc%a7a%cc%83o%20Final.pdfe15f0d83d693c8314fdf38049918b0c5MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/47244/3/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD531843/472442022-11-16 11:07:13.825oai:repositorio.ufmg.br:1843/47244TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-11-16T14:07:13Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv A carga dos transtornos por uso de cocaína no estudo de carga global de doenças no Brasil, 2000-2017
title A carga dos transtornos por uso de cocaína no estudo de carga global de doenças no Brasil, 2000-2017
spellingShingle A carga dos transtornos por uso de cocaína no estudo de carga global de doenças no Brasil, 2000-2017
Rayce dos Santos Crepalde
Brasil
Transtornos relacionados ao uso de substâncias
Drogas ilícitas
Cocaína
Cocaína crack
Epidemiologia descritiva
Morte prematura
Anos de vida perdidos por incapacidade
Transtornos Relacionados ao Uso de Cocaína
Drogas Ilícitas
Mortalidade Prematura
Cocaína
Cocaína Crack
Epidemiologia Descritiva
Anos de Vida Ajustados pela Incapacidade
Dissertação Acadêmica
title_short A carga dos transtornos por uso de cocaína no estudo de carga global de doenças no Brasil, 2000-2017
title_full A carga dos transtornos por uso de cocaína no estudo de carga global de doenças no Brasil, 2000-2017
title_fullStr A carga dos transtornos por uso de cocaína no estudo de carga global de doenças no Brasil, 2000-2017
title_full_unstemmed A carga dos transtornos por uso de cocaína no estudo de carga global de doenças no Brasil, 2000-2017
title_sort A carga dos transtornos por uso de cocaína no estudo de carga global de doenças no Brasil, 2000-2017
author Rayce dos Santos Crepalde
author_facet Rayce dos Santos Crepalde
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Ana Paula Souto Melo
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/1383628646577723
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Deborah Carvalho Malta
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/6582582813142876
dc.contributor.author.fl_str_mv Rayce dos Santos Crepalde
contributor_str_mv Ana Paula Souto Melo
Deborah Carvalho Malta
dc.subject.por.fl_str_mv Brasil
Transtornos relacionados ao uso de substâncias
Drogas ilícitas
Cocaína
Cocaína crack
Epidemiologia descritiva
Morte prematura
Anos de vida perdidos por incapacidade
topic Brasil
Transtornos relacionados ao uso de substâncias
Drogas ilícitas
Cocaína
Cocaína crack
Epidemiologia descritiva
Morte prematura
Anos de vida perdidos por incapacidade
Transtornos Relacionados ao Uso de Cocaína
Drogas Ilícitas
Mortalidade Prematura
Cocaína
Cocaína Crack
Epidemiologia Descritiva
Anos de Vida Ajustados pela Incapacidade
Dissertação Acadêmica
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Transtornos Relacionados ao Uso de Cocaína
Drogas Ilícitas
Mortalidade Prematura
Cocaína
Cocaína Crack
Epidemiologia Descritiva
Anos de Vida Ajustados pela Incapacidade
Dissertação Acadêmica
description O uso abusivo e a dependência de cocaína compõem um grave problema de saúde pública. Estimase que 0,4% da população mundial, entre 15 e 64 anos, fez uso de cocaína em 2016. Dados globais sobre uso de drogas ilícitas apontam ilícitas apontam o Brasil como uma das nações emergentes onde o uso de estimulantes como a cocaína, aspirada ou fumada, tem aumentado. O presente estudo tem como objetivo descrever e analisar os dados das estimativas do estudo de Carga Global de Doença [Global Burden of Disease Study (GBD 2017)] dos transtornos por uso de cocaína no Brasil e Unidades da Federação (UF) entre 2000 e 2017. Foram utilizadas as estimativas do estudo GBD 2017: taxa de prevalência padronizada por idade (TPPI) de dependência, taxa de mortalidade (TMPI) e anos de vida perdidos por morte ou incapacidade [DALY = YLL (anos de vida perdidos por morte prematura) + YLD (anos vividos com incapacidade)], por sexo e faixa etária. Investigouse também a razão entre o DALY observado versus esperado (O/E), com base no índice sociodemográfico (SDI). Modelos estatísticos foram empregados para produzir as estimativas. Para todas as métricas foram utilizados Intervalos de Incerteza de 95% (II95%). Para as estimativas de taxa de mortalidade, o estudo GBD 2017 utilizou um algoritmo para a redistribuição de códigos garbage, onde os códigos da Classificação Internacional de Doenças (CID-10) de envenenamento acidental (X40-X44 e X49) foram redistribuídos para os transtornos por uso de drogas ilícitas. A principal preposição desse algoritmo é a dominância de alguma substância quando se considera as causas intermediárias de morte por envenenamento acidental, aplicando-se a seguinte ordem: opioides, cocaína, anfetaminas e drogas psicoativas e alucinógenas em igual fatalidade, posteriormente o álcool e por último a maconha. Os resultados demonstram que o Brasil possui a sexta maior taxa de DALY (43,45/100 mil hab. II95%: 30,19 – 60,37) dos transtornos por uso de cocaína no mundo, atingindo principalmente homens e jovens adultos. Não houve diferenças substanciais na carga destes transtornos entre as UFs. Entre 2000 e 2017, houve variação positiva da prevalência em números absolutos (53%), assim como, ocorreram variações positivas na taxa de prevalência padronizada por idade (TPPI) sendo a taxa de dependência dos transtornos devidos ao uso de cocaína 2,33 vezes maior entre os homens do que entre as mulheres. Ocorreu elevação estatisticamente significativa da TMPI em todas as UFs, variando de 85% no Distrito Federal a 211% no Rio Grande do Norte. Estados com elevados SDI apresentaram as menores razões de taxas de DALY O/E e o inverso ocorreu em estados com baixo SDI. A mortalidade e carga atribuída ao uso de cocaína são consideradas evitáveis. Nesse sentido, o aumento estatisticamente significativo da TMPI dos transtornos por uso de cocaína e a alta taxa de DALY desses transtornos reforçam a necessidade de novas estratégias nas políticas públicas para o enfrentamento do consumo de drogas no Brasil.
publishDate 2019
dc.date.issued.fl_str_mv 2019-02-08
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2022-11-16T14:07:13Z
dc.date.available.fl_str_mv 2022-11-16T14:07:13Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/47244
url http://hdl.handle.net/1843/47244
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/47244/2/Dissertac%cc%a7a%cc%83o%20Final.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/47244/3/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv e15f0d83d693c8314fdf38049918b0c5
cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801676650787635200