Análise de sobrevida do enxerto de pacientes transplantados renais, em esquema de manutenção imunossupressora no SUS, Brasil: 2000 a 2010

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rosângela Maria Gomes
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-ASXLX3
Resumo: Introdução: A doença renal crônica (DRC) se caracteriza pela perda lenta, progressiva, e irreversível da função dos rins e tem como causas principais a hipertensão arterial e o diabetes mellitus. A sobrevida dos pacientes com insuficiência renal crônica terminal (IRCT) está condicionada à utilização de terapia renal substitutiva (TRS). Dentre as opções existentes, o transplante renal é a TRS de escolha para pacientes que não apresentam contraindicações para realizá-lo, pois oferece melhor sobrevida e qualidade de vida, além de ser mais custo-efetivo do que as diálises. No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) é responsável por quase todos os transplantes renais realizados, além de garantir o acesso aos medicamentos imunossupressores. As Diretrizes Terapêuticas e Protocolos Clínicos do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica recomendam o uso de esquemas terapêuticos com ciclosporina ou tacrolimo associados a um corticosteroide e um agente antiproliferativo. O impacto econômico causado pela distribuição desses medicamentos no SUS é crescente. Entretanto, os resultados do seu uso, no que diz respeito à sobrevida do enxerto dos pacientes em longo prazo ainda permanecem desconhecidos. Assim, o trabalho buscou realizar análise de sobrevida dos pacientes transplantados renais em uso dos esquemas de manutenção imunossupressora contendo ciclosporina ou tacrolimo no período 2000 a 2010 no SUS, Brasil. Objetivo: analisar a sobrevida do enxerto em 10 anos de pacientes transplantados renais enfocando a terapia de manutenção com ciclosporina ou tacrolimo Métodos: Este estudo consistiu de uma coorte histórica de abrangência nacional desenvolvida por meio do pareamento determinístico-probabilístico dos bancos nacionais de dados administrativos do Sistema de Informação Hospitalar do SUS (SIH/SUS), Subsistema de Procedimentos de Alta Complexidade, (SIA/SUS) e Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) no período de 01/01/2000 a 31/12/2010, envolvendo 13.489 pacientes submetidos a transplante renal de 01/01/2000 a 31/12/2009 e que usaram ciclosporina ou tacrolimo. Foi avaliada a falha de tratamento (óbito ou perda do enxerto) por meio das curvas de sobrevida global, por esquema imunossupressor (ciclosporina e tacrolimo), sexo e idade do receptor, diagnóstico primário da causa da DRC, tipo de doador, e tempo mediano de diálise anterior ao transplante. Para construir as curvas de sobrevida foi utilizado o método de Kaplan-Meier e as comparações entre elas foram realizadas pelo teste Log Rank. Para as análises univariada e multivariada dos fatores de risco associada à falha no tratamento foi utilizado o método de Regressão de Cox. Resultados: Em 10 anos a taxa de sobrevida do enxerto da coorte em estudo foi de 72,2%. O regime terapêutico com ciclosporina demonstrou sobrevida de 73,2% enquanto que para pacientes que usaram tacrolimo a sobrevida foi de 69,6%. A maioria dos pacientes era do sexo masculino, com idade média de 41 anos. O diagnóstico primário mais frequente de doença renal crônica (DRC) foi glomerulonefrites/nefrites interticial/pielonefrites. Maior risco para perda do enxerto foi associado ao uso de tacrolimo (HR= 1,162; IC 95% 1,051 1,285), o doador ser cadáver (1,630; 1,468 - 1,612), ser do sexo masculino (1,151; 1,043 - 1,271), ano adicional de idade do paciente (1,012; 1.008 - 1.016), tempo mediano de diálise anterior ao transplante superior a 47 meses (1,337; 1,205 - 1,485) e o diagnóstico de diabetes como causa primária da DRC (1,361; 1.119 - 1.657). Conclusões: A sobrevida do enxerto de pacientes transplantados que utilizaram ciclosporina ou tacrolimo no SUS em 10 anos foi 72,2%. O sexo masculino, o diabetes mellitus como causa da DRC, o órgão proveniente de doador cadáver, o ano adicional na idade e o tempo mediano de diálise superior a 47 meses foram associados à pior sobrevida. Pacientes que utilizaram esquemas imunossupressores contendo tacrolimo apresentaram pior sobrevida do enxerto em relação aos pacientes que utilizaram ciclosporina. Os resultados foram obtidos por meio de estudo observacional em longo prazo e com mais de 13.000 pacientes e, portanto, com grande potencial de generalização.
