Limiares de custo-efetividade e a precificação de medicamentos: aripiprazol para o tratamento da esquizofrenia no Brasil

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Autor(a) principal: Andre Soares Santos
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-BBAFQZ
Resumo: INTRODUÇÃO: Em análises de custo-efetividade, a razão de custo-efetividade incremental deve ser comparada a um limiar de custo-efetividade para possibilitar uma recomendação. Quando uma agência determina a adoção de um limiar de custo-efetividade específico, esperase uma postura estratégica dos produtores de tecnologia que determinam seus preços a partir desse limiar. OBJETIVO: Esse trabalho tem o objetivo de realizar uma avaliação de custoefetividade do aripiprazol comparado às tecnologias disponíveis no Sistema Único de Saúde para o tratamento da esquizofrenia no Brasil e determinar o preço máximo possível para a incorporação do aripiprazol sob uma abordagem para tecnologias substitutivas. MÉTODOS: Inicialmente foi realizada uma revisão sobre os métodos para determinação de limiares de custo-efetividade e exemplos de valores adotados ao redor do mundo. Em seguida foi realizada uma avaliação de custo-efetividade comparando o aripiprazol às tecnologias padronizadas no Sistema Único de Saúde para o tratamento de pacientes com esquizofrenia. Uma proposta de valor para o limiar foi explicada e aplicada à precificação do aripiprazol. RESULTADOS: Os limiares de custo-efetividade são usualmente calculados através de três abordagens diferentes: o método de disposição a pagar; o método da decisão precedente; e o método do custo de oportunidade. Em sistemas de saúde com orçamentos fixos, sugere-se que a melhor abordagem é a do custo de oportunidade, por incluir a limitação orçamentária. Na avaliação de custoefetividade, a olanzapina foi considerada custo-efetiva em qualquer definição já proposta para o limiar. O aripiprazol foi dominado absolutamente pela risperidona e estendidamente pela clorpromazina e olanzapina. O aripiprazol, mesmo com o preço do medicamento definido em zero, proporcionou valores mais altos de razão de custo-efetividade que os outros medicamentos não dominados [$8.303 vs. $7.985 (haloperidol), $7.320 (clorpromazina), $7.380 (risperidona) e $7.594 (olanzapina) BRL/AVAQ]. CONCLUSÃO: O aripiprazol foi dominado absolutamente e não existe preço viável que faça o aripiprazol recomendável para incorporação no Sistema Único de Saúde.
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MÉTODOS: Inicialmente foi realizada uma revisão sobre os métodos para determinação de limiares de custo-efetividade e exemplos de valores adotados ao redor do mundo. Em seguida foi realizada uma avaliação de custo-efetividade comparando o aripiprazol às tecnologias padronizadas no Sistema Único de Saúde para o tratamento de pacientes com esquizofrenia. Uma proposta de valor para o limiar foi explicada e aplicada à precificação do aripiprazol. RESULTADOS: Os limiares de custo-efetividade são usualmente calculados através de três abordagens diferentes: o método de disposição a pagar; o método da decisão precedente; e o método do custo de oportunidade. Em sistemas de saúde com orçamentos fixos, sugere-se que a melhor abordagem é a do custo de oportunidade, por incluir a limitação orçamentária. Na avaliação de custoefetividade, a olanzapina foi considerada custo-efetiva em qualquer definição já proposta para o limiar. O aripiprazol foi dominado absolutamente pela risperidona e estendidamente pela clorpromazina e olanzapina. O aripiprazol, mesmo com o preço do medicamento definido em zero, proporcionou valores mais altos de razão de custo-efetividade que os outros medicamentos não dominados [$8.303 vs. $7.985 (haloperidol), $7.320 (clorpromazina), $7.380 (risperidona) e $7.594 (olanzapina) BRL/AVAQ]. CONCLUSÃO: O aripiprazol foi dominado absolutamente e não existe preço viável que faça o aripiprazol recomendável para incorporação no Sistema Único de Saúde.INTRODUCTION: For a new technology to be recommended based on cost-effectiveness analysis, the incremental cost-effectiveness ratio must be compared to a cost-effectiveness threshold value that should represent the highest acceptable value for an extra unit of benefit. When an agency determines the adoption of a specific cost-effectiveness threshold, a strategic behavior is expected from technology producers that determine their prices according to that threshold. OBJECTIVE: This study aims to evaluate the cost-effectiveness of aripiprazole for the treatment of schizophrenia compared to the technologies available in the public health system in Brazil and to determine the maximum possible price for its incorporation under a substitutive technology approach. METHODS: Initially, a review was performed on the methods for determining cost-effectiveness thresholds and examples of values adopted around the world. Then, a cost-effectiveness evaluation was performed comparing aripiprazole to the listed technologies in the Brazilian public health system for the treatment of schizophrenia. A value proposition for the threshold was explained and applied to the pricing of aripiprazole. RESULTS: Cost-effectiveness thresholds are usually calculated through three different approaches: the willingness to pay method; the precedent method; and the opportunity costs method. Each of these methods provides a different value for the threshold. In health systems with fixed budgets, it is suggested that the best approach is that of opportunity costs. In the costeffectiveness analysis, olanzapine was considered cost-effective in any definition already proposed for LCE. Aripiprazole was completely dominated by risperidone and extendedly dominated by chlorpromazine and olanzapine. Aripiprazole, even with the drug price set at zero, provided higher cost-effectiveness ratios than the other non-dominated drugs [$ 8,303 vs. $ 7,985 (haloperidol), $ 7,320 (chlorpromazine), $ 7,380 (risperidone) and $ 7,594 (olanzapine) BRL/AVAQ]. CONCLUSION: Aripiprazole was absolutely dominated and there is no viable price that makes it recommended for incorporation into the Brazilian public health system.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGFarmacoeconomiaAvaliação da tecnologia biomédicaEconomia da saúdeEsquizofreniaAnálise custo-benefícioEconomia médicaCustos de medicamentosCustos e análise de custoLiteratura de revisão como assuntoMedicamentos Custo-benefícioFarmacoeconomiaEconomia MédicaEsquizofreniaCustos e Análise de CustoEconomia da SaúdeAnálise Custo-BenefícioAvaliação da Tecnologia BiomédicaLiteratura de Revisão como AssuntoPreço de MedicamentoLimiares de custo-efetividade e a precificação de medicamentos: aripiprazol para o tratamento da esquizofrenia no Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALtese_andre_soares_santos_20190113.pdfapplication/pdf1902875https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-BBAFQZ/1/tese_andre_soares_santos_20190113.pdf8540e4cf75bb03a2542d76b71b7682efMD51TEXTtese_andre_soares_santos_20190113.pdf.txttese_andre_soares_santos_20190113.pdf.txtExtracted texttext/plain281242https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-BBAFQZ/2/tese_andre_soares_santos_20190113.pdf.txtc181f8ff77fb6e0cce062ae8ce396f6bMD521843/BUOS-BBAFQZ2019-11-14 10:09:01.745oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-BBAFQZRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T13:09:01Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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