Doença hepática gordurosa não alcoólica: avaliação histopatológica em biopsias por agulha e concordânciainterobservador
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2007 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/ECJS-6Y5JXY |
Resumo: | A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) compreende espectro de lesões que vão desde a esteatose, esteatoepatite e cirrose até ao carcinoma hepatocelular, sendo a esteatoepatite não alcoólica (EENA) a forma progressiva da DHGNA. Suspeita-se de DHGNA se no exame clínico há hepatomegalia e/ou no ultra-som abdominal há acúmulo de lipídeos no fígado e/ou as aminotransferases são discreta (2 a 3 vezes o valor de referência) e persistentemente (duas ou mais ocasiões) elevadas em indivíduos sem qualquer causa que justifique estas alterações (exclusão de outras doenças hepáticas). Estes métodos propedêuticos apenas sugerem o diagnóstico. A biópsia hepática é padrão-ouro na avaliação da doença, sendo o único meio capaz de diferenciar EENA da esteatose como lesão única, graduar a inflamação e estadiar a fibrose. Neste trabalho analisam-se os achados histopatológicos de biópsias hepáticas e a concordância interobservador na avaliação histológica de casos com diagnósticoanátomo-patológico de esteatose ou esteatoepatite, com ou sem fibrose, sem menção de ingestão alcoólica na requisição do exame, valorizando-se os critérios mínimos para o diagnóstico de EENA. Setenta biopsias por agulha foram analisadas segundo Brunt et al (1999), com modificações. A forma discreta da EENA (grau 1) foi a mais comum e quando se detectou fibrose, o mais frequente foi o estágio 1. O componente determinante do grau da EENA foi a atividade inflamatória lobular. Existindo fibrose, intensidades crescentes de deposição decolágeno a partir da zona 3, com formação de septos, determinam o estágios 2 e 3. A concordância interobservador foi muito boa para esteatose macrovacuolar (KW=0,82), boa para inflamação lobular (KW= 0,68) e para fibrose (KW=0,73). A classificação de Brunt et al (1999), com as modificações introduzidas, pode ser usada não apenas para a EENA mas também para a DHGNA e representa método confiável a ser usado na prática diária dos patologistas, além de prestarse ao diagnóstico das formas brandas da EENA. |
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Virginia Hora Rios LeiteLUIZ ANTONIO RODRIGUES DE FREITASClaudia Alves CoutoCynthia Koeppel Berenstein2019-08-12T20:29:54Z2019-08-12T20:29:54Z2007-01-16http://hdl.handle.net/1843/ECJS-6Y5JXYA doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) compreende espectro de lesões que vão desde a esteatose, esteatoepatite e cirrose até ao carcinoma hepatocelular, sendo a esteatoepatite não alcoólica (EENA) a forma progressiva da DHGNA. Suspeita-se de DHGNA se no exame clínico há hepatomegalia e/ou no ultra-som abdominal há acúmulo de lipídeos no fígado e/ou as aminotransferases são discreta (2 a 3 vezes o valor de referência) e persistentemente (duas ou mais ocasiões) elevadas em indivíduos sem qualquer causa que justifique estas alterações (exclusão de outras doenças hepáticas). Estes métodos propedêuticos apenas sugerem o diagnóstico. A biópsia hepática é padrão-ouro na avaliação da doença, sendo o único meio capaz de diferenciar EENA da esteatose como lesão única, graduar a inflamação e estadiar a fibrose. Neste trabalho analisam-se os achados histopatológicos de biópsias hepáticas e a concordância interobservador na avaliação histológica de casos com diagnósticoanátomo-patológico de esteatose ou esteatoepatite, com ou sem fibrose, sem menção de ingestão alcoólica na requisição do exame, valorizando-se os critérios mínimos para o diagnóstico de EENA. Setenta biopsias por agulha foram analisadas segundo Brunt et al (1999), com modificações. A forma discreta da EENA (grau 1) foi a mais comum e quando se detectou fibrose, o mais frequente foi o estágio 1. O componente determinante do grau da EENA foi a atividade inflamatória lobular. Existindo fibrose, intensidades crescentes de deposição decolágeno a partir da zona 3, com formação de septos, determinam o estágios 2 e 3. A concordância interobservador foi muito boa para esteatose macrovacuolar (KW=0,82), boa para inflamação lobular (KW= 0,68) e para fibrose (KW=0,73). A classificação de Brunt et al (1999), com as modificações introduzidas, pode ser usada não apenas para a EENA mas também para a DHGNA e representa método confiável a ser usado na prática diária dos patologistas, além de prestarse ao diagnóstico das formas brandas da EENA.Nonalcoholic fatty liver disease (NAFLD) comprises a spectrum of lesions ranging from steatosis, steatohepatitis and cirrhosis to hepatocellular carcinoma, with nonalcoholic steatohepatitis (NASH) being the progressive form of NAFLD. NAFLD is suspected in the case of hepatomegaly upon clinical examination, fat accumulation in the liver on abdominal ultrasound and/or discrete (2 to 3 times the reference value) and persistently elevated (two or more occasions) aminotransferase levels in individuals presenting no other cause of these alterations (exclusion of other liver diseases). However, these work-up methodsonly suggest the diagnosis. Liver biopsy is the gold standard for the diagnosis of the disease and is the only method able to differentiate NASH from simple steatosis, to grade inflammation and to stage fibrosis. In the present study, we analyzed the histopathological findings of liver biopsies and interobserver agreement in the histological evaluation of cases with an histological diagnosis of steatosis or steatohepatitis, with or without fibrosis and with no history of alcohol abuse in the exam request, with emphasis on the establishment of minimal criteriafor the diagnosis of NASH. Seventy needle biopsies were analyzed according to Brunt et al (1999), with modifications. Discrete NASH (grade 1) was the most common form. If fibrosis was detected, stage 1 was the most frequent. Lobular inflammation determinated NASH´s grade. When fibrosis was present, increasing collagen deposition at zone 3, with septal formation, determinated stages 2 and 3. Interobserver agreement was very good for macrovesicular steatosis (KW = 0.82) and good for lobular inflammation (KW = 0,.68) and fibrosis (KW = 0.73). Theclassification of Brunt et al (1999), with the modifications introduced here, can be applied to the diagnosis not only of NASH but also of NAFLD, representing a reliable method for use in the daily practice of pathologists, besides diagnosing mild forms of NASH.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGInflamação/patologiaFígado gorduroso/classificaçãoFígado gorduroso/diagnósticoVariações dependentes do observadorBiópsia por agulhaFígado/patologiaHepatomegaliaFígado DoençasFígado gorduroso/patologiaReprodutibilidade dos testesEsteatoepatite não AlcoólicaFígadoDoença hepática gordurosa não alcoólicaEsteatoseDoença hepática gordurosa não alcoólica: avaliação histopatológica em biopsias por agulha e concordânciainterobservadorinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALcynthia_koeppel_berenstein.pdfapplication/pdf2334986https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECJS-6Y5JXY/1/cynthia_koeppel_berenstein.pdfa3270f666ff178b6d2fa4955ff5f7890MD51TEXTcynthia_koeppel_berenstein.pdf.txtcynthia_koeppel_berenstein.pdf.txtExtracted texttext/plain154776https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECJS-6Y5JXY/2/cynthia_koeppel_berenstein.pdf.txt31c3ca377a35f43486d94bf6ccc5b01fMD521843/ECJS-6Y5JXY2019-11-14 19:49:24.731oai:repositorio.ufmg.br:1843/ECJS-6Y5JXYRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T22:49:24Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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