As abreviaturas na escrita setecentista: pistas gráficas como recurso subsidiário de caracterização sociolinguística do escrevente
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/33970 https://orcid.org/0000-0003-1130-757X |
Resumo: | A presente pesquisa tomou como objeto de estudo o emprego de abreviaturas em missivas setecentistas da Língua Portuguesa. Essa escolha justifica-se não somente pelo fato de ser, relativamente, tema de estudo ainda pouco explorado, como também pela possibilidade de os resultados alcançados, caso se comprove a hipótese aqui aventada, trazerem relevante contribuição para os estudos linguísticos, sobretudo de cunho metodológico, e ampliarem, então, as possibilidades de uso de documentos antigos de cujos escribas se desconhecem dados sociolinguísticos. Nesse quadro, a hipótese principal foi a de que tais recursos podem evidenciar aspectos sociais do escrevente de períodos pretéritos, permitindo, assim, a sua caracterização sociolinguística. Para testá-la, adotamos os pressupostos teórico-metodológicos da Teoria da Variação e Mudança (LABOV, 2008 [1972]) no que tange à seleção, à coleta e à análise dos dados. Como corpus, selecionamos 24 cartas pessoais do século XVIII escritas na Língua Portuguesa do Brasil e d’além mar por homens e por mulheres de classe socioeconômica mais alta e de classe socioeconômica mais baixa, as quais são provenientes de duas fontes: (i) do acervo Fundo Barão de Camargos, do Arquivo Histórico do Museu da Inconfidência, e (ii) do projeto Post Scriptum: Arquivo Digital de Escrita Quotidiana em Portugal e em Espanha na Época Moderna, do Centro de Linguística da Universidade de Lisboa. Nossos resultados evidenciaram que (i) existia uma norma de emprego dos recursos braquigráficos no século XVIII e que algumas de suas regras demandavam conhecimento formal; (ii) escreventes com maior nível de escolarização tinham maior domínio da norma de emprego dos recursos braquigráficos e empregavam tanto recursos gerais quanto regras mais específicas; (iii) as variáveis externas nível de escolarização, estrato socioeconômico e sexo e as variáveis internas tipologia, complexidade da regra, número de sílabas do vocábulo abreviado e classe de palavras interferiam no emprego das abreviaturas; logo, (iv) tais recursos traduzem informações linguísticas e extralinguísticas a respeito daquele que está por detrás da pena e, consequentemente, podem constituir ferramenta metodológica auxiliar na sua caracterização sociolinguística. |
id |
UFMG_44a9e73ba1e536780e3a604a2d8a0e0b |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufmg.br:1843/33970 |
network_acronym_str |
UFMG |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFMG |
repository_id_str |
|
spelling |
Sueli Maria Coelhohttp://lattes.cnpq.br/5669784115573629Zenaide de Oliveira Novais CarneiroFábio César MontanheiroElaine ChavesMaria Antonieta Amarante de Mendonça Cohenhttp://lattes.cnpq.br/6970841226762448Vivian Canella Seixas2020-08-13T15:47:33Z2020-08-13T15:47:33Z2020-02-27http://hdl.handle.net/1843/33970https://orcid.org/0000-0003-1130-757XA presente pesquisa tomou como objeto de estudo o emprego de abreviaturas em missivas setecentistas da Língua Portuguesa. Essa escolha justifica-se não somente pelo fato de ser, relativamente, tema de estudo ainda pouco explorado, como também pela possibilidade de os resultados alcançados, caso se comprove a hipótese aqui aventada, trazerem relevante contribuição para os estudos linguísticos, sobretudo de cunho metodológico, e ampliarem, então, as possibilidades de uso de documentos antigos de cujos escribas se desconhecem dados sociolinguísticos. Nesse quadro, a hipótese principal foi a de que tais recursos podem evidenciar aspectos sociais do escrevente de períodos pretéritos, permitindo, assim, a sua caracterização sociolinguística. Para testá-la, adotamos os pressupostos teórico-metodológicos da Teoria da Variação e Mudança (LABOV, 2008 [1972]) no que tange à seleção, à coleta e à análise dos dados. Como corpus, selecionamos 24 cartas pessoais do século XVIII escritas na Língua Portuguesa do Brasil e d’além mar por homens e por mulheres de classe socioeconômica mais alta e de classe socioeconômica mais baixa, as quais são provenientes de duas fontes: (i) do acervo Fundo Barão de Camargos, do Arquivo Histórico do Museu da Inconfidência, e (ii) do projeto Post Scriptum: Arquivo Digital de Escrita Quotidiana em Portugal e em Espanha na Época Moderna, do Centro de Linguística da Universidade de Lisboa. Nossos resultados evidenciaram que (i) existia uma norma de emprego dos recursos braquigráficos no século XVIII e que algumas de suas regras demandavam conhecimento formal; (ii) escreventes com maior nível de escolarização tinham maior domínio da norma de emprego dos recursos braquigráficos e empregavam tanto recursos gerais quanto regras mais específicas; (iii) as variáveis externas nível de escolarização, estrato socioeconômico e sexo e as variáveis internas tipologia, complexidade da regra, número de sílabas do vocábulo abreviado e classe de