Gastos com Antipsicóticos Atípicos, serviços ambulatoriais e hospitalares no tratamento da Esquizofrenia: Uma coorte de onze anos no Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Wallace Breno Barbosa
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-AT3KU8
Resumo: Introdução: A esquizofrenia é um transtorno mental grave, crônico e debilitante. O tratamento da esquizofrenia é constituído, principalmente, da utilização de antipsicóticos e de terapias psicossociais. No Brasil, têm sido estimuladas práticas terapêuticas voltadas para a inclusão do paciente junto à comunidade e a sua desinstitucionalização. A estratégia visa substituir progressivamente a assistência no hospital psiquiátrico por outras alternativas e serviços no âmbito hospitalar, como as unidades psiquiátricas em hospital geral, e ambulatorial, como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e os Serviços de Residências Terapêuticas (RT). O Sistema Único de Saúde (SUS) fornece, além do tratamento hospitalar e ambulatorial, antipsicóticos típicos, ou de primeira geração (APG), e os antipsicóticos atípicos, ou de segunda geração (ASG). Estes são tratados como medicamentos especializados e dispensados para os pacientes após análise do cumprimento de requisitos contidos no protocolo clínico nacional específico. Objetivo: Descrever os gastos decorrentes da utilização de antipsicóticos atípicos e serviços ambulatoriais e hospitalares, por pacientes diagnosticados com esquizofrenia e atendidos pelo SUS, no Brasil, provenientes de uma coorte de janeiro de 2000 a dezembro de 2010. Métodos: Coorte nacional com base nos dados do Sistema de Informação Ambulatorial e do Sistema de Informação Hospitalar do SUS. Os gastos foram estratificados por procedimentos e categorias de procedimento. Posteriormente, calculamos o gasto mediano por categorias de procedimento, agrupamos segundo o antipsicótico atípico utilizado pelo paciente na entrada da coorte, considerando a intenção de tratar, e apresentamos estes gastos no período e por ano de acompanhamento. Resultados: Incluímos 241.079 pacientes, 50,3% do sexo masculino, idade média 45 anos; 66,1% residiam no sudeste e 1,7% no norte do Brasil; 19,1% dos pacientes começaram o tratamento em 2010 e 2,8% em 2000; 82,8% dos pacientes permaneceram com o medicamento de entrada na coorte; 40,7% dos pacientes utilizaram olanzapina, seguido por risperidona (40,5%), quetiapina (20,8%), ziprasidona (11,5%) e clozapina (7,2%). O gasto total da coorte foi R$ 1.987.509.756,62; sendo que 82,9% dos gastos foram com medicamentos, 9,8% com hospitalizações e 7,3% com procedimentos ambulatoriais. Os antipsicóticos atípicos representaram 77,7% dos gastos (mediana de R$ 874,29), as hospitalizações psiquiátricas (6,6% e R$ 1.815,20) e o acompanhamento psiquiátrico ambulatorial (5,6% e R$ 513,01). A maior proporção dos gastos com medicamentos foi observada com olanzapina (56,3%). O acompanhamento psiquiátrico representou 74,9% dos gastos ambulatoriais e o tratamento em psiquiatria 66,9% dos gastos hospitalares. Os gastos medianos com antipsicóticos e hospitalizações psiquiátricas cresceram durante os anos de acompanhamento do estudo, ao contrário do observado no acompanhamento psiquiátrico ambulatorial. O gasto mediano da olanzapina como medicamento de entrada na coorte foi de R$ 1.820,45, ziprasidona (R$ 1.601,35), clozapina (R$ 1.355,06), quetiapina (R$ 1.040,09) e risperidona (R$ 49,42). Os pacientes que utilizaram clozapina na entrada apresentaram maior mediana de gastos com hospitalizações psiquiátricas (R$ 2.553,43) e com acompanhamento psiquiátrico ambulatorial (R$ 626,60). Conclusão: Os antipsicóticos foram responsáveis pela maioria dos gastos no período. A olanzapina foi a mais utilizada, apresentando o maior gasto total e o maior gasto mediano dentre os antipsicóticos. As hospitalizações psiquiátricas responderam pelo maior gasto mediano e menor percentual de pacientes utilizando estes serviços, já o acompanhamento psiquiátrico ambulatorial obteve o menor gasto mediano. Os resultados deste estudo são relevantes e imprimem ao SUS a necessidade de otimizar os seus gastos, estimulando o uso racional dos antipsicóticos e maior utilização dos serviços psiquiátricos ambulatoriais