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spelling Augusto Afonso Guerra JuniorRosângela Maria Gomes2019-08-11T14:10:59Z2019-08-11T14:10:59Z2015-05-05http://hdl.handle.net/1843/BUOS-ASXLX3Introdução: A doença renal crônica (DRC) se caracteriza pela perda lenta, progressiva, e irreversível da função dos rins e tem como causas principais a hipertensão arterial e o diabetes mellitus. A sobrevida dos pacientes com insuficiência renal crônica terminal (IRCT) está condicionada à utilização de terapia renal substitutiva (TRS). Dentre as opções existentes, o transplante renal é a TRS de escolha para pacientes que não apresentam contraindicações para realizá-lo, pois oferece melhor sobrevida e qualidade de vida, além de ser mais custo-efetivo do que as diálises. No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) é responsável por quase todos os transplantes renais realizados, além de garantir o acesso aos medicamentos imunossupressores. As Diretrizes Terapêuticas e Protocolos Clínicos do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica recomendam o uso de esquemas terapêuticos com ciclosporina ou tacrolimo associados a um corticosteroide e um agente antiproliferativo. O impacto econômico causado pela distribuição desses medicamentos no SUS é crescente. Entretanto, os resultados do seu uso, no que diz respeito à sobrevida do enxerto dos pacientes em longo prazo ainda permanecem desconhecidos. Assim, o trabalho buscou realizar análise de sobrevida dos pacientes transplantados renais em uso dos esquemas de manutenção imunossupressora contendo ciclosporina ou tacrolimo no período 2000 a 2010 no SUS, Brasil. Objetivo: analisar a sobrevida do enxerto em 10 anos de pacientes transplantados renais enfocando a terapia de manutenção com ciclosporina ou tacrolimo Métodos: Este estudo consistiu de uma coorte histórica de abrangência nacional desenvolvida por meio do pareamento determinístico-probabilístico dos bancos nacionais de dados administrativos do Sistema de Informação Hospitalar do SUS (SIH/SUS), Subsistema de Procedimentos de Alta Complexidade, (SIA/SUS) e Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) no período de 01/01/2000 a 31/12/2010, envolvendo 13.489 pacientes submetidos a transplante renal de 01/01/2000 a 31/12/2009 e que usaram ciclosporina ou tacrolimo. Foi avaliada a falha de tratamento (óbito ou perda do enxerto) por meio das curvas de sobrevida global, por esquema imunossupressor (ciclosporina e tacrolimo), sexo e idade do receptor, diagnóstico primário da causa da DRC, tipo de doador, e tempo mediano de diálise anterior ao transplante. Para construir as curvas de sobrevida foi utilizado o método de Kaplan-Meier e as comparações entre elas foram realizadas pelo teste Log Rank. Para as análises univariada e multivariada dos fatores de risco associada à falha no tratamento foi utilizado o método de Regressão de Cox. Resultados: Em 10 anos a taxa de sobrevida do enxerto da coorte em estudo foi de 72,2%. O regime terapêutico com ciclosporina demonstrou sobrevida de 73,2% enquanto que para pacientes que usaram tacrolimo a sobrevida foi de 69,6%. A maioria dos pacientes era do sexo masculino, com idade média de 41 anos. O diagnóstico primário mais frequente de doença renal crônica (DRC) foi glomerulonefrites/nefrites interticial/pielonefrites. Maior risco para perda do enxerto foi associado ao uso de tacrolimo (HR= 1,162; IC 95% 1,051 1,285), o doador ser cadáver (1,630; 1,468 - 1,612), ser do sexo masculino (1,151; 1,043 - 1,271), ano adicional de idade do paciente (1,012; 1.008 - 1.016), tempo mediano de diálise anterior ao transplante superior a 47 meses (1,337; 1,205 - 1,485) e o diagnóstico de diabetes como causa primária da DRC (1,361; 1.119 - 1.657). Conclusões: A sobrevida do enxerto de pacientes transplantados que utilizaram ciclosporina ou tacrolimo no SUS em 10 anos foi 72,2%. O sexo masculino, o diabetes mellitus como causa da DRC, o órgão proveniente de doador cadáver, o ano adicional na idade e o tempo mediano de diálise superior a 47 meses foram associados à pior sobrevida. Pacientes que utilizaram esquemas imunossupressores contendo tacrolimo apresentaram pior sobrevida do enxerto em relação aos pacientes que utilizaram ciclosporina. Os resultados foram obtidos por meio de estudo observacional em longo prazo e com mais de 13.000 pacientes e, portanto, com grande potencial de generalização.Introduction: Chronic kidney disease (CKD) is characterized by progressive and irreversible deterioration of kidney function. Its