Uso de medicamentos biológicos para o tratamento da artrite reumatoide no sistema único de saúde: uma análise epidemiológica e econômica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/33772 |
Resumo: | Introdução: os gastos com os medicamentos dispensados pelo Sistema Único de Saúde para o tratamento da artrite reumatoide cresceram substancialmente com o início do fornecimento dos medicamentos biológicos. Dessa forma, a ferramenta de Avaliação de Tecnologias em Saúde se tornou muito importante para subsidiar a tomada de decisão quanto à incorporação e monitoramento da utilização destes medicamentos, além de orientar os profissionais de saúde e usuários em relação à segurança, aos benefícios e aos custos. Objetivos: realizar uma análise farmacoepidemiológica e farmacoeconômica dos medicamentos biológicos para o tratamento da AR no Sistema Único de Saúde. Métodos: foi conduzida uma coorte histórica no Brasil dos indivíduos que iniciaram o uso do primeiro medicamento biológico, no período de janeiro de 2006 a dezembro de 2014. A proporção de indivíduos persistentes, a média de dias de persistência e os fatores associados à descontinuação do tratamento foram avaliados em 12 meses de acompanhamento. Também foi realizada uma coorte prospectiva dos pacientes em uso dos medicamentos biológicos adalimumabe, etanercepte e golimumabe para o tratamento da artrite reumatoide, no período de março de 2011 a julho de 2017, na Superintendência Regional de Saúde de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Efetividade, funcionalidade, qualidade de vida, segurança, gastos e persistência dos indivíduos em uso dos MMCD biológicos foram avaliados em seis e 12 meses de acompanhamento. O gasto foi estratificado em dois períodos (março/2011 a maio/2013 e junho/2013 a julho/ 2017), devido à inclusão do golimumabe em 2013 e a diferença de preço dos medicamentos entre os períodos. As análises da coorte prospectiva também foram realizadas para o subgrupo de pacientes virgens de tratamento com medicamento biológico. Foi realizada uma análise de custo-utilidade dos medicamentos biológicos adalimumabe, etanercepte e golimumabe. Os parâmetros para a avaliação econômica foram obtidos na coorte prospectiva realizada em Belo Horizonte/ Minas Gerais, Brasil. A perspectiva do estudo foi a do Sistema Único de Saúde e o horizonte temporal foi de cinco anos. Foi utilizado o modelo de Markov com a construção de uma coorte hipotética e ciclos de seis meses. Os custos e os benefícios em saúde foram descontados pelo seu valor no momento presente, usando-se uma taxa de desconto de 5%. Parâmetros de incerteza foram abordados por análises de sensibilidade determinística e probabilística. Resultados: na coorte histórica, 33.155 (49,2%) indivíduos persistiram no tratamento em 12 meses. Os indivíduos em uso de abatacepte apresentaram maior persistência ao tratamento, seguido de golimumabe, tocilizumabe, etanercepte e adalimumabe e, com menor persistência, certolizumabe e infliximabe. A persistência para os medicamentos adalimumabe, etanercepte e golimumabe também foi avaliada pela coorte prospectiva, sendo que 344 (83,9%) e 283 (69,0%) indivíduos foram persistentes em seis e 12 meses de acompanhamento. Não houve diferença entre adalimumabe, etanercepte e golimumabe. Adicionalmente, foi verificado pela coorte prospectiva que os pacientes apresentaram melhora após o uso dos medicamentos biológicos, observando-se uma redução da atividade da doença, melhora da funcionalidade e melhora da qualidade de vida. Não houve diferenças estatisticamente significativas entre adalimumabe, etanercepte e golimumabe para a efetividade, funcionalidade e qualidade de vida no início do tratamento e em seis e 12 meses, exceto para a funcionalidade em seis meses, favorecendo o adalimumabe em detrimento do golimumabe. O número de pacientes que alcançaram efetividade (remissão ou atividade leve) foi de 153 (37,32%) aos seis meses e de 132 (32,20%) aos 12 meses, respectivamente. O gasto médio dos pacientes em uso de adalimumabe foi maior do que o do etanercepte no primeiro período de acompanhamento em 12 meses. No segundo período de acompanhamento, o gasto médio foi menor para o golimumabe seguido do adalimumabe e etanercepte. Os resultados mantiveram-se para o subgrupo de pacientes virgens de tratamento com medicamento biológico. O golimumabe foi o medicamento com melhor razão de custo-utilidade quando comparado com etanercepte e adalimumabe. Etanercepte foi dominado pelo golimumabe, pois apresentou pior utilidade e maior custo. Adalimumabe apresentou melhor utilidade, mas maior custo. Ao se considerar uma