id UFMG_00e8e7235395ffc181bd7c6a2065ed97
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-AT3KU8
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Augusto Afonso Guerra JuniorWallace Breno Barbosa2019-08-12T07:01:29Z2019-08-12T07:01:29Z2015-11-13http://hdl.handle.net/1843/BUOS-AT3KU8Introdução: A esquizofrenia é um transtorno mental grave, crônico e debilitante. O tratamento da esquizofrenia é constituído, principalmente, da utilização de antipsicóticos e de terapias psicossociais. No Brasil, têm sido estimuladas práticas terapêuticas voltadas para a inclusão do paciente junto à comunidade e a sua desinstitucionalização. A estratégia visa substituir progressivamente a assistência no hospital psiquiátrico por outras alternativas e serviços no âmbito hospitalar, como as unidades psiquiátricas em hospital geral, e ambulatorial, como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e os Serviços de Residências Terapêuticas (RT). O Sistema Único de Saúde (SUS) fornece, além do tratamento hospitalar e ambulatorial, antipsicóticos típicos, ou de primeira geração (APG), e os antipsicóticos atípicos, ou de segunda geração (ASG). Estes são tratados como medicamentos especializados e dispensados para os pacientes após análise do cumprimento de requisitos contidos no protocolo clínico nacional específico. Objetivo: Descrever os gastos decorrentes da utilização de antipsicóticos atípicos e serviços ambulatoriais e hospitalares, por pacientes diagnosticados com esquizofrenia e atendidos pelo SUS, no Brasil, provenientes de uma coorte de janeiro de 2000 a dezembro de 2010. Métodos: Coorte nacional com base nos dados do Sistema de Informação Ambulatorial e do Sistema de Informação Hospitalar do SUS. Os gastos foram estratificados por procedimentos e categorias de procedimento. Posteriormente, calculamos o gasto mediano por categorias de procedimento, agrupamos segundo o antipsicótico atípico utilizado pelo paciente na entrada da coorte, considerando a intenção de tratar, e apresentamos estes gastos no período e por ano de acompanhamento. Resultados: Incluímos 241.079 pacientes, 50,3% do sexo masculino, idade média 45 anos; 66,1% residiam no sudeste e 1,7% no norte do Brasil; 19,1% dos pacientes começaram o tratamento em 2010 e 2,8% em 2000; 82,8% dos pacientes permaneceram com o medicamento de entrada na coorte; 40,7% dos pacientes utilizaram olanzapina, seguido por risperidona (40,5%), quetiapina (20,8%), ziprasidona (11,5%) e clozapina (7,2%). O gasto total da coorte foi R$ 1.987.509.756,62; sendo que 82,9% dos gastos foram com medicamentos, 9,8% com hospitalizações e 7,3% com procedimentos ambulatoriais. Os antipsicóticos atípicos representaram 77,7% dos gastos (mediana de R$ 874,29), as hospitalizações psiquiátricas (6,6% e R$ 1.815,20) e o acompanhamento psiquiátrico ambulatorial (5,6% e R$ 513,01). A maior proporção dos gastos com medicamentos foi observada com olanzapina (56,3%). O acompanhamento psiquiátrico representou 74,9% dos gastos ambulatoriais e o tratamento em psiquiatria 66,9% dos gastos hospitalares. Os gastos medianos com antipsicóticos e hospitalizações psiquiátricas cresceram durante os anos de acompanhamento do estudo, ao contrário do observado no acompanhamento psiquiátrico ambulatorial. O gasto mediano da olanzapina como medicamento de entrada na coorte foi de R$ 1.820,45, ziprasidona (R$ 1.601,35), clozapina (R$ 1.355,06), quetiapina (R$ 1.040,09) e risperidona (R$ 49,42). Os pacientes que utilizaram clozapina na entrada apresentaram maior mediana de gastos com hospitalizações psiquiátricas (R$ 2.553,43) e com acompanhamento psiquiátrico ambulatorial (R$ 626,60). Conclusão: Os antipsicóticos foram responsáveis pela maioria dos gastos no período. A olanzapina foi a mais utilizada, apresentando o maior gasto