Estudo sobre a anatomia, pH e digestão de proteínas no intestino de larvas de Lutzomyia longipalpis (Diptera: Psychodidae).

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vladimir Fazito do Vale
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/SAGF-8ACMCM
Resumo: O flebotomíneo Lutzomyia longipalpis é o principal vetor de Leishmania infantum, o agente etiológico da Leishmaniose Visceral Americana. Apesar da importância desta espécie em saúde pública, não existem na literatura descrições sobre a anatomia interna do tubo digestivo e pouco se sabe sobre os processos digestivos em larvas de flebotomíneos. Sendo assim, este trabalho teve o objetivo de descrever a anatomia do tubo digestivo, determinar o pH na luz intestinal e ainda investigar a digestão de proteínas em larvas de Lutzomyia longipalpis. O intestino médio constitui a maior parte do tubo digestivo e os cecos gástricos estão ausentes. Com o uso de corantes vitais indicadores de pH, foi observado um gradiente de pH, variando de > 9 no interior do intestino médio anterior a 6,5-7 no interior do intestino médio posterior. As endoproteases são secretadas no intestino médio anterior e são capazes de digerir azocaseína em diversos valores de pH, especialmente no pH 11. O uso de vários inibidores mostrou que as endoproteases digestivas são enzimas semelhantes à tripsina e à quimotripsina. Esse resultado foi confirmado com o uso dos substratos L-BApNA e N-CBZ-L-PpNA, específicos para tripsinas e quimotripsinas, respectivamente. Foram observadas 11 bandas (102 a 33 kDa) de atividade de endoproteases no gel de poliacrilamida contendo gelatina como substrato. As tripsinas encontradas no trato digestivo de larvas de L. longipalpis estão solúveis na luz intestinal. Aminopeptidases também foram estudadas com o uso de substratos sintéticos. Essas enzimas estão localizadas na porção posterior do intestino médio, ligadas ao epitélio e com pH ótimo entre 6,5 e 8. Estes resultados estão de acordo com a proposta de que as proteínas são digeridas até pequenos peptídeos dentro do espaço endoperitrófico no intestino médio anterior e estes peptídeos são digeridos em aminoácidos no espaço ectoperitrófico no intestino médio posterior.
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