palavras interferiam no emprego das abreviaturas; logo, (iv) tais recursos traduzem informações linguísticas e extralinguísticas a respeito daquele que está por detrás da pena e, consequentemente, podem constituir ferramenta metodológica auxiliar na sua caracterização sociolinguística.This research object was the use of abbreviations in eighteenth century private letters written in Portuguese Language. This choice is justified not only by the fact that it is a relatively unexplored subject of study, but also because the results achieved, if the hypothesis presented here, can make a relevant contribution to linguistic studies, especially of a methodological nature, and then expand the possibilities of using past documents whose scribes sociolinguistic data are unknown. In this context, the main hypothesis raised was that such resources may highlight the social aspects of the scribe of past periods, thus allowing their sociolinguistic characterization. To test it, we adopted the Language Variation and Change Theory (LABOV, 2008 [1972]) regarding the data selection, collection and analysis. The corpus is composed of 24 personal letters from the second half of the eighteenth century written in the Portuguese Language of Brazil and the European Language by men and women of higher social class and lower social class and come from two sources: (i) from Fundo Barão de Camargos collection, of the Historical Archive of the Museu of the Inconfidência, and (ii) from the project Post Scriptum: A Digital Archive of Ordinary Writing (Early Modern Portugal and Spain), of the Linguistics Center of the University of Lisbon. The results showed that (i) there was a norm of use of brachygraphic resources in the 18th century and some of its rules demanded formal knowledge; (ii) writers with a higher level of education had mastery of the employment rule of brachygraphic resources and employed both more general resources and more specific rules; (iii) the external variables education level, socioeconomic status and gender and the internal variables typology, rule complexity, number of syllables of abbreviated words and word class interfered with the use of abbreviations; thus (iv) these resources translate linguistic and extralinguistic information about the one behind the pen and, consequently, are a methodological tool to assist in its sociolinguistic characterization.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Estudos LinguísticosUFMGBrasilFALE - FACULDADE DE LETRASLíngua portuguesa – Séc XVIII – GramáticaAbreviaturasLinguística históricaMudanças linguísticasAbreviaturasCaracterização sociolinguísticaNorma de emprego dos recursos braquigráficosSéculo XVIIILinguística HistóricaAs abreviaturas na escrita setecentista: pistas gráficas como recurso subsidiário de caracterização sociolinguística do escreventeAbbreviations in eighteenth-century writing: graphic clues as a subsidiary resource for the sociolinguistic characterization of the writerinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTESE FINAL VIVIAN SEIXAS 22.03 com ficha.pdfTESE FINAL VIVIAN SEIXAS 22.03 com ficha.pdfapplication/pdf19852763https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/33970/1/TESE%20FINAL%20VIVIAN%20SEIXAS%2022.03%20com%20ficha.pdfd3601c3b70a5d0875ae99a44f013b0c2MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/33970/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD521843/339702020-08-13 12:47:33.943oai:repositorio.ufmg.br:1843/33970TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2020-08-13T15:47:33Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
As abreviaturas na escrita setecentista: pistas gráficas como recurso subsidiário de caracterização sociolinguística do escrevente |
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv |
Abbreviations in eighteenth-century writing: graphic clues as a subsidiary resource for the sociolinguistic characterization of the writer |
title |
As abreviaturas na escrita setecentista: pistas gráficas como recurso subsidiário de caracterização sociolinguística do escrevente |
spellingShingle |
As abreviaturas na escrita setecentista: pistas gráficas como recurso subsidiário de caracterização sociolinguística do escrevente Vivian Canella Seixas Abreviaturas Caracterização sociolinguística Norma de emprego dos recursos braquigráficos Século XVIII Linguística Histórica Língua portuguesa – Séc XVIII – Gramática Abreviaturas Linguística histórica Mudanças linguísticas |
title_short |
As abreviaturas na escrita setecentista: pistas gráficas como recurso subsidiário de caracterização sociolinguística do escrevente |
title_full |
As abreviaturas na escrita setecentista: pistas gráficas como recurso subsidiário de caracterização sociolinguística do escrevente |
title_fullStr |
As abreviaturas na escrita setecentista: pistas gráficas como recurso subsidiário de caracterização sociolinguística do escrevente |
title_full_unstemmed |
As abreviaturas na escrita setecentista: pistas gráficas como recurso subsidiário de caracterização sociolinguística do escrevente |