total e o maior gasto mediano dentre os antipsicóticos. As hospitalizações psiquiátricas responderam pelo maior gasto mediano e menor percentual de pacientes utilizando estes serviços, já o acompanhamento psiquiátrico ambulatorial obteve o menor gasto mediano. Os resultados deste estudo são relevantes e imprimem ao SUS a necessidade de otimizar os seus gastos, estimulando o uso racional dos antipsicóticos e maior utilização dos serviços psiquiátricos ambulatoriaisIntroduction: Schizophrenia is a serious, chronic and debilitating mental disorder. Treatment of schizophrenia consists primarily of using antipsychotics and psychosocial therapies. In Brazil, they have been stimulated therapeutic practices aimed at the inclusion of the patient in the community and its institutionalization. The strategy is progressively take over care at the psychiatric hospital for other alternatives and services in hospitals, such as psychiatric units in general hospitals, and outpatient care, as the Centers for Psychosocial Care (CAPS) and the Therapeutic Residences Services (RT). The Brazilian Public Health System (SUS) provides, in addition to hospital and outpatient treatment, typical antipsychotics, or first-generation (FGA), and atypical antipsychotics, or second generation (SGA). The ASG are treated as specialized medicines and dispensed to patients after analysis of compliance with requirements contained in the specific national clinical protocol. Objective: To describe the costs with the use of atypical antipsychotics and outpatient and hospital services for patients diagnosed with schizophrenia and attended by SUS, in Brazil, from a cohort from January 2000 to December 2010. Methods: National Cohort based on data from the SUS Outpatient Information System and Hospital Information System. Spending was stratified by procedures and categories of procedures. Subsequently, we calculate the median spending by categories of procedures, grouped according to the atypical antipsychotic used by the patient in the cohort entry, considering the intention to treat, and present these spending in the period and year of follow-up. Results: We included 241,079 patients, 50.3% male, mean age 45 years; 66.1% lived in the southeast and 1.7% in northern Brazil; 19.1% of patients started treatment in 2010 and 2.8% in 2000; 82.8% of patients remained with the input medicament in the cohort; 40.7% of patients used olanzapine, risperidone (40.5%), quetiapine (20.8%), and ziprasidone (11.5%) and clozapine (7.2%).The total cohort spent was BRL 1,987,509,756.62; whereas 82.9% of spending was with drugs, 9.8% with hospitalizations and to 7.3% with outpatient procedures. Atypical antipsychotics accounted for 77.7% of spending (median of BRL 874.29), psychiatric hospitalizations (6.6% to BRL 1,815.20) and outpatient psychiatric care (5.6% to BRL 513.01). The largest proportion of spending on drugs was observed with olanzapine (56.3%). The psychiatric care accounted for 74.9% of outpatient expenditures and treatment in psychiatry 66.9% of hospital expenses. The median spending antipsychotics and psychiatric hospitalization increased during the study period, on the other hand spending on outpatient psychiatric monitoring reduced. The median cost of olanzapine as an entry product in the cohort was BRL 1,820.45, ziprasidone (BRL 1,601.35), clozapine (BRL 1,355.06), quetiapine (BRL 1,040.09) and risperidone (BRL 49.42). Patients who used clozapine at the entrance had higher median spending on psychiatric hospitalizations (BRL 2,553.43) and outpatient psychiatric care (BRL 626.60). Conclusion: Antipsychotic were responsible for most of the expenses in the period. Olanzapine was the most used, with the highest total expenditure and the biggest median spending among antipsychotics. Psychiatric hospitalizations account for higher median spending and lower percentage of patients using these services, already outpatient psychiatric care had the lowest median spending. The results of this study are relevant and print the SUS the need to optimize their spending, encouraging the rational use of antipsychotics and increased use of outpatient psychiatric services.