disponibilidade a pagar de um produto interno bruto por habitante do Brasil em 2017, o golimumabe permaneceu como a alternativa mais custo efetiva. As análises de sensibilidade confirmaram o golimumabe como a alternativa mais custo-efetiva. Conclusão: neste contexto e tendo em vista o alto custo dos medicamentos biológicos para o Sistema Único de Saúde e, consequentemente, para a sociedade, um acompanhamento farmacoterapêutico deve ser realizado por uma equipe multidisciplinar, a fim de identificar os motivos de não persistência e falha terapêutica aos medicamentos biológicos, possibilitando a realização de ações para o uso adequado destes medicamentos e, consequentemente, redução dos custos do tratamento, dos índices de atividade da doença, da progressão da doença e da incapacidade do paciente com AR, além da melhora na qualidade de vida. Além disso, ressalta-se a importância da negociação de preços com a empresa fabricante do medicamento, pois a utilidade entre adalimumabe, etanercepte e golimumabe foi similar e o custo foi o componente que mais impactou no modelo econômico. Logo, a depender do preço acordado, adalimumabe, etanercepte e golimumabe podem se revezar como a alternativa mais custo-efetiva |
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Juliana Alvares Teodorohttp://lattes.cnpq.br/8338204270737352Francisco Assis AcurcioAlessandra Maciel AlmeidaFrancisco Assis AcurcioAlessandra Maciel AlmeidaMaria Fernanda Brandão de Rezende GuimarãesGrazielle Dias da SilvaMaria das Graças Braga Ceccatohttp://lattes.cnpq.br/6837146129816233Jéssica Barreto Ribeiro dos Santos2020-07-14T01:14:54Z2020-07-14T01:14:54Z2019-07-02http://hdl.handle.net/1843/33772Introdução: os gastos com os medicamentos dispensados pelo Sistema Único de Saúde para o tratamento da artrite reumatoide cresceram substancialmente com o início do fornecimento dos medicamentos biológicos. Dessa forma, a ferramenta de Avaliação de Tecnologias em Saúde se tornou muito importante para subsidiar a tomada de decisão quanto à incorporação e monitoramento da utilização destes medicamentos, além de orientar os profissionais de saúde e usuários em relação à segurança, aos benefícios e aos custos. Objetivos: realizar uma análise farmacoepidemiológica e farmacoeconômica dos medicamentos biológicos para o tratamento da AR no Sistema Único de Saúde. Métodos: foi conduzida uma coorte histórica no Brasil dos indivíduos que iniciaram o uso do primeiro medicamento biológico, no período de janeiro de 2006 a dezembro de 2014. A proporção de indivíduos persistentes, a média de dias de persistência e os fatores associados à descontinuação do tratamento foram avaliados em 12 meses de acompanhamento. Também foi realizada uma coorte prospectiva dos pacientes em uso dos medicamentos biológicos adalimumabe, etanercepte e golimumabe para o tratamento da artrite reumatoide, no período de março de 2011 a julho de 2017, na Superintendência Regional de Saúde de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Efetividade, funcionalidade, qualidade de vida, segurança, gastos e persistência dos indivíduos em uso dos MMCD biológicos foram avaliados em seis e 12 meses de acompanhamento. O gasto foi estratificado em dois períodos (março/2011 a maio/2013 e junho/2013 a julho/ 2017), devido à inclusão do golimumabe em 2013 e a diferença de preço dos medicamentos entre os períodos. As análises da coorte prospectiva também foram realizadas para o subgrupo de pacientes virgens de tratamento com medicamento biológico. Foi realizada uma análise de custo-utilidade dos medicamentos biológicos adalimumabe, etanercepte e golimumabe. Os parâmetros para a avaliação econômica foram obtidos na coorte prospectiva realizada em Belo Horizonte/ Minas Gerais, Brasil. A perspectiva do estudo foi a do Sistema Único de Saúde e o horizonte temporal foi de cinco anos. Foi utilizado o modelo de Markov com a construção de uma coorte hipotética e ciclos de seis meses. Os custos e os benefícios em saúde foram descontados pelo seu valor no momento presente, usando-se uma taxa de desconto de 5%. Parâmetros de incerteza foram abordados por análises de sensibilidade determinística e probabilística. Resultados: na coorte histórica, 33.155 (49,2%) indivíduos persistiram no tratamento em 12 meses. Os indivíduos em uso de abatacepte apresentaram maior persistência ao tratamento, seguido de golimumabe, tocilizumabe, etanercepte e adalimumabe e, com menor persistência, certolizumabe e infliximabe. A persistência para os medicamentos adalimumabe, etanercepte e golimumabe também foi avaliada pela coorte prospectiva, sendo que 344 (83,9%) e 283 (69,0%) indivíduos foram persistentes em seis e 12 meses de acompanhamento. Não houve diferença entre adalimumabe, etanercepte e golimumabe. Adicionalmente, foi verificado pela coorte prospectiva que os pacientes apresentaram melhora após o uso dos medicamentos biológicos, observando-se uma redução da atividade da doença, melhora da funcionalidade e melhora da qualidade de vida. Não houve diferenças estatisticamente significativas entre adalimumabe, etanercepte e golimumabe para a efetividade, funcionalidade e qualidade de vida no início do tratamento e em seis e 12 meses, exceto para a funcionalidade em seis meses, favorecendo o adalimumabe em detrimento do golimumabe. O número de pacientes que alcançaram efetividade (remissão ou atividade leve) foi de 153 (37,32%) aos seis meses e de 132 (32,20%) aos 12 meses, respectivamente. O gasto médio dos pacientes em uso de adalimumabe foi maior do que o do etanercepte no primeiro período de acompanhamento em 12 meses. No segundo período de acompanhamento, o gasto médio foi menor para o golimumabe seguido do adalimumabe e etanercepte. Os resultados mantiveram-se para o subgrupo de pacientes virgens de tratamento com medicamento biológico. O golimumabe foi o medicamento com melhor razão de custo-utilidade quando comparado com etanercepte e adalimumabe. Etanercepte foi dominado pelo golimumabe, pois apresentou pior utilidade e maior custo. Adalimumabe apresentou melhor utilidade, mas maior custo. Ao se considerar uma disponibilidade a pagar de um produto interno bruto por habitante do Brasil em 2017, o golimumabe permaneceu como a alternativa mais custo efetiva. As análises de sensibilidade confirmaram o golimumabe como a alternativa mais custo-efetiva. Conclusão: neste contexto e tendo em vista o alto custo dos medicamentos biológicos para o Sistema Único de Saúde e, consequentemente, para a sociedade, um acompanhamento farmacoterapêutico deve ser realizado por uma equipe multidisciplinar, a fim de identificar os motivos de não persistência e falha terapêutica aos medicamentos biológicos, possibilitando a realização de ações para o uso adequado destes medicamentos e, consequentemente, redução dos custos do tratamento, dos índices de atividade da doença, da progressão da doença e da incapacidade do paciente com AR, além da melhora na qualidade de vida. Além disso, ressalta-se a importância da negociação de preços com a empresa fabricante do medicamento, pois a utilidade entre adalimumabe, etanercepte e golimumabe foi similar e o custo foi o componente que mais impactou no modelo econômico. Logo, a depender do preço acordado, adalimumabe, etanercepte e golimumabe podem se revezar como a alternativa mais custo-efetivaIntroduction: expenditure on drugs dispensed by the Brazilian Unified Health System for the treatment of rheumatoid arthritis increased substantially with the start of the supply of biological drugs. Thus, the Health Technology Assessment tool has become very important in order to support decision-making regarding the incorporation and monitoring of the use of these drugs, as well as to guide health professionals and users in relation to safety, benefits and costs. Objectives: to perform a pharmacoepidemiological and pharmacoeconomic analysis of biological drugs for the treatment of rheumatoid arthritis in Brazilian Unified Health System. Methods: a historical cohort study was conducted in Brazil of individuals who started the use of the first biological drug, from January 2006 to December 2014. The proportion of persistent individuals, the mean days of persistence, and the factors associated with the discontinuation were evaluated at 12 months of follow-up. We also conducted a prospective cohort study of patients in use of the biological drugs adalimumab, etanercept and golimumab for the treatment of rheumatoid arthritis, from March 2011 to July 2017, at the Health Regional Superintendence of Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil. Effectiveness, functionality, quality of life, safety, expenditure and persistence of individuals were evaluated in six and 12 months of follow-up. The expenditure was stratified in two periods (March / 2011 to May / 2013 and June / 2013 to July / 2017) due to the inclusion of golimumab in 2013 and the difference in the price of these drugs between the periods. Prospective cohort analyzes were also performed for the subgroup of biological drugs naive patients. A cost-utility analysis of biological drugs adalimumab, etanercept and golimumab was performed. The parameters for the economic evaluation were obtained in the prospective cohort held in Belo Horizonte / Minas Gerais, Brazil. The perspective of the study was that of Brazilian Unified Health System and the time horizon was five years. The Markov model was used with the construction of a hypothetical cohort and cycles of six months. Health costs and benefits were discounted at present value using a discount rate of 5%. Uncertainty parameters were addressed by deterministic and probabilistic sensitivity analyzes. Results: in the historical cohort, 33,155 (49.2%) individuals persisted in treatment at 12 months. Individuals using abatacept had greater persistence in treatment, followed by golimumab, tocilizumab, etanercepte and adalimumab and, with less persistence, certolizumab and infliximab. Persistence for adalimumab, etanercept and golimumab was also evaluated by the prospective cohort, with 344 (83.9%) and 283 (69.0%) individuals persisting at six and 12 months of follow-up. There was no difference between adalimumab, etanercept and golimumab. In addition, it was verified by the prospective cohort that the patients improved after the use of the biological drugs, observing a reduction of the disease activity, improvement of the functionality and improvement of the quality of life. There were no statistically significant differences between adalimumab, etanercept and golimumab for the effectiveness, functionality and quality of life at baseline and at six and 12 months, except for functionality at six months, favoring adalimumab over golimumab. The number of patients that achieved the treatment effectiveness (remission or light activity) was 153 (37.32%) at six months and 132 (32.20%) at 12 months, respectively. The mean expenditure of patients taking adalimumab was greater than etanercept in the first follow-up period at 12 months. In the second follow-up period, mean expenditure was lower for golimumab followed by adalimumab and etanercept. The results were maintained for the subgroup of biological drugs naive patients. Golimumab was the drug with the best cost-utility ratio when compared to etanercept and adalimumab. Etanercept was dominated by golimumab, because it presented worse utility and higher cost. Adalimumab presented better utility, but higher cost. When considering a willingness to pay for a per capita gross domestic product in Brazil in 2017, golimumab remained the most cost effective alternative. The sensitivity analyzes confirmed golimumab as the most cost-effective alternative. Conclusion: in this context and in view of the high cost of biological DMARDs for BPHS and, consequently, for society, a pharmacotherapeutic follow-up should be carried out by a multidisciplinary team in order to identify the reasons for non-persistence and therapeutic failure to biological DMARDs allowing the implementation of actions for the adequate use of these drugs and, consequently, reduction of treatment costs, disease activity indexes, disease progression and disability of the RA patient, as well as improvement in quality of life. In addition, the importance of price negotiation with the manufacturer of the drug is emphasized, since the utility between adalimumab, etanercept and golimumab was similar and cost was the component that most impacted the economic model. Therefore, depending on the agreed price, adalimumab, etanercept and golimumab may alternate as the most cost-effective alternative.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Medicamentos e Assistencia FarmaceuticaUFMGBrasilFARMACIA - FACULDADE DE FARMACIAArtrite reumatoideCusto-utilidadeEfetividadeFuncionalidadeGastosMedicamentos modificadores do curso da doença biológicosQualidade de vidaUso de medicamentos biológicos para o tratamento da artrite reumatoide no sistema único de saúde: uma análise epidemiológica e econômicainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTese doutorado_final_290719.pdfTese doutorado_final_290719.pdfapplication/pdf8507380https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/33772/1/Tese%20doutorado_final_290719.pdf404c602a0471a1a9aa815c0ff7c6bf1aMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/33772/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD521843/337722020-07-13 22:14:54.901oai:repositorio.ufmg.br:1843/33772TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2020-07-14T01:14:54Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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A proporção de indivíduos persistentes, a média de dias de persistência e os fatores associados à descontinuação do tratamento foram avaliados em 12 meses de acompanhamento. Também foi realizada uma coorte prospectiva dos pacientes