Impacto da rinite alérgica e da hipertrofia adenotonsilar no comportamento e em aspectos cognitivos da criança avaliado por métodos objetivos específicos

• Autor(a) principal: Maíra Soares Torres
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/55862; https://orcid.org/0000-0003-2086-9187
• topic: Rinite Alérgica; Tonsila Faríngea; Tonsila Palatina; Transtornos do Comportamento Infantil; Manifestações Neurocomportamentais; Rinite Alérgica; Tonsila Faríngea; Tonsila Palatina; Transtornos do Comportamento Infantil; Manifestações Neurocomportamentais; Humanos; Dissertação Acadêmica

Introdução: a rinite alérgica (RA) e a hipertrofia adenotonsilar (HAT) são condições muito prevalentes na população pediátrica, sendo que significativa parcela das crianças afetadas exibe sinais de comprometimento comportamental e de habilidades cognitivas. Ainda não estão claras a magnitude e a reversibilidade dessa disfunção. Torna-se imprescindível a realização de estudos que avaliem esse impacto de forma objetiva. Objetivo: comparar o desempenho nos questionários Escala Swanson, Nolan e Pelham versão IV (SNAP-IV) e Questionário de Capacidades e Dificuldades (SDQ-Por) e no Potencial Evocado Auditivo Cognitivo (P300) entre pacientes com HAT e/ou RA em relação a crianças sem obstrução de vias aéreas superiores de mesma faixa etária. Métodos: foram igualmente distribuídas 44 crianças entre seis e 14 anos entre quatro grupos: controle e respiradores orais (RA, HAT e HAT+RA), conforme achados em avaliação clínica e exames complementares. Todas as crianças foram submetidas a teste cutâneo de hipersensibilidade imediata, nasofibrofaringolaringoscopia, audiometria tonal e vocal, imitanciometria, rinomanometria anterior ativa, SDQ-Por, SNAP-IV e P300. A disfunção cognitiva e/ou comportamental foi determinada por resultados anormais no SDQ-Por, SNAP-IV ou P300. Resultados: crianças com HAT e/ou RA apresentaram maiores escores nas escalas de problema emocional (p = 0,001), de conduta (p = 0,029) e hiperatividade (p = 0,001) e piores escores na escala pró-social (p = 0,015) do SDQ-Por. Manifestaram, também, mais sintomas de desatenção (p = 0,003) e de impulsividade (p = 0,000) no SNAP-IV. A latência do P300 foi maior nas crianças respiradoras orais (p = 0,017). Conclusão: as crianças respiradoras orais apresentaram resistência nasal aumentada, maior desregulação emocional, mais problemas de conduta, de hiperatividade, de desatenção e de impulsividade, menores habilidades sociais e menor desempenho em teste que avaliou atenção e memória de trabalho que crianças respiradoras nasais de mesma faixa etária. Não foi encontrada diferença estatisticamente significativa por etiologia da respiração oral.