Uma forma colorida de falar: estudo sociolinguístico do léxico gay em Belo Horizonte - MG
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/66693 |
Resumo: | Este estudo propõe reflexões sobre o léxico utilizado entre os gays masculinos, com idade entre 18 e mais de 50 anos, na cidade de Belo Horizonte - MG, utilizando uma amostragem de quatorze gays para a construção do corpus. O objetivo é identificar e analisar, com base em entrevistas semiestruturadas, as lexias utilizadas na fala desse grupo, apontando mais uma forma de variação da língua, com fatos linguísticos que podem ser interpretados como características da fala gay. A hipótese levantada nesta pesquisa é a de que a fala utilizada por gays masculinos é uma marca social e de sexualidade, havendo necessidade de descrever os dados linguísticos usados por pessoas dessa comunidade. O trabalho se estrutura a partir do estudo de variação e mudança linguística, em uma perspectiva originada a partir de Weinreich, Labov e Herzog (2006 [1968]), seguindo pela apresentação da variação linguística em nível lexical (BIDERMAN, 2001) além de um percurso histórico pela estruturação do movimento LGBTQIAPN+ no Brasil (GREEN, 2019), perpassando pelos estudos sobre a chegada desse movimento em Belo Horizonte (MACHADO, 2007). O modo de fala de homossexuais é sinal de resistência e identificação social, visto que pessoas LGBTQIAPN+’s são discriminadas pela sociedade e utilizam inúmeras estratégias para sobreviver aos constantes ataques. Esta pesquisa, além de estudar os modos de fala dos homossexuais, pretende ser uma porta para a diminuição de preconceitos relacionados ao grupo em questão. Os gays, que fizeram parte desta pesquisa, se destacam socialmente pela forma que se expressam e são avaliados, diariamente, pelos seus interlocutores, e essas características de linguagem merecem a atenção deste estudo sociolinguístico, visto que o modo como os indivíduos falam, independentemente de cor, etnia ou orientação sexual, deve ser conhecido e, acima de tudo, respeitado. A identificação do léxico gay se deu através da realização de três entrevistas, com diferentes grupos focais através de um recorte etário (18 a + de 50 anos), das quais foram identificadas setenta e duas lexias, que revelam a busca por certa identidade cultural própria, fruto da discriminação que sofreram e ainda sofrem os gays. Elaborou-se uma planilha comparativa com informações colhidas de quatro dicionários de língua portuguesa e identificou-se que quarenta e quatro lexias não estão dicionarizadas. Isso possibilitou a criação de um glossário com a inclusão dessas lexias. Por fim, constatou-se que existem diferenças e semelhanças que marcam a forma de falar de gays, de diferentes faixas etárias, e isso demonstra um fortalecimento e afirmação que existe uma forma colorida de falar. |
id |
UFMG_1496b09d1b07097dae6a60302c4d4417 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufmg.br:1843/66693 |
network_acronym_str |
UFMG |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFMG |
repository_id_str |
|
spelling |
Eduardo Tadeu Roque Amaralhttp://lattes.cnpq.br/1729968377186756Aroldo Leal de AndradeHumberto Gomes PereiraClézio Roberto Gonçalveshttps://lattes.cnpq.br/1424850023113507Gilmar Araujo de Oliveira2024-03-27T22:21:39Z2024-03-27T22:21:39Z2023-09-15http://hdl.handle.net/1843/66693Este estudo propõe reflexões sobre o léxico utilizado entre os gays masculinos, com idade entre 18 e mais de 50 anos, na cidade de Belo Horizonte - MG, utilizando uma amostragem de quatorze gays para a construção do corpus. O objetivo é identificar e analisar, com base em entrevistas semiestruturadas, as lexias utilizadas na fala desse grupo, apontando mais uma forma de variação da língua, com fatos linguísticos que podem ser interpretados como características da fala gay. A hipótese levantada nesta pesquisa é a de que a fala utilizada por gays masculinos é uma marca social e de sexualidade, havendo necessidade de descrever os dados linguísticos usados por pessoas dessa comunidade. O trabalho se estrutura a partir do estudo de variação e mudança linguística, em uma perspectiva originada a partir de Weinreich, Labov e Herzog (2006 [1968]), seguindo pela apresentação da variação linguística em nível lexical (BIDERMAN, 2001) além de um percurso histórico pela estruturação do movimento LGBTQIAPN+ no Brasil (GREEN, 2019), perpassando pelos estudos sobre a chegada desse movimento em Belo Horizonte (MACHADO, 2007). O modo de fala de homossexuais é sinal de resistência e identificação social, visto que pessoas LGBTQIAPN+’s são discriminadas pela sociedade e utilizam inúmeras estratégias para sobreviver aos constantes ataques. Esta pesquisa, além de estudar os modos de fala dos homossexuais, pretende ser uma porta para a diminuição de preconceitos relacionados ao grupo em questão. Os gays, que fizeram parte desta pesquisa, se destacam socialmente pela forma que se expressam e são avaliados, diariamente, pelos seus interlocutores, e essas características de linguagem merecem a atenção deste estudo sociolinguístico, visto que o modo como os indivíduos falam, independentemente de cor, etnia ou orientação sexual, deve ser conhecido e, acima de tudo, respeitado. A identificação do léxico gay se deu através da realização de três entrevistas, com diferentes grupos focais através de um recorte etário (18 a + de 50 anos), das quais