title_sort |
As abreviaturas na escrita setecentista: pistas gráficas como recurso subsidiário de caracterização sociolinguística do escrevente |
author |
Vivian Canella Seixas |
author_facet |
Vivian Canella Seixas |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Sueli Maria Coelho |
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/5669784115573629 |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Zenaide de Oliveira Novais Carneiro |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Fábio César Montanheiro |
dc.contributor.referee3.fl_str_mv |
Elaine Chaves |
dc.contributor.referee4.fl_str_mv |
Maria Antonieta Amarante de Mendonça Cohen |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/6970841226762448 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Vivian Canella Seixas |
contributor_str_mv |
Sueli Maria Coelho Zenaide de Oliveira Novais Carneiro Fábio César Montanheiro Elaine Chaves Maria Antonieta Amarante de Mendonça Cohen |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Abreviaturas Caracterização sociolinguística Norma de emprego dos recursos braquigráficos Século XVIII Linguística Histórica |
topic |
Abreviaturas Caracterização sociolinguística Norma de emprego dos recursos braquigráficos Século XVIII Linguística Histórica Língua portuguesa – Séc XVIII – Gramática Abreviaturas Linguística histórica Mudanças linguísticas |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Língua portuguesa – Séc XVIII – Gramática Abreviaturas Linguística histórica Mudanças linguísticas |
description |
A presente pesquisa tomou como objeto de estudo o emprego de abreviaturas em missivas setecentistas da Língua Portuguesa. Essa escolha justifica-se não somente pelo fato de ser, relativamente, tema de estudo ainda pouco explorado, como também pela possibilidade de os resultados alcançados, caso se comprove a hipótese aqui aventada, trazerem relevante contribuição para os estudos linguísticos, sobretudo de cunho metodológico, e ampliarem, então, as possibilidades de uso de documentos antigos de cujos escribas se desconhecem dados sociolinguísticos. Nesse quadro, a hipótese principal foi a de que tais recursos podem evidenciar aspectos sociais do escrevente de períodos pretéritos, permitindo, assim, a sua caracterização sociolinguística. Para testá-la, adotamos os pressupostos teórico-metodológicos da Teoria da Variação e Mudança (LABOV, 2008 [1972]) no que tange à seleção, à coleta e à análise dos dados. Como corpus, selecionamos 24 cartas pessoais do século XVIII escritas na Língua Portuguesa do Brasil e d’além mar por homens e por mulheres de classe socioeconômica mais alta e de classe socioeconômica mais baixa, as quais são provenientes de duas fontes: (i) do acervo Fundo Barão de Camargos, do Arquivo Histórico do Museu da Inconfidência, e (ii) do projeto Post Scriptum: Arquivo Digital de Escrita Quotidiana em Portugal e em Espanha na Época Moderna, do Centro de Linguística da Universidade de Lisboa. Nossos resultados evidenciaram que (i) existia uma norma de emprego dos recursos braquigráficos no século XVIII e que algumas de suas regras demandavam conhecimento formal; (ii) escreventes com maior nível de escolarização tinham maior domínio da norma de emprego dos recursos braquigráficos e empregavam tanto recursos gerais quanto regras mais específicas; (iii) as variáveis externas nível de escolarização, estrato socioeconômico e sexo e as variáveis internas tipologia, complexidade da regra, número de sílabas do vocábulo abreviado e classe de palavras interferiam no emprego das abreviaturas; logo, (iv) tais recursos traduzem informações linguísticas e extralinguísticas a respeito daquele que está por detrás da pena e, consequentemente, podem constituir ferramenta metodológica auxiliar na sua caracterização sociolinguística. |
publishDate |
2020 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2020-08-13T15:47:33Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2020-08-13T15:47:33Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2020-02-27 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1843/33970 |
dc.identifier.orcid.pt_BR.fl_str_mv |
https://orcid.org/0000-0003-1130-757X |
url |
http://hdl.handle.net/1843/33970 https://orcid.org/0000-0003-1130-757X |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFMG |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
FALE - FACULDADE DE LETRAS |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
instname_str |
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
instacron_str |
UFMG |
institution |
UFMG |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFMG |
collection |
Repositório Institucional da UFMG |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/33970/1/TESE%20FINAL%20VIVIAN%20SEIXAS%2022.03%20com%20ficha.pdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/33970/2/license.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
d3601c3b70a5d0875ae99a44f013b0c2 34badce4be7e31e3adb4575ae96af679 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1803589462422192128 |