Ideologia gerencialista em favor da dominação e do adoecimento mental do trabalhador

• Autor(a) principal: Cledinaldo Aparecido Dias
• Data de Publicação: 2019
• Outros Autores: Andreia Pereira Silva de Morais, Kever Bruno Paradelo Gomes
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/41792; https://orcid.org/0000-0002-7707-9664
• topic: Qualidade de vida no trabalho; Satisfação no trabalho; Saúde e trabalho; Saúde mental

Estudos sobre o mundo do trabalho e as articulações do homem em seu contexto perpassam, ao longo dos tempos, um vasto campo de perspectivas e olhares, implicando em uma diversidade de análises. Partindo de uma revisão de literatura, à luz dos estudos críticos organizacionais, este ensaio teórico tem como objetivo discutir os reflexos da ideologia gerencialista em favor da dominação e do adoecimento mental do trabalhador. No contexto da sociedade do consumo, marcada pelo neoliberalismo e pela selvageria do capitalismo, fazer carreira e ter sucesso assumem valores essenciais no universo subjetivo de muitos trabalhadores. Nessa oportunidade, a partir do fascínio e da sedução, explícitos no vínculo afetivo, na devoção ao trabalho, no reconhecimento pela via do trabalho, na canalização da energia libidinal e outros mecanismos de “gestão do afeto”, a ideologia gerencialista, que impera nas organizações, joga com a subjetividade e manipula o inconsciente do trabalhador, mobilizando os sentidos e reforçando as posições hegemônicas e a assimetria de poder. Os conflitos advindos da relação homem e trabalho se colocam no nível psicológico geradores de sofrimento psíquico, esgotamento e perturbações psicossomáticas.