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGPsicosesFarmacoeconomiaEsquizofreniaAntipsicóticosSistema Único de Saúde (Brasil)Medicamentos Custo-benefícioEsquizofreniaAntipsicóticos atípicosgastos com esquizofreniaSistema único de saúdeGastos com Antipsicóticos Atípicos, serviços ambulatoriais e hospitalares no tratamento da Esquizofrenia: Uma coorte de onze anos no Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINAL35._wallace_breno_barbosa.pdfapplication/pdf2574251https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-AT3KU8/1/35._wallace_breno_barbosa.pdf4ac99b499176b4251b1a8740705645bfMD51TEXT35._wallace_breno_barbosa.pdf.txt35._wallace_breno_barbosa.pdf.txtExtracted texttext/plain198829https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-AT3KU8/2/35._wallace_breno_barbosa.pdf.txtd73e6bf9aefee792659b7448bb27a0ccMD521843/BUOS-AT3KU82019-11-14 11:15:39.24oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-AT3KU8Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T14:15:39Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Gastos com Antipsicóticos Atípicos, serviços ambulatoriais e hospitalares no tratamento da Esquizofrenia: Uma coorte de onze anos no Brasil
title Gastos com Antipsicóticos Atípicos, serviços ambulatoriais e hospitalares no tratamento da Esquizofrenia: Uma coorte de onze anos no Brasil
spellingShingle Gastos com Antipsicóticos Atípicos, serviços ambulatoriais e hospitalares no tratamento da Esquizofrenia: Uma coorte de onze anos no Brasil
Wallace Breno Barbosa
Esquizofrenia
Antipsicóticos atípicos
gastos com esquizofrenia
Sistema único de saúde
Psicoses
Farmacoeconomia
Esquizofrenia
Antipsicóticos
Sistema Único de Saúde (Brasil)
Medicamentos Custo-benefício
title_short Gastos com Antipsicóticos Atípicos, serviços ambulatoriais e hospitalares no tratamento da Esquizofrenia: Uma coorte de onze anos no Brasil
title_full Gastos com Antipsicóticos Atípicos, serviços ambulatoriais e hospitalares no tratamento da Esquizofrenia: Uma coorte de onze anos no Brasil
title_fullStr Gastos com Antipsicóticos Atípicos, serviços ambulatoriais e hospitalares no tratamento da Esquizofrenia: Uma coorte de onze anos no Brasil
title_full_unstemmed Gastos com Antipsicóticos Atípicos, serviços ambulatoriais e hospitalares no tratamento da Esquizofrenia: Uma coorte de onze anos no Brasil
title_sort Gastos com Antipsicóticos Atípicos, serviços ambulatoriais e hospitalares no tratamento da Esquizofrenia: Uma coorte de onze anos no Brasil
author Wallace Breno Barbosa
author_facet Wallace Breno Barbosa
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Augusto Afonso Guerra Junior
dc.contributor.author.fl_str_mv Wallace Breno Barbosa
contributor_str_mv Augusto Afonso Guerra Junior
dc.subject.por.fl_str_mv Esquizofrenia
Antipsicóticos atípicos
gastos com esquizofrenia
Sistema único de saúde
topic Esquizofrenia
Antipsicóticos atípicos
gastos com esquizofrenia
Sistema único de saúde
Psicoses
Farmacoeconomia
Esquizofrenia
Antipsicóticos
Sistema Único de Saúde (Brasil)
Medicamentos Custo-benefício
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Psicoses
Farmacoeconomia
Esquizofrenia
Antipsicóticos
Sistema Único de Saúde (Brasil)
Medicamentos Custo-benefício
description Introdução: A esquizofrenia é um transtorno mental grave, crônico e debilitante. O tratamento da esquizofrenia é constituído, principalmente, da utilização de antipsicóticos e de terapias psicossociais. No Brasil, têm sido estimuladas práticas terapêuticas voltadas para a inclusão do paciente junto à comunidade e a sua desinstitucionalização. A estratégia visa substituir progressivamente a assistência no hospital psiquiátrico por outras alternativas e serviços no âmbito hospitalar, como as unidades psiquiátricas em hospital geral, e ambulatorial, como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e os