Qualidade de vida em indivíduos iniciando a terapia antirretroviral: um estudo de coorte

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gabriela Sales Pimentel
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Maria Das Graças Braga Ceccato, Juliana de Oliveira Costa, Jullye Campos Mendes, Palmira de Fátima Bonolo, Micheline Rosa Silveira
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: https://doi.org/10.11606/s1518-8787.2020054001920
http://hdl.handle.net/1843/59156
https://orcid.org/0000-0001-9396-1617
https://orcid.org/0000-0002-4340-0659
https://orcid.org/0000-0002-8355-023X
https://orcid.org/0000-0003-3505-4626
https://orcid.org/0000-0003-2744-7139
https://orcid.org/0000-0001-7002-4428
Resumo: OBJETIVO: Avaliar longitudinalmente a alteração da qualidade de vida em pessoas que vivem com HIV iniciando a terapia antirretroviral, atendidas em três serviços públicos de referência na assistência especializada ao HIV em Belo Horizonte. MÉTODOS: Estudo de coorte prospectivo, com o acompanhamento de pessoas que vivem com HIV, com 18 anos de idade ou mais, e iniciando terapia antirretroviral. Dados sociodemográficos, comportamentais, clínicos, relacionados ao tratamento farmacológico e ao serviço foram obtidos por entrevistas, complementados com informações dos prontuários clínicos e dos sistemas de informação do Programa Brasileiro de HIV/AIDS. A qualidade de vida foi avaliada utilizando o instrumento WHOQOLHIV-bref, por meio de entrevista face a face, com intervalo mínimo de seis meses entre as entrevistas. A alteração média na qualidade de vida entre as duas entrevistas foi avaliada utilizando o teste t pareado. Os fatores associados foram avaliados por meio de regressão linear múltipla. RESULTADOS: A qualidade de vida global, assim como a qualidade de vida nos domínios físico, psicológico, nível de independência, ambiente e espiritual foram estatisticamente melhores em pessoas que vivem com HIV usando terapia antirretroviral no final do tempo de acompanhamento. Fatores independentemente associados ao incremento na qualidade de vida foram possuir crença religiosa e morar com outras pessoas. Enquanto ter sinais ou sintomas de ansiedade e depressão e o número de reações adversas a medicamentos reportadas foram preditores associados à piora da qualidade de vida. CONCLUSÕES: Os resultados evidenciam melhora na qualidade de vida em pessoas vivendo com HIV iniciando a terapia antirretroviral ao longo do tempo. Evidenciam ainda a necessidade de se acompanhar e prover cuidados de saúde, em especial para indivíduos com sinais e sintomas de ansiedade e depressão e que relatam reações adversas a medicamentos no início do tratamento.
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Dados sociodemográficos, comportamentais, clínicos, relacionados ao tratamento farmacológico e ao serviço foram obtidos por entrevistas, complementados com informações dos prontuários clínicos e dos sistemas de informação do Programa Brasileiro de HIV/AIDS. A qualidade de vida foi avaliada utilizando o instrumento WHOQOLHIV-bref, por meio de entrevista face a face, com intervalo mínimo de seis meses entre as entrevistas. A alteração média na qualidade de vida entre as duas entrevistas foi avaliada utilizando o teste t pareado. Os fatores associados foram avaliados por meio de regressão linear múltipla. RESULTADOS: A qualidade de vida global, assim como a qualidade de vida nos domínios físico, psicológico, nível de independência, ambiente e espiritual foram estatisticamente melhores em pessoas que vivem com HIV usando terapia antirretroviral no final do tempo de acompanhamento. Fatores independentemente associados ao incremento na qualidade de vida foram possuir crença religiosa e morar com outras pessoas. Enquanto ter sinais ou sintomas de ansiedade e depressão e o número de reações adversas a medicamentos reportadas foram preditores associados à piora da qualidade de vida. CONCLUSÕES: Os resultados evidenciam melhora na qualidade de vida em pessoas vivendo com HIV iniciando a terapia antirretroviral ao longo do tempo. Evidenciam ainda a necessidade de se acompanhar e prover cuidados de saúde, em especial para indivíduos com sinais e sintomas de ansiedade e depressão e que relatam reações adversas a medicamentos no início do tratamento.OBJECTIVE: To assess longitudinally the change in quality of life in people living with HIV initiating antiretroviral therapy in three public reference services specialized in HIV care in Belo Horizonte, Brazil. METHODS: Prospective cohort study among people living with HIV, aged 18 years or older, and initiating antiretroviral therapy. We obtained sociodemographic, behavioral, clinical data related to pharmacological treatment and to the service by face-to-face interviews, and supplemented these data with information from clinical records and Information Systems of the Brazilian HIV/AIDS Program. We measured the quality of life using the WHOQOL-HIV bref instrument, with a minimum interval of six months between the baseline and the follow-up interviews. We used paired t-test to assess the mean change in quality of life between the two interviewsand evaluated factors associated with this outcome using multiple linear regression. RESULTS: The overall quality of life, as well as the physical, psychological, level of independence, environment and spiritual quality of life domains were statistically higher in people living with HIV using antiretroviral therapy at the end of the follow-up. Factors independently associated with the increase in quality of life were having religious belief and living with other people. Having signs or symptoms of anxiety and depression and the number of adverse drug reactions reported were predictors associated with worsening quality of life. CONCLUSIONS: These results show an improvement in the quality of life over time in people living with HIV on antiretroviral therapy. They also highlight the need to monitor and provide health care support, especially for individuals with signs and symptoms of anxiety and depression and that report adverse reactions to medicines at the beginning of treatment.FAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas GeraisCAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisUFMGBrasilFAR - DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA SOCIALRevista de Saúde PúblicaFármacos anti-HIVTerapia antirretroviral de alta atividadeQualidade de vidaEstudos de coortesFármacos anti-HIVTerapia antirretroviral de alta atividadeQualidade de vidaWHOQOLHIV-brefEstudos de coortesQualidade de vida em indivíduos iniciando a terapia antirretroviral: um estudo de coorteQuality of life in individuals initiating antiretroviral therapy: a cohort studyinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/180883Gabriela Sales PimentelMaria Das Graças Braga CeccatoJuliana de Oliveira CostaJullye Campos MendesPalmira de Fátima BonoloMicheline Rosa Silveiraapplication/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGLICENSELicense.txtLicense.txttext/plain; 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