Análise da eficiência de hospitais universitários sob a gestão da empresa brasileira de serviços hospitalares (EBSERH).

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Felipe Joaquim Ribeiro Guedes
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/FACE-BEDSHP
Resumo: O presente trabalho apresenta os resultados de uma pesquisa que visou avaliar a eficiência de 31 Hospitais Universitários Gerais no Brasil sob a gestão da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) e visou determinar com base em indicadores de avaliação de desempenho de hospitais os fatores que mais influenciaram a eficiência das organizações no ano de 2016. A pesquisa caracterizou-se como um estudo exploratório e de caráter quantitativo e utilizou a ferramenta não paramétrica da Análise Envoltória de Dados (DEA) modelo com Retornos Variáveis de Escala (VRS do Inglês Variable Return Scale) e com orientação para a maximização dos resultados dos hospitais universitários analisados. O modelo DEA-VRS foi utilizado dado a sua capacidade de analisar a eficiência de unidades com porte e produção distintos, ou seja, que atuam com retornos variáveis de escala. Com base nos estudos realizados sobre a análise de desempenho de hospitais foram identificados em um primeiro momento 62 indicadores operacionais que após a realização de um processo de seleção dos indicadores que compuseram o modelo DEA resultaram em 7 (sete) indicadores finais, sendo destes 4 (quatro) com características de Inputs e 3 (três) com características de Output. Os indicadores de Input utilizados foram: Número de Leitos SUS (incluindo leitos dos tipos cirúrgico, clínico e complementar e excluindo leitos especializados), Taxa média de Permanência dos pacientes em dias; relação FTE/LO que representa o número de funcionários em relação ao número de leitos ocupados, e um Índice que avaliou a complexidade dos hospitais, dado pela relação entre a Receita Hospitalar e a Receita Total (soma da Receita Hospitalar mais Receita Ambulatorial). Dado que os procedimentos hospitalares agregam maior complexidade que os ambulatoriais, aquelas unidades que apresentaram maior proporção de Receitas Hospitalares em relação a Receita Total apresentaram maiores Índices de Complexidade. Os indicadores de Output foram a Receita Total (Sistema Único de Saúde), a Taxa de mortalidade e Número de procedimentos realizados. Os resultados indicaram 17 unidades eficientes da amostra de 31 hospitais analisados. Os hospitais eficientes apresentaram em média, maiores números de leitos, menor relação FTE/LO e menores TMP, maior complexidade, maior número de procedimentos e de receitas e uma TM um pouco acima da média dos hospitais ineficientes, sendo esta ponderada pela maior complexidade dos procedimentos realizados. Foi denotado também no estudo, que a eficiência está positivamente correlacionada ao porte do hospital, assim, hospitais de grande porte foram mais eficientes para o estudo em questão. Foi identificada também uma correlação inversa entre a eficiência e a Taxa média de permanência dos pacientes, indicando que maiores TMP resultam em menores eficiências. Além disso, a pesquisa avaliou que os indicadores que mais exerceram influência na eficiência dos hospitais geridos pela EBSERH foram: o indicador de funcionários por leito (FTE/LO), a Taxa Média de Permanência (TMP), o Índice de Complexidade (IC), e a Taxa de Mortalidade.
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O modelo DEA-VRS foi utilizado dado a sua capacidade de analisar a eficiência de unidades com porte e produção distintos, ou seja, que atuam com retornos variáveis de escala. Com base nos estudos realizados sobre a análise de desempenho de hospitais foram identificados em um primeiro momento 62 indicadores operacionais que após a realização de um processo de seleção dos indicadores que compuseram o modelo DEA resultaram em 7 (sete) indicadores finais, sendo destes 4 (quatro) com características de Inputs e 3 (três) com características de Output. Os indicadores de Input utilizados foram: Número de Leitos SUS (incluindo leitos dos tipos cirúrgico, clínico e complementar e excluindo leitos especializados), Taxa média de Permanência dos pacientes em dias; relação FTE/LO que representa o número de funcionários em relação ao número de leitos ocupados, e um Índice que avaliou a complexidade dos hospitais, dado pela relação entre a Receita Hospitalar e a Receita Total (soma da Receita Hospitalar mais Receita Ambulatorial). Dado que os procedimentos hospitalares agregam maior complexidade que os ambulatoriais, aquelas unidades que apresentaram maior proporção de Receitas Hospitalares em relação a Receita Total apresentaram maiores Índices de Complexidade. Os indicadores de Output foram a Receita Total (Sistema Único de Saúde), a Taxa de mortalidade e Número de procedimentos realizados. Os resultados indicaram 17 unidades eficientes da amostra de 31 hospitais analisados. Os hospitais eficientes apresentaram em média, maiores números de leitos, menor relação FTE/LO e menores TMP, maior complexidade, maior número de procedimentos