Reconstituição da calha natural do reservatório da PCH Salto do Paraopeba

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vitor Lages do Vale
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-AV3KS2
Resumo: O trecho fluvial correspondente ao reservatório da PCH Salto Paraopeba, localizado no rio Paraopeba encontra-se assoreado desde o início dos anos 2000, sendo o foco do presente estudo realizar as avaliações de hidráulica fluvial para a determinação de sua geometriaprimitiva. Destaca-se, porém, que não existem dados da batimetria original deste reservatório; assim, para a determinação da geometria original foram realizadas simulações de transporte de sedimento com calibração a partir de dados coletados em campo. Foram realizadas simulações das vazões naturais afluentes ao reservatório em sua condição atual, sem a restrição hidráulica imposta pelo barramento de modo que fosse possível simular a erosão do reservatório até que a condição natural de escoamento seja estabelecida. Como premissa para definição da geometria primitiva foram aplicadas as equações deequilíbrio morfodinâmico de Julien, as quais auxiliaram na definição da declividade do trecho do reservatório a ser alcançada nas simulações. Além disto, assumiu-se a cota de fundo do barramento como sendo o limite para erosão do reservatório, condição imposta, pois os relatórios de Projeto indicam que o barramento foi implantado em rocha basáltica competente sobre trecho encachoeirado. Os resultados demonstram que no 36o ano de simulação o reservatório alcançou a cota 823,48,correspondente à cota de fundo original do reservatório na altura do barramento, indicando que neste passo de tempo alcançou-se o reservatório original. Com o intuito de verificar os resultados encontrados na simulação de erosão do reservatório foram realizadas simulações de assoreamento do reservatório a partir da geometria primitiva encontrada nas simulações apresentadas anteriormente. Nestas simulações foram recriadas as condições existentes em 1956.Os resultados indicam que em 62 anos, ou seja, em 2018 o assoreamento alcançaria geometria similar àquela encontrada na topobatimetria de 2013. O volume assoreado é de 3,92 Mm³, valor 3% inferior àquele encontrado para o volume encontrado para o assoreamento ocorrido entre 1956 (ano de construção da PCH) e 2013 (ano em que foi realizada a topobatimetria utilizada para as simulações)
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Foram realizadas simulações das vazões naturais afluentes ao reservatório em sua condição atual, sem a restrição hidráulica imposta pelo barramento de modo que fosse possível simular a erosão do reservatório até que a condição natural de escoamento seja estabelecida. Como premissa para definição da geometria primitiva foram aplicadas as equações deequilíbrio morfodinâmico de Julien, as quais auxiliaram na definição da declividade do trecho do reservatório a ser alcançada nas simulações. Além disto, assumiu-se a cota de fundo do barramento como sendo o limite para erosão do reservatório, condição imposta, pois os relatórios de Projeto indicam que o barramento foi implantado em rocha basáltica competente sobre trecho encachoeirado. Os resultados demonstram que no 36o ano de simulação o reservatório alcançou a cota 823,48,correspondente à cota de fundo original do reservatório na altura do barramento, indicando que neste passo de tempo alcançou-se o reservatório original. Com o intuito de verificar os resultados encontrados na simulação de erosão do reservatório foram realizadas simulações de assoreamento do reservatório a partir da geometria primitiva encontrada nas simulações apresentadas anteriormente. Nestas simulações foram recriadas as condições existentes em 1956.Os resultados indicam que em 62 anos, ou seja, em 2018 o assoreamento alcançaria geometria similar àquela encontrada na topobatimetria de 2013. O volume assoreado é de 3,92 Mm³, valor 3% inferior àquele encontrado para o volume encontrado para o assoreamento ocorrido entre 1956 (ano de construção da PCH) e 2013 (ano em que foi realizada a topobatimetria utilizada para as simulações)The Salto do Paraopeba power plant reservoir is silted since the early 2000s, being the focus of this study to determine its primitive geometry. It is noteworthy, however, that there is no data from the original bathymetry of this reservoir, thus to determine the original geometry sediment transport simulations were performed from calibration by data collected in the field. Simulations were develop with the reservoir in its present condition, but without the restriction imposed by the dam so it was possible to simulate the erosion of the reservoir until the natural flow condition is established. As a premise for defining the primitive geometry morphodynamic equilibrium equations created by Julien were used to help to find the slope of the stretch of the reservoir to be reached in the simulations. Moreover, it was assumed the elevation of the bottom do the dam as threshold for erosion of the reservoir, once reports indicate that the dam was implemented in competent basaltic rock on a steep slope stretch. The results show that after 36 years of simulation the reservoir reached the quota 823.48, corresponding to the original bottom of the dam, indicating that this step is achieved the original reservoir. In order to verify the results found in the simulation of reservoir erosion, silting of thereservoir simulations were performed from primitive geometry found in the simulations of erosion. In these simulations the existing conditions in 1956 were recreated. The results indicate that in 62 years, or 2018, the silting reach similar conditions to that found in 2013 bathymetry. The silted volume is 3.92 Mm³, value 3% lower than that found for the volume for sedimentation occurred between 1956 (year of construction of the power plant) and 2013 (the year when the bathymetry used for the simulations was made).Universidade Federal de Minas GeraisUFMGRecursos hídricos DesenvolvimentoReservatório SedimentaçãoEngenharia sanitáriaHidráulica Modelosmeio ambiente e recursos hídricosSaneamentoReconstituição da calha natural do reservatório da PCH Salto do Paraopebainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALreconstitui__o_da_calha_natural_do_reservat_rio_da_pch_salto_do_paraopeba_final____revis_o_2017.pdfapplication/pdf2860860https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-AV3KS2/1/reconstitui__o_da_calha_natural_do_reservat_rio_da_pch_salto_do_paraopeba_final____revis_o_2017.pdf49ad8776d9e59e99c57cb379b19446cbMD51TEXTreconstitui__o_da_calha_natural_do_reservat_rio_da_pch_salto_do_paraopeba_final____revis_o_2017.pdf.txtreconstitui__o_da_calha_natural_do_reservat_rio_da_pch_salto_do_paraopeba_final____revis_o_2017.pdf.txtExtracted texttext/plain121935https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-AV3KS2/2/reconstitui__o_da_calha_natural_do_reservat_rio_da_pch_salto_do_paraopeba_final____revis_o_2017.pdf.txt722e01f33cd0425a902569c08f94ed2eMD521843/BUOS-AV3KS22019-11-14 20:21:15.674oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-AV3KS2Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T23:21:15Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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