foram identificadas setenta e duas lexias, que revelam a busca por certa identidade cultural própria, fruto da discriminação que sofreram e ainda sofrem os gays. Elaborou-se uma planilha comparativa com informações colhidas de quatro dicionários de língua portuguesa e identificou-se que quarenta e quatro lexias não estão dicionarizadas. Isso possibilitou a criação de um glossário com a inclusão dessas lexias. Por fim, constatou-se que existem diferenças e semelhanças que marcam a forma de falar de gays, de diferentes faixas etárias, e isso demonstra um fortalecimento e afirmação que existe uma forma colorida de falar.This study proposes reflections on the lexicon used among gay men, aged between 18 and over 50, in the city of Belo Horizonte - MG, using a sample of fourteen gay men to build the corpus, with the aim of identifying and analyzing, based on semi-structured interviews, the lexemes used in the speech of this group, pointing out yet another form of language variation, with linguistic facts that can be interpreted as characteristics of gay speech. The hypothesis raised in this research is that the speech used by gay men is a social and sexual mark, and that there is a need to describe the linguistic data used by people from this community. The work is structured from the study of linguistic variation and change, from a perspective originating from Weinreich, Labov and Herzog (2006 [1968]), followed by the presentation of linguistic variation at the lexical level (BIDERMAN, 2001), as well as a historical journey through the structuring of the LGBTQIAPN+ movement in Brazil (GREEN, 2019), including studies on the arrival of this movement in Belo Horizonte (MACHADO, 2007). The way homosexuals speak is a sign of resistance and social identification, since LGBTQIAPN+ people are discriminated against by society and use countless strategies to survive the constant attacks. As well as studying the speech patterns of homosexuals, this research aims to be a way of reducing prejudices against this group in question. The gay men who took part in this research stand out socially because of the way they express themselves and are evaluated on a daily basis by their interlocutors, and these language characteristics deserve the attention of this sociolinguistic study, since the way individuals speak, regardless of color, ethnicity or sexual orientation, should be known and, above all, respected. The identification of the gay lexicon took place through three interviews, through different focus groups - with an age range (18 to over 50), from which seventy-two lexemes were identified, which reveal the search for a certain cultural identity of their own, as a result of the discrimination suffered and still suffered by gays. A comparative spreadsheet was drawn up with information gathered from four Portuguese language dictionaries and it was identified that forty-four lexias have not been dictionarized. This made it possible to create a glossary including these lexias. Finally, it was found that there are differences and similarities that mark the way gay men of different age groups speak, and this demonstrates a strengthening and affirmation that there is a colorful way of speaking.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Estudos LinguísticosUFMGBrasilFALE - FACULDADE DE LETRASLíngua portuguesa – Variação – Belo Horizonte (MG)Mudanças linguísticasSociolinguísticaLíngua portuguesa – LexicologiaPessoas LGBTQ+Variação LinguísticaLéxico gayLexicologiaSociolinguísticaUma forma colorida de falar: estudo sociolinguístico do léxico gay em Belo Horizonte - MGA Colorful Way of Speaking: A Sociolinguistic Study of Gay Lexicon in Belo Horizonte - MGinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALUma forma colorida de falar_estudo sociolinguístico do léxico gay em Belo Horizonte.pdfUma forma colorida de falar_estudo sociolinguístico do léxico gay em Belo Horizonte.pdfapplication/pdf1366377https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/66693/3/Uma%20forma%20colorida%20de%20falar_estudo%20sociolingu%c3%adstico%20do%20l%c3%a9xico%20gay%20em%20Belo%20Horizonte.pdfdbdbb5ff9b2be30ed6199a93a7cba437MD53LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/66693/4/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD541843/666932024-03-27 19:21:39.721oai:repositorio.ufmg.br:1843/66693TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2024-03-27T22:21:39Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Uma forma colorida de falar: estudo sociolinguístico do léxico gay em Belo Horizonte - MG |
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv |
A Colorful Way of Speaking: A Sociolinguistic Study of Gay Lexicon in Belo Horizonte - MG |
title |
Uma forma colorida de falar: estudo sociolinguístico do léxico gay em Belo Horizonte - MG |
spellingShingle |
Uma forma colorida de falar: estudo sociolinguístico do léxico gay em Belo Horizonte - MG Gilmar Araujo de Oliveira Variação Linguística Léxico gay Lexicologia Sociolinguística Língua portuguesa – Variação – Belo Horizonte (MG) Mudanças linguísticas Sociolinguística Língua portuguesa – Lexicologia Pessoas LGBTQ+ |
title_short |
Uma forma colorida de falar: estudo sociolinguístico do léxico gay em Belo Horizonte - MG |
title_full |
Uma forma colorida de falar: estudo sociolinguístico do léxico gay em Belo Horizonte - MG |
title_fullStr |