main causes are hypertension and diabetes mellitus. The survival of patients with end-stage renal disease is subject to the use of renal replacement therapy (RRT). Among the options, renal transplantation is the RRT of choice for patients who do not have contraindications to do so, as it offers improved survival and quality of life, and is more cost-effective than dialysis. In Brazil, the Unified Health System (SUS) is responsible for almost all renal transplants performed in the country, and it ensures access to immunosuppressive medicines. The Therapeutic Guidelines and Clinical Protocols of the Specialized Component of Pharmaceutical Assistance recommend the use of therapeutic regimens with cyclosporine or tacrolimus associated with a corticosteroid and an anti-proliferative agent. Regarding the provision of immunosuppressants by SUS since 1982 the results of its long-term use remain unknown. Objectives: Analyze 10 years graft survival of renal transplant patients focusing on maintenance therapy with cyclosporine or tacrolimus. Methods: This study consisted of a nationwide historic cohort developed through deterministic-probabilistic linkage of SUS administrative data-bases: Hospital Information System (SIH/SUS); Subsystem for High Complexity Procedures (SIA/SUS) and the Mortality Information System (SIM). 13.489 patients transplanted from 01/01/2000 to 12/31/2009 that used immunosuppressive regimens with cyclosporine or tacrolimus were included and observed from 01/01/2000 to 12/31/2010. We evaluated treatment failure (death or graft survival) through the overall survival curves by immunosuppressive regimen (cyclosporine and tacrolimus), sex and age of the recipient, primary diagnosis of the cause of CKD, donor type, and time of dialysis prior to transplantation. For the survival curves we used the Kaplan-Meier method and to compare them we used Log Rank test. For univariate and multivariate analysis of risk factors associated with treatment failure we used the Cox regression method. Results: In 10 years the overall graft survival was 72.2%. Treatment regimen with cyclosporine showed survival of 73.2% whereas for patients who used tacrolimus survival was 69.6%. Most patients were male with a mean age of 41 years. The most common primary diagnosis of chronic kidney disease (CKD) was glomerulonephritis/interstitial nephritis/pyelonephritis. Increased risk for graft loss was associated with the use of tacrolimus (HR = 1.162, 95% CI 1.051 to 1.285), graft from deceased donor (1.630; 1.468 to 1.612), being male (1.151; 1.043 to 1.271), patient age (1.012; 1.008 to 1.016), the previous median on dialysis >47 months (1.337; 1.205 to 1.485) and the diagnosis of diabetes mellitus as the primary cause of CKD (1.361; 1.119 to 1.657). Conclusion: Graft survival of transplant patients taking cyclosporine or tacrolimus in SUS at 10 years was 72.2%. Male patients, diabetes mellitus as a cause of CKD, deceased donor graft, and the additional age time and dialysis time were associated with poor survival. In addition, patients using immunosuppressive regimens containing tacrolimus had worse graft survival compared to patients who received cyclosporine. The results were obtained through observational study with more than 13,000 patients and, therefore, with great potential for generalization.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGRins TransplanteImunossupressãoEnxertoTracolimoCiclosporinaRins DoençasSobrevida do enxertoTransplante renaltacrolimoCiclosporinaSobrevidaImunossupressoresAnálise de sobrevida do enxerto de pacientes transplantados renais, em esquema de manutenção imunossupressora no SUS, Brasil: 2000 a 2010info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_mestrado_ros_ngelamariagomes_maio_2015.pdfapplication/pdf2205277https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-ASXLX3/1/disserta__o_mestrado_ros_ngelamariagomes_maio_2015.pdf22ec8003d1569cb96e43e20df20ce8e3MD51TEXTdisserta__o_mestrado_ros_ngelamariagomes_maio_2015.pdf.txtdisserta__o_mestrado_ros_ngelamariagomes_maio_2015.pdf.txtExtracted texttext/plain173213https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-ASXLX3/2/disserta__o_mestrado_ros_ngelamariagomes_maio_2015.pdf.txtf16f6cc584c409b613a2c10102423d5cMD521843/BUOS-ASXLX32019-11-14 10:54:19.507oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-ASXLX3Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T13:54:19Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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