Serviços de Residências Terapêuticas (RT). O Sistema Único de Saúde (SUS) fornece, além do tratamento hospitalar e ambulatorial, antipsicóticos típicos, ou de primeira geração (APG), e os antipsicóticos atípicos, ou de segunda geração (ASG). Estes são tratados como medicamentos especializados e dispensados para os pacientes após análise do cumprimento de requisitos contidos no protocolo clínico nacional específico. Objetivo: Descrever os gastos decorrentes da utilização de antipsicóticos atípicos e serviços ambulatoriais e hospitalares, por pacientes diagnosticados com esquizofrenia e atendidos pelo SUS, no Brasil, provenientes de uma coorte de janeiro de 2000 a dezembro de 2010. Métodos: Coorte nacional com base nos dados do Sistema de Informação Ambulatorial e do Sistema de Informação Hospitalar do SUS. Os gastos foram estratificados por procedimentos e categorias de procedimento. Posteriormente, calculamos o gasto mediano por categorias de procedimento, agrupamos segundo o antipsicótico atípico utilizado pelo paciente na entrada da coorte, considerando a intenção de tratar, e apresentamos estes gastos no período e por ano de acompanhamento. Resultados: Incluímos 241.079 pacientes, 50,3% do sexo masculino, idade média 45 anos; 66,1% residiam no sudeste e 1,7% no norte do Brasil; 19,1% dos pacientes começaram o tratamento em 2010 e 2,8% em 2000; 82,8% dos pacientes permaneceram com o medicamento de entrada na coorte; 40,7% dos pacientes utilizaram olanzapina, seguido por risperidona (40,5%), quetiapina (20,8%), ziprasidona (11,5%) e clozapina (7,2%). O gasto total da coorte foi R$ 1.987.509.756,62; sendo que 82,9% dos gastos foram com medicamentos, 9,8% com hospitalizações e 7,3% com procedimentos ambulatoriais. Os antipsicóticos atípicos representaram 77,7% dos gastos (mediana de R$ 874,29), as hospitalizações psiquiátricas (6,6% e R$ 1.815,20) e o acompanhamento psiquiátrico ambulatorial (5,6% e R$ 513,01). A maior proporção dos gastos com medicamentos foi observada com olanzapina (56,3%). O acompanhamento psiquiátrico representou 74,9% dos gastos ambulatoriais e o tratamento em psiquiatria 66,9% dos gastos hospitalares. Os gastos medianos com antipsicóticos e hospitalizações psiquiátricas cresceram durante os anos de acompanhamento do estudo, ao contrário do observado no acompanhamento psiquiátrico ambulatorial. O gasto mediano da olanzapina como medicamento de entrada na coorte foi de R$ 1.820,45, ziprasidona (R$ 1.601,35), clozapina (R$ 1.355,06), quetiapina (R$ 1.040,09) e risperidona (R$ 49,42). Os pacientes que utilizaram clozapina na entrada apresentaram maior mediana de gastos com hospitalizações psiquiátricas (R$ 2.553,43) e com acompanhamento psiquiátrico ambulatorial (R$ 626,60). Conclusão: Os antipsicóticos foram responsáveis pela maioria dos gastos no período. A olanzapina foi a mais utilizada, apresentando o maior gasto total e o maior gasto mediano dentre os antipsicóticos. As hospitalizações psiquiátricas responderam pelo maior gasto mediano e menor percentual de pacientes utilizando estes serviços, já o acompanhamento psiquiátrico ambulatorial obteve o menor gasto mediano. Os resultados deste estudo são relevantes e imprimem ao SUS a necessidade de otimizar os seus gastos, estimulando o uso racional dos antipsicóticos e maior utilização dos serviços psiquiátricos ambulatoriais
publishDate 2015
dc.date.issued.fl_str_mv 2015-11-13
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-08-12T07:01:29Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-08-12T07:01:29Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/BUOS-AT3KU8
url http://hdl.handle.net/1843/BUOS-AT3KU8
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-AT3KU8/1/35._wallace_breno_barbosa.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-AT3KU8/2/35._wallace_breno_barbosa.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 4ac99b499176b4251b1a8740705645bf
d73e6bf9aefee792659b7448bb27a0cc
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801676941319733248