Uma forma colorida de falar: estudo sociolinguístico do léxico gay em Belo Horizonte - MG |
title_full_unstemmed |
Uma forma colorida de falar: estudo sociolinguístico do léxico gay em Belo Horizonte - MG |
title_sort |
Uma forma colorida de falar: estudo sociolinguístico do léxico gay em Belo Horizonte - MG |
author |
Gilmar Araujo de Oliveira |
author_facet |
Gilmar Araujo de Oliveira |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Eduardo Tadeu Roque Amaral |
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/1729968377186756 |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Aroldo Leal de Andrade |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Humberto Gomes Pereira |
dc.contributor.referee3.fl_str_mv |
Clézio Roberto Gonçalves |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
https://lattes.cnpq.br/1424850023113507 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Gilmar Araujo de Oliveira |
contributor_str_mv |
Eduardo Tadeu Roque Amaral Aroldo Leal de Andrade Humberto Gomes Pereira Clézio Roberto Gonçalves |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Variação Linguística Léxico gay Lexicologia Sociolinguística |
topic |
Variação Linguística Léxico gay Lexicologia Sociolinguística Língua portuguesa – Variação – Belo Horizonte (MG) Mudanças linguísticas Sociolinguística Língua portuguesa – Lexicologia Pessoas LGBTQ+ |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Língua portuguesa – Variação – Belo Horizonte (MG) Mudanças linguísticas Sociolinguística Língua portuguesa – Lexicologia Pessoas LGBTQ+ |
description |
Este estudo propõe reflexões sobre o léxico utilizado entre os gays masculinos, com idade entre 18 e mais de 50 anos, na cidade de Belo Horizonte - MG, utilizando uma amostragem de quatorze gays para a construção do corpus. O objetivo é identificar e analisar, com base em entrevistas semiestruturadas, as lexias utilizadas na fala desse grupo, apontando mais uma forma de variação da língua, com fatos linguísticos que podem ser interpretados como características da fala gay. A hipótese levantada nesta pesquisa é a de que a fala utilizada por gays masculinos é uma marca social e de sexualidade, havendo necessidade de descrever os dados linguísticos usados por pessoas dessa comunidade. O trabalho se estrutura a partir do estudo de variação e mudança linguística, em uma perspectiva originada a partir de Weinreich, Labov e Herzog (2006 [1968]), seguindo pela apresentação da variação linguística em nível lexical (BIDERMAN, 2001) além de um percurso histórico pela estruturação do movimento LGBTQIAPN+ no Brasil (GREEN, 2019), perpassando pelos estudos sobre a chegada desse movimento em Belo Horizonte (MACHADO, 2007). O modo de fala de homossexuais é sinal de resistência e identificação social, visto que pessoas LGBTQIAPN+’s são discriminadas pela sociedade e utilizam inúmeras estratégias para sobreviver aos constantes ataques. Esta pesquisa, além de estudar os modos de fala dos homossexuais, pretende ser uma porta para a diminuição de preconceitos relacionados ao grupo em questão. Os gays, que fizeram parte desta pesquisa, se destacam socialmente pela forma que se expressam e são avaliados, diariamente, pelos seus interlocutores, e essas características de linguagem merecem a atenção deste estudo sociolinguístico, visto que o modo como os indivíduos falam, independentemente de cor, etnia ou orientação sexual, deve ser conhecido e, acima de tudo, respeitado. A identificação do léxico gay se deu através da realização de três entrevistas, com diferentes grupos focais através de um recorte etário (18 a + de 50 anos), das quais foram identificadas setenta e duas lexias, que revelam a busca por certa identidade cultural própria, fruto da discriminação que sofreram e ainda sofrem os gays. Elaborou-se uma planilha comparativa com informações colhidas de quatro dicionários de língua portuguesa e identificou-se que quarenta e quatro lexias não estão dicionarizadas. Isso possibilitou a criação de um glossário com a inclusão dessas lexias. Por fim, constatou-se que existem diferenças e semelhanças que marcam a forma de falar de gays, de diferentes faixas etárias, e isso demonstra um fortalecimento e afirmação que existe uma forma colorida de falar. |
publishDate |
2023 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2023-09-15 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2024-03-27T22:21:39Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2024-03-27T22:21:39Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1843/66693 |
url |
http://hdl.handle.net/1843/66693 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFMG |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
FALE - FACULDADE DE LETRAS |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
instname_str |
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
instacron_str |
UFMG |
institution |
UFMG |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFMG |
collection |
Repositório Institucional da UFMG |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/66693/3/Uma%20forma%20colorida%20de%20falar_estudo%20sociolingu%c3%adstico%20do%20l%c3%a9xico%20gay%20em%20Belo%20Horizonte.pdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/66693/4/license.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
dbdbb5ff9b2be30ed6199a93a7cba437 cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1803589200371515392 |