e de receitas e uma TM um pouco acima da média dos hospitais ineficientes, sendo esta ponderada pela maior complexidade dos procedimentos realizados. Foi denotado também no estudo, que a eficiência está positivamente correlacionada ao porte do hospital, assim, hospitais de grande porte foram mais eficientes para o estudo em questão. Foi identificada também uma correlação inversa entre a eficiência e a Taxa média de permanência dos pacientes, indicando que maiores TMP resultam em menores eficiências. Além disso, a pesquisa avaliou que os indicadores que mais exerceram influência na eficiência dos hospitais geridos pela EBSERH foram: o indicador de funcionários por leito (FTE/LO), a Taxa Média de Permanência (TMP), o Índice de Complexidade (IC), e a Taxa de Mortalidade.The present study evaluated the efficiency of 31 General University Hospitals in Brazil under the administration of the Brazilian Company of Hospital Services (EBSERH) and aimed to determine, based on operational ratios of hospital performance, the factors that most influenced the efficiency of these organizations in the year of 2016. The research is characterized as an exploratory and quantitative study and utilized the non-parametric tool Data Envelopment Analysis (DEA) - model with Variable Returns of Scale (VRS) and with orientation to Maximization of the Outputs. The DEA-VRS approach was used for its analysis capacity to evaluate Decision Making Units with distinct size and production, which is, updated with variable returns of scale. Based on studies about hospitals performance was identified from the studies 62 operational ratios, which after a selection process, resulted in 7 (seven) final indicators, of which 4 (four) had characteristics of Inputs and 3 (three) had Output characteristics. Input indicators used were 1. Number of Beds (including beds of surgical, clinical and complementary types and excluding special beds). 2. Average Length of Stay (ALOS), in Days. 3. Full-Time equivalent in relation to bed occupancy (FTE/LO which represents the number of employees in relation to the number of bed occupied). And, 4. An index that evaluates the complexity of hospitals, given by the ratio between Hospital Revenue and Total Revenue (sum of Hospital Revenue plus Ambulatory Revenue). Given that hospital procedures are more complex than outpatient clinics procedures, those units with the highest proportion of Hospital Revenue in relation to Total Revenue presented higher Complexity Indices. The Output indicators were Total Revenue Received, Mortality Rate and Number of Procedures Performed. The results indicated 17 efficient sample units from 31 hospitals analyzed. Efficient hospitals presented in comparison with inefficient ones, on average, higher numbers of beds, lower FTE/LO and lower ALOS, greater complexity, greater number of procedures and revenues, and a Mortality Rate slightly above the average of the inefficient hospitals, which is weighted by the greater complexity of the frame. It was also denoted in the study that efficiency is positively correlated to the size of the hospital, thus, large hospitals were more efficient for the study in question. An inverse correlation between efficiency and the Average Length of Stay was also identified, indicating that higher ALOS resulted in lower efficiencies. In addition, the research indicated the main factors responsible by the efficiency of hospitals managed by EBSERH: FTE/LO, Average Length of Stay (ALOS), Complexity Index (CI), and Mortality Rate.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGHospitais universitáriosAnálise envoltória de dadosEficiência organizacionalHospitais Universitáriosindicadores operacionaisEficiênciaDEA (Análise Envoltória de Dados)Análise da eficiência de hospitais universitários sob a gestão da empresa brasileira de serviços hospitalares (EBSERH).info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALan_lise_da_efici_ncia_de_hospitais_universit_rios_sob_a_gest_o_da_empresa__brasileira_de_servi_os_hospitalares__ebserh_._v_1.pdfapplication/pdf1751014https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/FACE-BEDSHP/1/an_lise_da_efici_ncia_de_hospitais_universit_rios_sob_a_gest_o_da_empresa__brasileira_de_servi_os_hospitalares__ebserh_._v_1.pdf9dd7a6fa7da01f943a6a0c981fdd9df6MD51TEXTan_lise_da_efici_ncia_de_hospitais_universit_rios_sob_a_gest_o_da_empresa__brasileira_de_servi_os_hospitalares__ebserh_._v_1.pdf.txtan_lise_da_efici_ncia_de_hospitais_universit_rios_sob_a_gest_o_da_empresa__brasileira_de_servi_os_hospitalares__ebserh_._v_1.pdf.txtExtracted texttext/plain266061https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/FACE-BEDSHP/2/an_lise_da_efici_ncia_de_hospitais_universit_rios_sob_a_gest_o_da_empresa__brasileira_de_servi_os_hospitalares__ebserh_._v_1.pdf.txtb57f6118fd0eff8b3645a71c3e938c39MD521843/FACE-BEDSHP2019-11-14 09:00:23.957oai:repositorio.ufmg.br:1843/FACE-BEDSHPRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T12:00:23Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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