em uso dos medicamentos biológicos adalimumabe, etanercepte e golimumabe para o tratamento da artrite reumatoide, no período de março de 2011 a julho de 2017, na Superintendência Regional de Saúde de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Efetividade, funcionalidade, qualidade de vida, segurança, gastos e persistência dos indivíduos em uso dos MMCD biológicos foram avaliados em seis e 12 meses de acompanhamento. O gasto foi estratificado em dois períodos (março/2011 a maio/2013 e junho/2013 a julho/ 2017), devido à inclusão do golimumabe em 2013 e a diferença de preço dos medicamentos entre os períodos. As análises da coorte prospectiva também foram realizadas para o subgrupo de pacientes virgens de tratamento com medicamento biológico. Foi realizada uma análise de custo-utilidade dos medicamentos biológicos adalimumabe, etanercepte e golimumabe. Os parâmetros para a avaliação econômica foram obtidos na coorte prospectiva realizada em Belo Horizonte/ Minas Gerais, Brasil. A perspectiva do estudo foi a do Sistema Único de Saúde e o horizonte temporal foi de cinco anos. Foi utilizado o modelo de Markov com a construção de uma coorte hipotética e ciclos de seis meses. Os custos e os benefícios em saúde foram descontados pelo seu valor no momento presente, usando-se uma taxa de desconto de 5%. Parâmetros de incerteza foram abordados por análises de sensibilidade determinística e probabilística. Resultados: na coorte histórica, 33.155 (49,2%) indivíduos persistiram no tratamento em 12 meses. Os indivíduos em uso de abatacepte apresentaram maior persistência ao tratamento, seguido de golimumabe, tocilizumabe, etanercepte e adalimumabe e, com menor persistência, certolizumabe e infliximabe. A persistência para os medicamentos adalimumabe, etanercepte e golimumabe também foi avaliada pela coorte prospectiva, sendo que 344 (83,9%) e 283 (69,0%) indivíduos foram persistentes em seis e 12 meses de acompanhamento. Não houve diferença entre adalimumabe, etanercepte e golimumabe. Adicionalmente, foi verificado pela coorte prospectiva que os pacientes apresentaram melhora após o uso dos medicamentos biológicos, observando-se uma redução da atividade da doença, melhora da funcionalidade e melhora da qualidade de vida. Não houve diferenças estatisticamente significativas entre adalimumabe, etanercepte e golimumabe para a efetividade, funcionalidade e qualidade de vida no início do tratamento e em seis e 12 meses, exceto para a funcionalidade em seis meses, favorecendo o adalimumabe em detrimento do golimumabe. O número de pacientes que alcançaram efetividade (remissão ou atividade leve) foi de 153 (37,32%) aos seis meses e de 132 (32,20%) aos 12 meses, respectivamente. O gasto médio dos pacientes em uso de adalimumabe foi maior do que o do etanercepte no primeiro período de acompanhamento em 12 meses. No segundo período de acompanhamento, o gasto médio foi menor para o golimumabe seguido do adalimumabe e etanercepte. Os resultados mantiveram-se para o subgrupo de pacientes virgens de tratamento com medicamento biológico. O golimumabe foi o medicamento com melhor razão de custo-utilidade quando comparado com etanercepte e adalimumabe. Etanercepte foi dominado pelo golimumabe, pois apresentou pior utilidade e maior custo. Adalimumabe apresentou melhor utilidade, mas maior custo. Ao se considerar uma disponibilidade a pagar de um produto interno bruto por habitante do Brasil em 2017, o golimumabe permaneceu como a alternativa mais custo efetiva. As análises de sensibilidade confirmaram o golimumabe como a alternativa mais custo-efetiva. Conclusão: neste contexto e tendo em vista o alto custo dos medicamentos biológicos para o Sistema Único de Saúde e, consequentemente, para a sociedade, um acompanhamento farmacoterapêutico deve ser realizado por uma equipe multidisciplinar, a fim de identificar os motivos de não persistência e falha terapêutica aos medicamentos biológicos, possibilitando a realização de ações para o uso adequado destes medicamentos e, consequentemente, redução dos custos do tratamento, dos índices de atividade da doença, da progressão da doença e da incapacidade do paciente com AR, além da melhora na qualidade de vida. Além disso, ressalta-se a importância da negociação de preços com a empresa fabricante do medicamento, pois a utilidade entre adalimumabe, etanercepte e golimumabe foi similar e o custo foi o componente que mais impactou no modelo econômico. Logo, a depender do preço acordado, adalimumabe, etanercepte e golimumabe podem se revezar como a alternativa mais custo-efetiva |
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